Ex-comandante do Corpo de Bombeiros de Salgueiro morre por complicações da Covid-19

Faleceu na madrugada deste domingo, 11, em Petrolina, o Tenente Coronel do Corpo de Bombeiros Márcio Bandeira de Melo Tenório. A morte foi provocada por insuficiência renal aguda decorrente da Covid-19.

Márcio atualmente residia em Petrolina, mas foi comandante das unidades dos bombeiros de Serra Talhada e Salgueiro. Nas regiões por onde passou fez muitos amigos.

Casado com Edjane Gomes da Costa Tenório, ele deixa duas filhas: Yasmin Gomes da Costa Bandeira de Melo Tenório e Yanni Gomes da Costa Bandeira de Melo Tenório.

Da redação do Blog Alvinho Patriota

Cássio lamenta eliminação do Salgueiro na Copa do Nordeste e pede foco no Pernambucano

O Salgueiro não conseguiu a classificação para as quartas de final da Copa do Nordeste. Jogando na Arena Castelão, o time perdeu para o Ceará por 3 a 0 e se despediu da competição regional, ficando na sexta posição do Grupo B, com oito pontos. Apesar a da eliminação, o time do interior foi o melhor pernambucano na disputa, superando Santa Cruz e Sport.

Depois da partida, o meia-atacante Cássio Ortega, que entrou no segundo tempo, lamentou a derrota. Se tivesse vencido a partida, o Carcará teria conseguido a classificação, já que os rivais diretos na briga também não venceram seus jogos.

– A ideia era segurar o primeiro tempo, que a gente vem saindo atrás do placar. A gente colocou como estratégia não tomar gol no primeiro tempo e tentar fazer no segundo, porque só a vitória interessava. A gente teve até chances, mas não foi feliz. O Ceará está de parabéns, que vai seguir em frente. A gente sai de cabeça erguida e agora é focar no Campeonato Pernambucano – disse o meia.

Para participar da próxima edição da Copa do Nordeste, o Salgueiro precisa conquistar o bicampeonato estadual. Por isso, Cássio ressalta a necessidade de focar no Pernambucano.

– O sentimento [ da eliminação] é muito ruim, porque é difícil o Salgueiro participar. Tem que ser campeão, é Pernambuco. A gente montou um time legal, que já vinha com a base do ano passado e queria fazer história classificando. Tivemos chances até o fim. Agora é manter o foco, continuar trabalhando para chegar na final do Pernambucano.

Quinto colocado no Campeonato Estadual, o Salgueiro volta a campo na próxima quarta-feira, na Arena de Pernambuco, contra o Vera Cruz.

Fonte: GE

Fiocruz produzirá IFA 100% nacional para vacina de Oxford a partir de maio

O Instituto Bio-Manguinhos, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), começará a produzir, em maio, o ingrediente farmacêutico ativo (IFA) da vacina de Oxford/AstraZeneca em território nacional. A estratégia é fundamental para que o país não dependa da importação da matéria-prima do imunizante, fator principal de atrasos nos cronogramas de entrega ao Programa Nacional de Imunização (PNI).

Nessa sexta-feira (9/4), o diretor do Bio-Manguinhos, Maurício Zuma, conduziu o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, a uma visita às instalações onde são finalizadas as doses da vacina e onde funcionará a produção do IFA.

Segundo Zuma, as estruturas para a fabricação da matéria base “estão prestes a ficarem concluídas, com todos os equipamentos montados, qualificados e aguardando a visita da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), que será na última semana de abril”.

Na ocasião, os técnicos da Anvisa farão a inspeção do local, a fim de fornecer as certificações das condições técnico-operacionais para que o Bio-Manguinhos possa, de fato, começar o processo de produção do zero.

A expectativa é de que, a partir do próximo mês, o IFA já comece a ser fabricado no Brasil. No entanto, Zuma alertou que o processo leva um tempo para ser concluído.

