‘Vai faltar dinheiro para pagar servidor público’, diz Bolsonaro

Depois de o Congresso aprovar projeto do governo que autoriza reajustes às polícias do Distrito Federal, o presidente Jair Bolsonaro disse que “não tem cabimento” o funcionalismo querer aumento salarial no momento em que o “Brasil está quebrando” e há risco até mesmo de faltar dinheiro para os pagamentos em decorrência da crise econômica causada pela pandemia do novo coronavírus.

“Vai faltar dinheiro para pagar servidor público. E tem servidor que quer ter a possibilidade de ter aumento neste ano e ano que vem. Não tem cabimento, não tem dinheiro”, disse Bolsonaro, que tem até 27 de maio para sancionar a lei que autoriza o repasse direto R$ 60 bilhões aos Estados e municípios e cumprir a promessa feita ao ministro da Economia, Paulo Guedes, de barrar a possibilidade de reajustes ao funcionalismo até o fim de 2021. Essa é uma das contrapartidas exigidas pela equipe econômica a governadores e prefeitos em troca da ajuda federal.

“O Brasil está quebrando. E depois de quebrar não é como alguns dizem a economia recupera. Não recupera. Vamos ser fadados a viver um país de miseráveis, como alguns países da África subsaariana”, disse Bolsonaro hoje.

Ao falar com os jornalistas, o presidente usava uma máscara da Polícia Militar do Distrito Federal. Ao lado dele, também com máscara da PM do DF, estava o titular da Secretaria-Geral, ministro Jorge Oliveira, que é da reserva da PM do DF e também será beneficiado com o aumento.

Como o Estadão mostrou, o presidente segura os vetos à possibilidade de aumento para servidores públicos para atender ao pedido do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB) de conceder reajustes de 8% a 25% aos policiais militares e civis do DF.

Fonte: Estadão

Artigo: O novo normal

Por Rodrigo Augusto Prando*

No primeiro artigo que escrevi acerca da pandemia, já com as aulas suspensas e trabalhando em casa, fiz, em 21/03/20, a seguinte consideração, logo no início: “Presenciamos, sociologicamente, uma suspensão da vida cotidiana, da normalidade de nossas relações sociais. E, sejamos realistas, isso assusta, nos traz medo, angústia e sensação de impotência frente à pandemia ocasionada pela Covid-19”. Há algumas semanas um termo frequenta a mídia e as conversas: o “novo normal”. Cabe, aqui, algumas considerações.

A pandemia trouxe, realmente, à tona uma realidade distante de nossa normalidade. Muitos países – e o Brasil inclusive – implantaram graus distintos de isolamento social até o lockdown. A noção de isolamento social dentro de um espaço chamado sociedade já é capaz de indicar que algo muito diferente está acontecendo. Somos, desde a mais tenra infância, socializados (educados e aculturados) a fim de vivermos em sociedade, cumprindo distintos papéis sociais e, sempre, dentro dos padrões que a sociedade estabelece como normais.

Émile Durkheim, considerado um dos fundadores da Sociologia, tem uma obra que busca desvendar as características peculiares dos fenômenos sociais e como estudá-los. Em sua obra “As regras do método sociológico”, o autor disserta acerca da importância de se entender as especificidades do “fato social”, sendo este considerado o objeto de estudo da Sociologia, bem como define suas características e como deve o cientista, o sociólogo, se comportar no estudo destes fatos. Importa, neste caso, uma distinção feita entre fato social normal e fato social patológico. Assim, para Durkheim, “um fato social é normal para um tipo social determinado, considerado numa fase determinada de desenvolvimento, quando se produz na média das sociedades desta espécie, consideradas numa fase correspondente de desenvolvimento”.

O crime, por exemplo, é considerado – pelo autor francês – um fato social normal, pois não há sociedade que não apresente esse fenômeno, esse fato social. Há diversos tipos de crimes: furtos, roubos, assassinatos, sequestros e estupros, entre outros. Eles, queiramos ou não, encontram-se nas mais diversas sociedades, todavia, numa análise comparativa em sociedades de desenvolvimento semelhantes há uma taxa que se considera aceitável, normal, de crimes.

