Covid-19: Brasil tem 11.519 mortes e 168.331 casos confirmados

As secretarias municipais e estaduais de saúde notificaram 396 mortes por covid-19 nas últimas 24 horas. Com isso, o Brasil acumula 11.519 óbitos desde o primeiro registro oficial, em 17 de março. A informação foi divulgada pelo Ministério da Saúde, nesta segunda-feira (11), por meio do painel nacional.

Entretanto, segundo a Pasta, nem todas as perdas fatais aconteceram de domingo para ontem. Algumas foram incluídas após atualização na classificação final da ficha de investigação da causa principal do óbito. A taxa de letalidade está em 6,8%.

Com 5.632 novos infectados, o país registra 168.331 pessoas diagnosticadas com a doença provocada pelo novo coronavírus. O primeiro caso foi confirmado no dia 26 de fevereiro, pelo Hospital Albert Einstein, em São Paulo.

O governo federal estima que 69.232 pessoas já estão recuperadas, enquanto outras 82.344 permanecem em acompanhamento.

A região Sudeste, que concentra 72.209 casos confirmados, é a mais afetada pela pandemia. O estado de São Paulo, que prorrogou a quarentena até 31 de maio por conta da redução nos índices de isolamento social, acumula 46.131 contaminados e 3.743 vítimas fatais, enquanrto o Rio de Janeiro tem 17.939 doentes e 1.770 mortes.

Fonte: R7

Por telefone, Bolsonaro disse que queria na PF diretor com quem tivesse ‘afinidade’, afirma Valeixo

O ex-diretor-geral da Polícia Federal Maurício Valeixo afirmou nesta segunda-feira (11) em depoimento que o presidente Jair Bolsonaro queria alguém com “maior afinidade” no comando da corporação.

Valeixo esteve na superintendência da PF em Curitiba para prestar depoimento, no inquérito aberto por ordem do ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal, para apurar suposta interferência política do presidente Jair Bolsonaro na Polícia Federal, de acordo com o que denunciou o ex-ministro da Justiça Sergio Moro ao deixar o governo.

Escolhido para o cargo pelo ex-ministro da Justiça Sergio Moro, Valeixo foi exonerado do cargo em 24 de abril por decisão de Bolsonaro.

Na ocasião, Moro anunciou demissão do cargo e acusou Bolsonaro de tentar interferir politicamente no comando da PF ao demitir Valeixo.

“Para o depoente [Valeixo], a partir do momento em que há uma indicação com interesse sobre uma investigação específica, estaria caracterizada uma interferência política, o que não ocorreu em nenhum momento sob o ponto de vista do depoente; que em duas oportunidades, uma presencialmente, outra pelo telefone, o presidente da República teria dito ao depoente que gostaria de nomear ao cargo de diretor-geral alguém que tivesse maior afinidade, não apresentando nenhum tipo de problema contra a pessoa do depoente; que o depoente registra que o presidente nunca tratou diretamente com ele sobre troca de superintendentes nem nunca lhe pediu relatórios de inteligência ou informações sobre investigações ou inquéritos policiais.”

Valeixo também disse que Bolsonaro telefonou para informar que a exoneração dele do cargo seria publicada “a pedido”.

Exonerações publicadas no “Diário Oficial da União” com o termo “a pedido” informam que o ocupante do cargo pediu para deixar a função. Quando o termo não é publicado, indicam que o funcionário foi demitido.

“[Valeixo disse] que nessa ligação, o presidente [Bolsonaro] comunicou ao depoente [Valeixo] que sua exoneração do cargo de diretor-geral ocorreria […] como indagou ao depoente se ele concordava que a publicação se desse como ‘a pedido’, momento em que o depoente que sim”, diz o depoimento.

Conforme o documento, Valeixo afirmou “que não houve formalização do pedido de exoneração”.

A exoneração de Valeixo, publicada “a pedido”, foi assinada por Bolsonaro e por Moro. O episódio levou Moro a se demitir.

Isso porque Moro afirmou que Bolsonaro havia tentado interferir politicamente na PF ao tirar Valeixo do cargo. Moro disse também que não havia assinado a exoneração de Valeixo nem recebido o pedido de exoneração do então diretor-geral da PF.

Fonte: G1

Bolsonaro inclui academias, salões de beleza e barbearias na lista de atividades essenciais

O presidente Jair Bolsonaro editou um decreto nesta segunda-feira que inclui academias, salões de beleza e barbearias na lista de serviços essenciais. A intenção é que estas categorias sejam preservadas em decretos de restrição de circulação de governadores e prefeitos. O anúncio pegou de surpresa o ministro da Saúde, Nelson Teich, que disse que a decisão não passou por ele.

Na semana passada, o presidente já havia incluído construção civil e atividades industriais na lista. O decreto de Bolsonaro, publicado em edição extra do Diário Oficial da União (DOU), faz uma ressalva de que devem ser “obedecidas as determinações do Ministério da Saúde”.

— Saúde é vida. Academias, salões de beleza e barbearias foram incluídas em atividades essenciais — disse o presidente, ao retornar para o Palácio da Alvorada nesta segunda-feira.

Questionado sobre a declaração do presidente, Teich disse que não tinha conhecimento da medida e que ela não passou pela pasta.

— Se você criar um fluxo que impeça que as pessoas se contaminem, se criar condições e pré-requisitos para que você não exponha pessoas a risco de contaminação, você pode trabalhar retorno de alguma coisa. Agora, tratar isso como essencial, é um passo inicial, que foi decisão do presidente, que ele decidiu. Saiu hoje isso? Falou agora? — questionou Teich, em entrevista coletiva.

O ministro teve que confirmar com os jornalistas quais atividades estavam sendo impactadas:

— Decisão de? Quem é…Manicure, academia? Isso aí não é…Não passou, não é atribuição nossa. Isso é uma decisão do presidente.

Após uma insistência sobre a participação da Saúde na medida, Teich ressaltou que é o Ministério da Economia que define quais são as atividades essenciais, e que sua pasta só auxilia na implementação da medida:

— A decisão de atividade essencial hoje é do Ministério da Economia. Onde o Ministério da Saúde pode e deve ajudar (é) ajudando a desenhar os fluxos, se essa decisão é tomada, como isso deveria acontecer. Mas decisão de ser essencial ou não é mais uma decisão da Economia mesmo. Se for o caso, a gente participa ajudando a desenhar uma forma de fazer que proteja as pessoas.

Fonte: O Globo