“A produção de um lote leva, pelo menos, 45 dias e, depois, tem todo processo de controle de qualidade e caracterização. Teremos que produzir alguns lotes para validação. Então é um processo longo”, ponderou.

Além disso, para a vacina com IFA nacional poder ser aplicada no braço do brasileiro, a Fiocruz precisa ainda pedir uma alteração no registro da vacina de Oxford/AstraZeneca junto à Anvisa.

Segundo Maurício, a mudança é necessária já que o registro definitivo obtido pela Fiocruz é da vacina com IFA produzido na China. “É uma alteração no registro, se chama inclusão de novo local de fabricação”, explicou.

Por isso, esta produção 100% nacional só deve ser entregue ao Ministério da Saúde entre setembro e outubro deste ano.

Até lá, a Fiocruz mantém o PNI a partir do material importado, aumentando a produção, a partir de maio, para 20 milhões de doses mensais.

Por isso, esta produção 100% nacional só deve ser entregue ao Ministério da Saúde entre setembro e outubro deste ano.

Até lá, a Fiocruz mantém o PNI a partir do material importado, aumentando a produção, a partir de maio, para 20 milhões de doses mensais.

Com o IFA importado entregue, a Fiocruz já possui 10 milhões de doses prontas, armazenadas na câmera fria, que ainda estão em processo de controle de qualidade e serão entregues ao longo das próximas semanas, conforme nova previsão da fundação.

As próximas remessas devem ser enviadas ao governo federal na quarta e sexta-feira que vem (14 e 16/4), somando mais 5 milhões de vacinas ao PNI.

Ao todo, em abril, 18,4 milhões de doses devem ser incorporadas ao programa.

“Estamos caminhando em cronograma com bastante compromisso, firmeza e, também, com complexidade para completarmos esse processo do IFA nacional”, destacou a presidente da Fiocruz, Nísia Trindade.

Fonte: Estado de Minas

Extubado, assessor alucinou e demorou para saber da morte de Major Olimpio

Após pouco mais de um mês internado, o jornalista Diego Freire, 33, assessor do senador Major Olimpio (PSL-SP), recebeu alta ontem em Brasília. Ele passou duas semanas intubado para tratamento intensivo contra o novo coronavírus, que também contaminou o parlamentar, que morreu em 18 de março.

Na quarta-feira (7), ainda no hospital, Freire contou ao UOL como foi enfrentar a covid-19, lidar com alucinações e descobrir que o senador não havia vencido a doença. Leia o depoimento:

Fiquei 14 dias intubado. Quando acordei, não falava. Meus braços não mexiam, minhas pernas não mexiam. Nenhuma parte do meu corpo estava mexendo.

Acordei bastante assustado. Pensei que tinha sido sequestrado, pensei que tinha acontecido algum mal comigo. Não acordei em sã consciência, acordei totalmente desnorteado.

Estava com alucinação. Achava que todo mundo que chegava perto de mim iria me fazer mal. Acordei chorando, assustado, desorientando.

Tiveram de conter os meus braços para manter os aparelhos em mim. Minha reação era arrancar tudo. Fiquei três ou quatro dias contido até me acalmar.

Um médico perguntou se queria falar com alguém da minha família. Aí fez uma chamada de vídeo com a minha mãe. Ela me acalmou, dizendo que tinha acabado de ser extubado [no dia 19 de março].

Quando peguei, achei que seria só uma gripezinha. Mas foi piorando cada vez mais. Primeiro dia [2 de março], não senti nada. Segundo dia, senti uma febre. Terceiro dia, muita dor no corpo. Já, no quarto dia, a falta de ar foi apertando. Então, imaginava que seria só uma febre, uma dor no corpo. Mas foi piorando, piorando.

Meu pulmão chegou a ficar 75% comprometido. Minha namorada [Claudia Freitas] me levou até o hospital —ela foi um anjo que me levou ao hospital, salvou minha vida. E lá falaram: “ele precisa ir para a UTI urgente”. Foi aí que descobri que precisava ser intubado [em 6 de março].

