Censo é adiado para 2021 por avanço do coronavírus

O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou nesta terça-feira (17) que a realização do Censo Demográfico foi adiada para 2021 diante do avanço do surto coronavírus no país. A coleta de dados estava programada para este ano.

Segundo o IBGE, o próximo Censo terá como data de referência 31 de julho de 2021. A coleta será realizada entre 1º de agosto e 31 de outubro de 2021.

O concurso com 208 mil vagas destinado para a realização do levantamento foi suspenso. Os candidatos que já fizeram o pagamento da inscrição serão reembolsados.

O Censo Demográfico é feito a cada 10 anos e tem abrangência nacional. Pesquisadores do órgão visitam os domicílios pelo país para obter dados sobre as características dos moradores – nível de estudo, trabalho, entre outras informações.

“A decisão (de adiar para 2021) leva em consideração a natureza de coleta da pesquisa, domiciliar e predominantemente presencial, com estimativa de visitas de mais de 180 mil recenseadores a cerca de 71 milhões de domicílios em todo o território nacional”, informou o IBGE em comunicado.

De acordo com o órgão, a suspensão da pesquisa também leva em conta a impossibilidade de realizar o treinamento necessário para quem participaria da coleta dos dados. A primeira etapa estava prevista para abril. Em julho, os treinamentos seriam realizados em polos regionais.

O orçamento que seria destinado ao Censo será transferido para o Ministério da Saúde para combater o avanço do coronavírus, segundo o IBGE. “Em contrapartida, no próximo ano, o Ministério da Saúde realocará orçamento no mesmo montante com vistas a assegurar a realização do Censo pelo IBGE”, garantiu a instituição.

O orçamento do Censo era de R$ 2,3 bilhões. A quantia de recursos a ser empregada na pesquisa abriu uma discussão no ano passado. Com a crise fiscal, o valor teve de ser reduzido em 25% em relação ao que estava inicialmente previsto.

Fonte: G1

Paciente que morreu por coronavírus em SP não estava em lista de casos confirmados

A primeira morte pelo novo coronavírus no Brasil foi de uma pessoa que estava fora da contagem oficial de infectados, que é informada diariamente pelo Ministério da Saúde. O governo de São Paulo, que assim como os demais Estados repassa a Brasília os dados locais, não tinha confirmado a contaminação do paciente até as 10h30 desta terça-feira, 17.

O óbito ocorreu na segunda, 16. A Secretaria Estadual da Saúde, agora, diz que estudar formas de ampliar os centros de diagnóstico para mapear melhor o crescimento do surto de coronavírus no Brasil.

A vítima, um paulistano que não havia viajado para o exterior, ficou seis dias internado em uma hospital de uma rede particular de São Paulo. O resultado do teste só foi recebido após o óbito. Essa rede teve mais quatro mortes em que há suspeita de infecção pelo novo coronavírus.

Sem exames em massa, que é uma recomendação da Organização Mundial de Saúde (OMS), o governo de São Paulo não tem o dado exato de quantos pacientes em estado grave (com risco de morte) estão internados no Estado neste momento.

Até esta terça-feira, o País tinha 290 casos confirmados de coronavírus, segundo o Ministério da Saúde. Em São Paulo, há 162 casos confirmados, mas não há dado exato sobre quantos correm risco de morrer. A estimativa das autoridades, baseada em pesquisas já publicadas sobre o coronavírus, é de que 8% dos pacientes infectados evoluem para estado grave, segundo o infectologista David Uip, que coordena a equipe de combate à pandemia no Estado.

Até segunda-feira, Uip se mostrava contrário à ampliação dos exames, dizendo que a massificação de testes era “ideal”, mas não “real”. Ontem, ele disse que seu grupo de trabalho  fará a recomendação ao governador João Doria (PSDB) para ampliação do centro de diagnóstico do Estado.

Uip disse que há “a missão de arquitetar essa possibilidade de ampliação dos centros de diagnóstico em todo o Estado” para, depois, buscar recursos para operá-lo. “Vamos aguardar também a orientação do Ministério da Saúde, que é o órgão maior que deve fazer a política e disponibilizar recursos”, disse Uip.

Fonte: Estadão

Bolsonaro anuncia fechamento parcial da fronteira do Brasil com a Venezuela

O presidente Jair Bolsonaro anunciou nesta terça-feira (17) o fechamento parcial da fronteira do Brasil com a Venezuela, em Roraima.

Ao conceder uma entrevista à imprensa na portaria do Palácio da Alvorada, residência oficial da Presidência, Bolsonaro informou que a medida será publicada no “Diário Oficial da União” desta quarta (18) e irá prever que o tráfego de mercadorias continuará liberado.

“Eu não quero criticar nenhum governador, alguns estão tomando medidas positivas, outros, no meu entender, estão se excedendo. Publica no ‘Diário Oficial da União’ de amanhã a questão de fechar em especial a fronteira da Venezuela, que é a mais sensível. Agora, alguns acham que a palavra ‘fechar fronteira’ é uma palavra mágica. Se a gente tivesse poder de fechar a fronteira como muitos pensam, não teria entrada de arma nem de droga no Brasil. Temos 17 mil quilômetros de fronteira”, afirmou o presidente.

“Não é um fechamento total. O tráfego de mercadorias vai continuar acontecendo. Porque separa Roraima. Se você fecha o tráfego com a Venezuela, a economia de Roraima desanda. A mesma coisa a Venezuela em parte também tem esse tráfego de mercadorias conosco. Não tem como tomar medidas radicais. Não vai dar certo”, acrescentou Bolsonaro.

Ainda na entrevista, o presidente reafirmou o que tem dito, que não se pode ter “histeria” em razão da pandemia do novo coronavírus.

Conforme a Organização Mundial de Saúde (OMS), o vírus se espalhou por diversos continentes. No Brasil, segundo o Ministério da Saúde, são 290 casos confirmados e 8.819 suspeitos.

Fonte: G1

Mandetta diz que Brasil terá pico de casos do novo coronavírus até junho

O ministro da Saúde, Henrique Mandetta, afirmou nesta terça-feira (16) que o Brasil deve enfrentar o pico do novo coronavírus entre 60 e 90 dias. A estimativa é que os números de casos sejam elevados entre os meses de abril e junho e passem a atingir a estabilidade a partir de julho.

“Nós estamos imaginando que nós vamos trabalhar com números ascendentes, espirais em abril, maio, junho. Nós vamos passar ai 60 a 90 dias de muito estresse para que quando chegarmos ao fim de junho, julho, a gente imagina que entra no platô. Agosto, setembro a gente deve estar voltando desde que a gente construa a chamada imunidade de mais de 50% das pessoas”, disse Mandetta em entrevista coletiva.

O ministro afirmou ainda que as medidas restritivas no país poderão ser elevadas neste período, mas não deu detalhes de quais.

Ele informou ainda que o Ministério da Saúde está acompanhando a dispersão do vírus e o impacto no território nacional junto de outros ministérios. E lembrou ainda que o governo federal criou um gabinete de crise para tratar do caso.

Fonte: Folha de S;Paulo