O Brasil vem ostentando uma média de cerca de 60 mil assassinatos por ano e mais uns 40 mil mortos em acidentes de trânsito. Esses números, por si só, são próximos de uma guerra e seriam repudiados na grande maioria dos países, mas, no nosso país, foram considerados normais, pois há, estatisticamente, uma regularidade nesse fenômeno. Desta forma, o normal nestas plagas seria considerado anormal noutra sociedade. Então, quando um fato social é anormal, portanto, tira a sociedade de sua normalidade, da regularidade dos padrões de sociabilidade, há a preocupação sociológica para que a anormalidade não evolua para uma anomia, isto é, para uma situação de ausências de normas e regras e que pode até levar à morte do “organismo social”.

A normalidade de nossa vida cotidiana do início do ano e de todos anos anteriores, não se faz mais presente. A nossa rotina, nossos hábitos, de trabalho, estudos, lazer e relações sociais estão em compasso de espera. Aguardamos, ansiosos, por uma vacina ou por um tratamento eficaz contra a Covid-19.

Por enquanto, seguindo as recomendações científicas e médicas, a única forma de proteção é o distanciamento social, objetivando diminuir o contágio da doença de rápida e ampla disseminação. O desejo, crença e esperança é que com uma vacina possamos retornar à normalidade, à vida de antes da pandemia. Difícil. Mesmo com vacina ou medicamentos, teremos uma profunda crise econômica e, infelizmente, ao que tudo indica, um cenário de crise política. Muitos, no início, fizeram a comparação da consternação que causa na opinião pública a morte ocasionada pela queda de um avião comercial, com cerca de 400 pessoas, com essas vidas perdidas e as vidas que seriam perdidas pela Covid-19.

Até o momento, 13/05, o Brasil tem o registro de cerca de 12.400 mortes pelo coronavírus. São muitos aviões caindo todos os dias. Creio que da mesma forma como nos habituamos aos assassinatos e às mortes no trânsito, vamos nos habituando às mortes da pandemia, muitas evitáveis. Há, na cultura brasileira, violenta e autoritária, certa conivência com a morte, especialmente as evitáveis, que nos coloca num patamar de normalidade cruel.

Provavelmente, o tal do “novo normal” vai se desenhando por conta da pandemia. O home office que há muito existe foi acelerado para muitas categorias profissionais; artistas que dependem de público (portanto, de aglomerações) buscam, com sofrimento, se reinventar; alunos e professores, idem. Temos, especialmente nós brasileiros, saudades dos abraços e beijos – do contato físico – nos familiares ou amigos. Sentar-se à mesa com amigos, vendo jogo; almoçar na churrascaria, num rodízio; treinar na academia; olhar para o aluno em sala de aula e perceber, pelas suas feições, que o conceito fez sentido ou não.

Sociologicamente, o novo normal trará, provavelmente, aspectos positivos e negativos. Apresentará nossa criatividade e nossas iniquidades. Quiçá tenhamos que ressignificar a nossa forma de consumir e viver em sociedade; quiçá as noções de desenvolvimento sustentável e de qualidade de vida ganhem expressão e se consubstanciem em práticas individuais e coletivas.

Bem que o novo normal poderia ser de repúdio à miséria e à grande desigualdade de renda, educação e oportunidades. Quem sabe, por fim, possamos compreender a importância da política e da necessidade de líderes políticos e melhorar a qualidade de nossa representação nos poderes executivo e legislativo. Quem sabe?

*Rodrigo Augusto Prando é professor e pesquisador da Universidade Presbiteriana Mackenzie, do Centro de Ciências Sociais e Aplicadas. Graduado em Ciências Sociais, Mestre e Doutor em Sociologia, pela Unesp de Araraquara.

Artigo: Superar sem ser superado

Por Tiago A. Fonseca Nunes – Médico

A realidade pandêmica, que ressurge ao longo da nossa história, desperta na sociedade o sentimento de aflição, angústia e medo. Diante do desespero social que se instala, os profissionais da linha de frente – valorosos combatentes do inimigo invisível – tem de manter a equanimidade temperada pela ciência, habilidade técnica e pela presteza de tomar difíceis decisões perante um incerto cenário de saúde.