A priori, não queria ser intubado. Porque você sabe que pode ser intubado e ter sequelas. Queria enfrentar. Falei: ‘não, não vou ser intubado’. Mas aí teve uma equipe médica que conversou comigo. Fiquei com medo, com receio de voltar com sequela ou nem voltar. Porque muita gente que faz esse tipo de sedação não volta vivo.

Lógico que me deu um medo. A equipe médica me aconselhou que seria o melhor [ser intubado]. Senão, ia morrer. Ou fazia a intubação ou iria morrer porque meu pulmão já não funcionava mais. Cheguei no hospital e já não respirava mais. A falta de ar foi horrível. Mais ou menos como peixe fora d’água. Estava me sentindo agoniado. Tentava respirar e não conseguia.

Assim que ganhei alta [da UTI], fui para a terapia semi-intensiva. Minha mãe [Sandra Regina] veio me acompanhar, e está aqui até hoje.

Foi na mesma época que o senador morreu. Minha família me poupou da notícia porque estava em estado crítico ainda, saindo da UTI. Ela resolveu segurar a informação. Uma semana depois, me falaram da morte do senador Major Olimpio. Não considerava ele como chefe. Considerava ele como grande amigo.

Ele era sempre uma pessoa que me aconselhava. A gente tinha projeto junto. Falava com ele todo dia. A gente tinha uma amizade acima de tudo.

Minha mãe não deixava ver TV, não deixava pegar no celular porque tinha medo que eu descobrisse sozinho.

Não se passava pela minha cabeça [a morte do senador]. Falavam que o senador estava intubado. Mas, até então, para mim, ele estava vivo. Quando fui extubado, [em 19 de março] fiquei uma semana focado na minha melhora. Minha mãe pegou meu celular e escondeu. Fiquei isolado do mundo. Quando ela viu que eu já estava bem, consciente, que não estava mais delirando, aí ela resolveu contar.

A morte dele me abalou bastante. Fiquei três dias mal, chorando, depressivo, não comia mais. Foi triste ter perdido um grande amigo. Precisei entrar na internet para ver que ele tinha morrido. Às vezes, achava que estava sonhando. Que alguém falou para mim e estava sonhando.

De todas as pessoas do gabinete, os dois que ficaram mal foram eu e ele. Acho que 90% do gabinete teve covid-19, se é que não foi 100%. E só eu e ele ficamos mal.

Entrei [no gabinete] no penúltimo ano dele como deputado federal [em 2017]. A gente vivia junto. Sempre tomava café da manhã com o major. Quando terminava o expediente, a gente se reunia, batia papo. Não só de política, mas de vida. Porque ele vivia sozinho em Brasília. Então a gente sempre vivia muito junto. Nem chamava ele de senador. Chamava de major. Minha relação já era mais íntima. Sempre falava com ele.

Ele se protegia. Pensava que ele até pudesse pegar, mas a saúde dele… ele praticava esporte. Ele tinha uma saúde exemplar.

Eu usava máscara, álcool em gel. Mas foi passando o tempo e a gente vai relaxando. Então, me senti mais relaxado. “Ah, não vou pegar isso.”

Se tivesse que fazer tudo de novo, acho que teria evitado aglomeração, barzinho. Cheguei a ir para barzinho, ir para festa depois de um bom tempo. Em fevereiro, comecei a ficar mais desleixado. Álcool em gel, já não usava. Participei de festa de jogo do Flamengo. No momento que fiquei mais relaxado, peguei o vírus.

Sei que só fui [a barzinho] porque estava aberto. Se estivesse fechado, estaria em casa, assistindo ao jogo dentro de casa, feito minhas coisas dentro de casa. Quando está aberto, dá a possibilidade de você poder ir, há possibilidade de aglomerar, de passar o vírus. A preocupação é levar o vírus para casa.

