Mandetta defende isolamento e pede união após Bolsonaro distorcer OMS

O ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, reforçou ontem a orientação de que as pessoas mantenham medidas de isolamento social como forma de retardar a velocidade de transmissão do novo coronavírus no país.

“Nós vamos trabalhar com o máximo de planejamento, e no momento nós vamos fazer sim o máximo de distanciamento social para que a gente possa, chegando ao ponto de falar: ‘estamos mais preparados, entendemos aonde vamos’. Aí a gente vai liberando e monitorando pela epidemiologia”, disse Mandetta.

O ministro fez a afirmação ao ser perguntado sobre qual interpretação ele dava às declarações do diretor-presidente da OMS (Organização Mundial da Saúde), Tedros Ghebreyesus, que havia pedido atenção aos governos com medidas sociais para que os mais pobres possam atravessar a pandemia.

Na manhã de hoje, o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) afirmou que a fala de Ghebreyesus indicava que a OMS, assim como ele, também fazia críticas ao isolamento social.

Bolsonaro tem defendido o fim de medidas de isolamento social, como o fechamento do comércio, e pedido a “volta à normalidade” no país.

Após a fala de Bolsonaro, mas sem citar o presidente brasileiro, a OMS rejeitou que tenha apoiado a ideia de que políticas de isolamento não devam ser aplicadas.

Mandetta defendeu que o líder da OMS demonstrou preocupação com problemas sociais provocados pela pandemia, mas “sem abrir mão da ciência”, disse o ministro.

“O que eu entendi da posição da Organização Mundial da Saúde é que há sim que se fazer considerações sobre a parte de dinâmica social, mas sem abrir mão em momento nenhum da ciência que você tenha no seu espaço”, disse Mandetta.

O ministro da Saúde afirmou que o governo não adotará medidas que possam colocar em risco a saúde da população e pediu união para enfrentar a crise.

Fonte: UOL

Brasil registra 5.717 casos confirmados de coronavírus e 201 mortes

Subiu para 5.717 o número de casos confirmados de coronavírus no Brasil. Foram 1.138 novas confirmações em 24 horas. O número de óbitos também aumentou, agora são 201. A maior parte está em São Paulo, que concentra 136 mortes e lidera a lista nacional com 2.339 casos confirmados da doença. Os números estão consolidados com as informações que foram repassadas pelas Secretarias Estaduais de Saúde ao Ministério da Saúde até as 15h dessa terça-feira (31).

As mortes estão localizadas nos estados do Amazonas (3), Rondônia (1), Alagoas (1), Bahia (2), Ceará (7), Maranhão (1), Pernambuco (6), Piauí (4), Rio Grande do Norte (1), Minas Gerais (2), Rio de Janeiro (23), São Paulo (136), Distrito Federal (3), Goiás (1), Mato Grosso do Sul (1), Paraná (3), Rio Grande do Sul (4) e Santa Catarina (2). Agora, todas as regiões brasileiras têm casos de mortes confirmadas por coronavírus.

Apenas os estados do Acre, Amapá, Pará, Roraima, Tocantins, Paraíba, Sergipe, Espírito Santo e Mato Grosso não têm, até o momento, mortes confirmadas pela doença, mas também registram casos confirmados, assim como todos os demais estados brasileiros.

Fonte: Ministério da Saúde