Cabe aos médicos, enfermeiros, fisioterapeutas, farmacêuticos, psicólogos e tantos outros profissionais, cumprir o milenar papel hipocrático de valorizar a vida. E cuidar daqueles que ficam doentes – neste caso, pelo Covid-19 que apresenta-se altamente contagioso e potencialmente letal sobretudo às camadas mais frágeis da sociedade. Portanto, carregando consigo a prudência, coragem, atenção, humildade e sensibilidade à dor alheia, tem modificado o efeito catastrófico do vírus. Vocação vem da palavra chamamento e, nesses momentos, os guerreiros são mobilizados a usar todos os seus potenciais para encarar o inimigo. Diversos deles viram pacientes e, muitos, tem a vida ceifada no “campo de batalha”.

As crises podem trazer progressos. Lutar e superar são palavras de ordem. O empenho e dedicação dos mais variados meios científicos mundiais, tem apontado estratégias e prováveis soluções para abater o vírus em definitivo. Estamos mais próximos do seu fim, apesar das dificuldades. Seja nas tentativas de protocolos com compilado de medicamentos (antivirais, anticoagulantes, antibióticos, plasma, antimaláricos etc.) que possam impedir a tempestade imunológica que acomete o organismo do paciente, seja pelo desenvolvimento de vacina – em franco processo de concretização -, ou até mesmo pelos pujantes estudos que dão evidências científicas do que traz benefícios aos doentes. A medicina é observacional, não exata e como dito por William Osler, é a ciência da incerteza.

O coronavírus inegavelmente, de forma muito rápida, paralisou e mudou o modo como o mundo funciona. Fomos obrigados a mudar hábitos e repensar conceitos que carregamos ao longo de toda a vida. Sem dúvida, o pós-pandemia estará de braços dados ao trauma coletivo gerado na turbulência das incertezas físicas e mentais. Contudo, seguir adiante olhando à frente fará com que superemos as aflições e tiremos os melhores aprendizados.

Em suma, a ordem natural da doença nos mostrará o tão esperado fim da pandemia e o futuro tratará desse conflito nos autos da história da humanidade. A sociedade arraigada de perdas e sequelas reerguer-se-á ao seu modo de naturalidade, como vimos em campos de guerra. Assim, até chegar essa hora, sigamos trabalhando duro para o enfrentamento e que possamos todos ser melhores nos piores momentos. “Quem supera a crise supera a si mesmo sem ter sido superado.” Vida e saúde a todos.

Parabenizamos a salgueirense dona Lia por seus 109 anos de idade

Romper a barreira dos 100 anos é para poucos. Por isso, a salgueirense Maria Pereira Neves, a dona Lia, e todos os seus familiares têm muito a comemorar nesta quinta-feira, 14, quando ela completa 109 anos de idade.

Nós que fazemos a equipe do Blog Alvinho Patriota saudamos Lia pelo início de mais um ciclo de vida. Desejamos que essa celebração se repita muitas vezes, realçando seu exemplo de vitalidade para todos nós.

Jornalista informa que ex-secretário da Prefeitura de Salgueiro vai assumir diretoria do DNOCS em PE

O jornalista Magno Martins informou  no seu blog nesta quinta-feira, 14, que o salgueirense e ex-secretário municipal Kleber Barros vai assumir a diretoria do DNOCS em Pernambuco. A indicação foi feita pelo deputado federal Fernando Rodolfo, na cota do PL no governo de Bolsonaro. Confira a matéria do Blog do Magno:

Rodolfo emplaca diretor do DNOCS

Já passou pela Abin e segue para nomeação pelo diretor-geral do DNOCS o nome de Kléber Cruz, ex-secretário da Prefeitura de Salgueiro, para substituir Marcos Leão Filho na diretoria do órgão em Pernambuco, demitido ontem com portaria publicada no Diário Oficial de hoje. Kléber é apadrinhado do deputado  Fernando Rodolfo, na cota do PL em distribuição de cargos do segundo e terceiro escalões federais.

Segundo fontes em Brasília, a demissão de Marcos Leão Filho não teve conotação política. Foi consequência do parentesco em terceiro grau dele com o diretor-geral Fernando Marcondes Leão, de quem é sobrinho. Trata-se de um caso típico que vai de encontro à lei do nepotismo.

Plantão Covid-19: Serra Talhada registra 36 casos confirmados da Covid-19, mas 31 estão recuperados

Nos últimos dois dias, Serra Talhada registrou 18 casos confirmados do novo coronavírus, somando 36 pessoas infectadas pelo patógeno. Desse total, segundo a Secretaria Municipal de Saúde, 31 pacientes conseguiram se recuperar clinicamente.