O lockdown acho que deve ser feito, sim. Primeiro tem que ser preservada a vida. Porque, sem a vida, não adianta você ter dinheiro.

Antigamente, pensava que fazer um lockdown mais maleável seria o correto. Mas é nesse horário maleável que as pessoas vão lá e se aglomeram. Acho que esse é o perigo. Hoje já penso que o lockdown deve ser feito. Porque ele preserva vida. Enquanto todo mundo não estiver vacinado, acho que as pessoas têm que ficar em casa, aproveitar mais a família, e preservar a vida de outras pessoas que estão em casa, confinadas.

Estou fazendo fisioterapia três vezes por dia com a doutora Gisele Ramos. E ela vem me ajudando bastante a ter meu condicionamento físico novamente, a fazer movimentação dos braços, das pernas.

Graças a Deus, consegui ficar em pé e dar os primeiros passinhos. Porque a perna ficava muito pesada. Dei os primeiros passinhos no quarto. Fui até a poltrona e voltei. E aí fui ganhando mais confiança. Fui caminhando, caminhando. Hoje, já caminho o corredor inteiro. Com a ajuda dela, o equilíbrio dela, mas caminho sozinho.

Tive que reaprender a comer, reaprender a falar, reaprender a mexer os braços, pernas, engolir. Tive de aprender tudo novamente, como se estivesse nascendo de novo.

Deu para refletir para ser uma pessoa melhor, por algum propósito na minha vida. Quero participar de projetos sociais, de movimentos que ajudem os outros. Tentar ter mais empatia, sentir na pele o que as pessoas sentem.

Queria que [o que passei] sirva de inspiração. Quase morri e Deus me deu mais uma chance para poder viver. E agora quero fazer tudo diferente. Principalmente participar de projetos sociais para ajudar o próximo.

Sou devoto de Santo Aníbal. Assim que tiver melhora, quero ir na paróquia de Santo Aníbal, em Passos, Minas Gerais, para agradecer mais um milagre na minha vida.

E vou seguir o trabalho. O suplente [Alexandre Giordano] assumiu agora. Quero ver se daqui a duas semanas me apresento para o novo senador.

Quero sair do hospital com uma camiseta com uma foto minha e dele e uma frase, uma homenagem ao senador. Não ele como senador, mas como pessoa.

A gente estava escrevendo um livro sobre política. Espero terminar o livro em homenagem a ele. Era um livro que a gente vinha escrevendo sobre o cenário político. Pretendo lançar o livro, mas agora sozinho.

Fonte: UOL

Fux antecipa para 4ª feira julgamento no STF sobre CPI da covid

O presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), ministro Luiz Fux, marcou para 14h da próxima 4ª feira (14.abr.2021) o julgamento sobre a instalação da CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) da covid no Senado. A sessão do plenário será virtual.

O ministro Luís Roberto Barroso, relator do caso, determinou na 5ª feira (8.abr.2021), por meio de liminar (decisão provisória), que o Senado deve instalar a CPI da covid. Afirmou que a Casa não pode se opor à comissão por “conveniência e oportunidade políticas”.

A questão foi encaminhada com urgência para julgamento no plenário virtual do STF. A análise seria marcada a partir de 16 de abril –próxima 6ª feira. Fux decidiu antecipar a sessão.

“Após conversas entre os ministros da Corte, e considerando a urgência e a relevância da matéria, eles decidiram antecipar o julgamento“, afirma nota divulgada neste sábado (10.abr.2021) pela assessoria de imprensa da presidência da Corte.

O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG), disse na 5ª feira (8.abr.2021) que este não é o momento para uma CPI da covid. Afirmou que, além dos requisitos técnicos para se instalar uma CPI, é preciso um “juízo de conveniência e oportunidade”.

Pacheco disse que “decisão judicial se cumpre” e que já pediu aos partidos políticos que indiquem os integrantes da comissão.

Fonte: Poder 360