Brasil tem 488 casos suspeitos de novo coronavírus

Balanço do Ministério da Saúde divulgado nesta terça-feira (3) aponta que o Brasil tem 488 casos suspeitos de novo coronavírus. Desde o início do monitoramento, 240 casos foram descartados e dois, confirmados.

O secretário-executivo do Ministério da Saúde, João Gabbardo dos Reis, lembrou que os Estados Unidos estão na lista de países com transmissão local, mas ainda não tinham sido incluídos na lista de alerta para viajantes brasileiros.

A partir desta terça-feira, de acordo com Reis, ele será incluído em uma atualização que levará o Brasil a monitorar os viajantes que chegam de 26 países. Quem voltar de um deles, incluindo os EUA, e relatar sintomas deve ter seu quadro investigado para avaliar um possível caso suspeitos.

“Vai aumentar muito o número de casos suspeitos, com certeza. Estamos preparados para isso. O número de pessoas que viajam para os EUA é muito maior do que os países que estavam relacionados até hoje”, afirmou.

Fonte: Bem Estar

Após impasse, governo e Congresso sinalizam acordo para divisão de R$ 30 bilhões do orçamento

Após duas semanas de impasse, governo e Congresso sinalizam para um acordo sobre o controle de cerca de R$ 30,1 bilhões do orçamento deste ano. A proposta mantém nas mãos do Congresso os R$ 15 bilhões realocados de outras pastas e devolve ao Planalto a execução do restante.

O governo encaminhou nesta terça-feira (3) um projeto regulamentando como os recursos previstos para 2020 serão executados. A ideia é que, com este texto, chegue-se a um acordo com Câmara dos Deputados e Senado e os vetos do presidente Jair Bolsonaro sejam mantidos.

O presidente vetou um trecho da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2020 que ampliava esse poder dos congressistas sobre o orçamento. Uma alteração feita pelo Congresso tornou impositivo R$ 30 bilhões do orçamento que estavam na mão do governo, o que irritou a gestão federal.

Os ministros da Economia, Paulo Guedes, e da Secretaria de Governo, Luiz Eduardo Ramos, acompanharam as negociações ao lado do presidente no Planalto.

— O projeto faz uma ampla regulamentação do orçamento impositivo, assegura as prerrogativas do Executivo na definição de prioridades, estabelecendo critérios para pagamento de restos a pagar — afirmou o líder do governo no Senado, Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE).

A intenção dos parlamentares que aceitaram o trato é deixar o governo definir as regras de execução para anular a narrativa de que o Congresso chantageia o Palácio do Planalto, como externou o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno.

As discussões que começaram na noite de segunda-feira (2) e entraram pela madrugada de terça (3). O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), chegou com a reunião já em andamento, pois retornava de uma viagem oficial à Espanha, e, num primeiro momento, segundo relatos, se irritou com a proposta. Ele queria manter o acordo feito antes do Carnaval, segundo o qual se derrubaria um dos vetos e se distribuiria os R$ 30 bilhões que hoje estão nas mãos do relator do orçamento 2020, deputado Domingos Neto (PSD-CE).

A negociação teve como objetivo evitar que os parlamentares ficassem responsáveis pela alocação de um valor maior, que chegaria a R$ 31 bilhões. Quase metade desse montante é de gastos básicos dos ministérios. A outra metade são investimentos.

Da parte do Congresso, durante a reunião desta manhã, ficou acordado que a Câmara controlaria R$ 10 bilhões e o Senado ficaria com os R$ 5 bilhões restantes, conforme a Folha de S.Paulo mostrou nesta terça-feira.

Fonte: Folhapress