De acordo com a Secretaria de Saúde, terça-feira foram confirmados oito casos no Assentamento Barra do Exu e quatro na zona urbana. Já ontem, 13, houve a confirmação de seis casos, incluindo uma idosa de 92 anos que faleceu terça-feira no Hospam.

Ao todo, são 36 casos confirmados, 14 em investigação, 99 descartados, 31 recuperados e duas mortes.

Da redação do Blog Alvinho Patriota

Barreiras sanitárias em Afogados da Ingazeira já realizaram mais de 15 mil abordagens

As barreiras sanitárias instaladas nas entradas de Afogados da Ingazeira já realizaram 15.765 abordagens a veículos desde o dia 28 de abril, uma média de 985 por dia. Nas interceptações, equipes da prefeitura medem a temperatura dos ocupantes dos veículos com termômetros digitais e fazem orientações preventivas.

Pessoas que chegam de outras cidades e apresentam febre ou síndrome gripal têm seus nomes, contatos e endereços anotados e passam a integrar a quarentena domiciliar monitorada pela equipe de saúde do município.

A prefeitura disponibilizou em seu site oficial um formulário para quem mora na cidade, mas precisa se deslocar a outros municípios com objetivo de trabalhar nos serviços essenciais. Esses cidadãos precisam imprimir o formulário no site, preencher e levar para sua unidade básica de saúde de referência. O documento deve ser chancelado por um médico ou um enfermeiro.

Da redação do Blog Alvinho Patriota

Mapa de monitoramento da Fundaj aponta que Salgueiro, Petrolina e Serra Talhada estão conseguindo controlar a Covid-19

Salgueiro, Petrolina e Serra Talhada estão conseguindo controlar a curva de disseminação do novo coronavírus. Isso é o que aponta o novo mapa de monitoramento da Covid-19 divulgado ontem pelo Centro Integrado de Estudos Georreferenciados (Cieg), da Fundação Joaquim Nabuco (Fundaj). Segundo os dados, os três municípios apresentaram baixas variações de novos casos confirmados entre os dias 27 de abril e 11 de maio.

Ainda de acordo com o levantamento, Recife não lidera mais o ranking percentual de aumento de testes positivos para o novo coronavírus em Pernambuco. Com 92% de variação em 15 dias, a capital ocupa a 64ª posição na classificação. Itapissuma é o município com maior número de novos casos, apresentando variação de 633%. Ibimirim e Passira aparecem na 2ª posição, com 600% cada.

Da redação do Blog Alvinho Patriota

CDLs e Sindilojas do Sertão pernambucano pedem ao governador reabertura gradual do comércio

Presidentes de CDLs e Sindilojas dos sertões do São Francisco, Central e Araripe encaminharam ofício ao governador Paulo Câmara nessa quarta-feira, 13, pedindo a reabertura gradual e segura do comércio nas cidades. O documento também foi assinado pela presidente da CDL Salgueiro, Regilane Barros.

Os representantes das entidades trataram do tema em reunião realizada por videoconferência, mediada pelo presidente do Sindilojas de Petrolina, Joaquim de Castro. O debate contou com a participação dos deputados estaduais Antônio Coelho, Lucas Ramos e Dulcicleide Amorim.

Os parlamentares ouviram as sugestões e se comprometeram a levar ao governador o documento elaborado a partir dessa reunião. Clique aqui para acessar.

Da redação do Blog Alvinho Patriota

Plantão Covid-19: Todos os casos confirmados de coronavírus em São José do Belmonte estão recuperados

Os três casos confirmados de infecção pelo novo coronavírus em São José do Belmonte já conseguiram se recuperar. A informação consta no boletim mais recente da prefeitura, publicado no final da tarde dessa quarta-feira, 13. Até o momento foram notificados 10 casos. Dois estão em investigação e cinco foram descartados.

A prefeitura vem adotando várias medidas no sentido de evitar a disseminação do vírus no município. Para isso, tornou o uso de máscara obrigatório há vários dias, instalou barreira sanitária na entrada da cidade e distribuiu máscaras em locais de grande aglomeração, como bancos e lotéricas.

Da redação do Blog Alvinho Patriota

Câmara de Vereadores de Salgueiro aprova reforma da Previdência dos servidores municipais com emendas

Após semanas de muita discussão, o Projeto de Lei nᵒ 07/2020, que reformula a Previdência dos servidores da Prefeitura de Salgueiro, fazendo adequação à Emenda Constitucional nᵒ 103/2019, foi aprovado pelos vereadores na sessão ordinária dessa quarta-feira, 13. A proposta do prefeito Clebel Cordeiro foi abonada em 1ᵒ e 2ᵒ turnos, com emendas dos vereadores George Arraes, Eliane Alves e Erivaldo Pereira.

Um dos adendos retirou a obrigatoriedade de pagamento de taxas por aposentados e pensionistas. Erivaldo justificou, destacando que essas pessoas já contribuíram para o Fundo Previdenciário enquanto trabalhavam. “Eu acho uma crueldade, depois que você está nessa fase da vida, já um pouco avançada, você ainda ter que participar com a questão de encargos da Previdência”, disse.

As outras emendas alteraram a redação, modificando a alíquota de manutenção do Fundo Previdenciário de 2% para até 2% e a data de entrada em vigor da nova alíquota mensal (14%), passando da data de sanção para o 1ᵒ dia do 4ᵒ mês após a data de publicação da lei.

Da redação do Blog Alvinho Patriota

Prefeito de Salgueiro assina Ordem de Serviço do calçamento da primeira rua do programa “Rua do Futuro”

Nessa quarta-feira, 13, o prefeito de Salgueiro, Clebel Cordeiro, assinou a Ordem de Serviço para o calçamento da primeira rua no programa “Rua do Futuro”. A localidade beneficiada é a Santa Faustina, no bairro Divino Espírito Santo.

Na companhia dos vereadores Augusto Matias e Paizinha Patriota, além do secretário de Serviços Públicos, Marcos Sá, o gestor municipal visitou a via na manhã de ontem. “Vários moradores serão beneficiados com a pavimentação, drenagem e sobretudo, com o trabalho no saneamento”, ressaltou o gestor.

Da redação do Blog Alvinho Patriota

Plantão Covid-19: Salgueiro soma 32 casos confirmados, 14 em investigação e 15 recuperados

Conforme o boletim mais atualizado divulgado pela prefeitura na noite de ontem, 13, subiu de 30 para 32 o número de casos confirmados da Covid-19 em Salgueiro. Dois testes rápidos atestaram a infecção em homens. Um deles se encontra em isolamento domiciliar e o outro no Hospital de Campanha.

O boletim também revela que mais dois pacientes foram considerados recuperados após sete dias sem sintomas. Agora são 15 pessoas recuperadas, quase metade das infectadas. Ainda houve um aumento na quantidade de casos em investigação, de 11 para 14. O número de óbitos continua em quatro.

Da redação do Blog Alvinho Patriota

MP: bolsonaristas acampados na Esplanada são milícia armada e GDF deve agir

O acampamento bolsonarista instalado na Esplanada dos Ministérios virou alvo de uma ação civil pública das 1ª e 2ª promotorias de Justiça Militar do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT). Em caráter de urgência, o órgão pediu à Justiça a desmobilização do grupo intitulado Os 300 do Brasil e a proibição da retomada do movimento, que se reúne em Brasília desde o fim de abril com o intuito de “treinar” apoiadores do presidente Jair Bolsonaro para, dentre outros objetivos, “expor e combater o totalitarismo da esquerda”.

Líder do acampamento, a ativista Sara Fernanda Giromini, 27 anos, mais conhecida por Sara Winter, foi denunciada na ação civil pública. Nesta semana, ela revelou ao portal de notícias BBC News Brasil que os integrantes do grupo pró-Bolsonaro estão armados “para a proteção dos próprios membros do acampamento”. Dessa forma, o MPDFT também sugeriu que sejam feitas operações de busca e apreensão de armas de fogo em situação irregular no acampamento ou que estejam em posse de pessoas sem autorização legal para o porte.

Responsáveis pela medida, os promotores de Justiça Augusto Milhomem e Nísio Tostes Filho chamaram Os 300 do Brasil de “milícia armada” e “organização paramilitar”, e alertaram que a presença do grupo “na região central da capital federal representa inequívoco dano à ordem e segurança públicas”.

Para cessar as atividades do acampamento, o argumento do MPDFT é de que “diante de um quadro de pandemia mundial em razão da covid-19 e do reconhecimento do estado de calamidade pública, é necessário tornar efetivo o distanciamento social, entre outras ações de contenção da proliferação da doença”. “O mais importante é assegurar a saúde da coletividade, utilizando-se dos meios necessários para evitar a proliferação da doença, mesmo que isso signifique privar momentaneamente o cidadão de usufruir, em sua plenitude, certas prerrogativas individuais”, escreveram os promotores.

Eles ainda destacaram que “o modelo político, social e econômico adotado pela sociedade brasileira não admite como válida, do ponto de vista jurídico, qualquer prática tendente a ofender o direito à segurança pública e à saúde”. “E, uma vez verificada a ocorrência de lesão ou ameaça a esses direitos, cabe ao Poder Judiciário, após ser provocado, impor as medidas necessárias para sua pronta observação”, afirmaram.

Os autores da denúncia frisaram que “embora a restrição de manifestações populares possa suscitar dúvidas acerca de sua constitucionalidade, pois importa em restrições à circulação de pessoas e manifestação de seus direitos políticos, consigne-se que os direitos fundamentais não são absolutos”. “Para convivência harmônica entre eles, é necessário que o exercício de um não implique danos à ordem pública ou aos direitos e garantias de terceiro”, defenderam.

Na ação civil pública, os promotores também apontaram o Distrito Federal como réu e pediram, em caráter liminar, que a unidade da Federação aplique a proibição de aglomeração de pessoas para a realização de manifestações populares, além de orientação e de sanção administrativa quando houver infração às medidas de restrição social, no tocante à proibição de aglomeração de pessoas para manifestações sociais.

Por fim, o MPDFT espera que o Distrito Federal seja obrigado a utilizar o poder de polícia para resguardar a segurança pública, e evitar a mobilização de milícias armadas no DF. “Milícias não se subordinam à normatividade jurídica do Estado; seguem paralelas a ela ou em contraposição ao poder estatal. Não é necessário haver uniforme, distintivo, continência ou sinais de respeito à hierarquia, símbolos ou protocolos de conduta visíveis ou explícitos. Importa, e muito, o emprego paramilitar dos associados para finalidade política nociva ou estranha à tutela do estado democrático de direito”, alertam os promotores.

Fonte: Correio Braziliense

Bolsonaro usa pseudônimos Airton, Rafael e 05 em exames

O presidente Jair Bolsonaro usou os pseudônimos “Airton Guedes”, “Rafael Augusto Alves da Costa Ferraz” e “Paciente 05” nos três exames negativos de Covid-19 que realizou em laboratórios de Brasília e do Rio de Janeiro, segundo os laudos entregues pela Advocacia-Geral da União (AGU) ao Supremo Tribunal Federal (STF) e divulgados nesta quarta-feira.

Os dois primeiros exames, ocorridos nos dias 12 e 17, foram realizados por um laboratório particular de Brasília. No primeiro, ele usou o codinome Airton. No segundo, cinco dias depois, está com o nome de Rafael. Os dois documentos constam com outros dados pessoais de Bolsonaro como corretos, como CPF e data de nascimento.

Na noite de terça, a AGU havia informado em nota a entrega dos exames, que deram negativo. Na papelada entregue pela AGU consta um ofício do general de Divisão Rui Yutaka Matsuda, comandante Logístico do Hospital das Forças Armadas, que aponta o uso dos nomes fictícios, sendo preservados todos os dados pessoais de registro civil junto aos órgãos oficiais, para fins de comprovação da sua veracidade.

Ainda houve um terceiro exame, realizado no dia 18 de março, no Laboratório de Vírus Respiratórios e Sarampo da Fundação Oswaldo Cruz, instituição ligada ao Ministério da Saúde que fica no Rio de Janeiro. Nele, com resultado divulgado dia 19 daquele mês, o presidente foi o Paciente 05.

Na véspera, o próprio presidente tinha dito que iria entregar os resultados se houvesse uma determinação do STF para isso.

O caso chegou ao Supremo após o jornal O Estado de S. Paulo ter recorrido de decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) que rejeitava a entrega dos exames.

Na sexta, o presidente do STJ, João Otávio de Noronha, havia aceitado recurso da AGU e derrubado decisão anterior que obrigava o presidente a entregar os resultados dos exames sobre o novo coronavírus que realizou.

O imbróglio sobre o resultado dos exames de Bolsonaro se dá desde a primeira instância.

Fonte: Terra