Autoridades dos EUA descobrem o mais longo túnel de narcotráfico já encontrado na fronteira com o México

Autoridades dos Estados Unidos anunciaram nesta quarta-feira (29) a descoberta de um túnel usado por traficantes de drogas, o mais longo já encontrado na fronteira sudoeste do país. Ele parte de uma região industrial em Tijuana, no México, e, depois de 1,3 quilômetro, chega a uma zona perto de San Diego, nos EUA.

O túnel tem um sistema de carris, ventilação, cabos e painéis elétricos de alta tensão, um elevador na entrada e um sistema de drenagem.

O comprimento, de mais de 14 campos de futebol, surpreendeu as autoridades. Não houve prisões, não foi encontrada droga no local e nenhum ponto de saída confirmado nos EUA.

Lance LeNoir, supervisor de operações da Patrulha de Fronteira, disse que eles não esperavam que alguém teria a habilidade e sagacidade para ir tão longe. “Eles continuam a me surpreender”, afirmou.

O túnel expõe as limitações da política do muro na fronteira do presidente Donald Trump. Ele é considerado mais eficiente que os pequenos túneis construídos de forma grosseira, geralmente chamados de “buracos de Gopher”.

O anúncio da existência foi feito na quarta-feira (29), mas a descoberta aconteceu em agosto. As autoridades mexicanas identificaram a entrada, e os investigadores norte-americanos mapearam o túnel que se estende por um total de 1.313 metros.

Em 2014, um túnel de 904 metros de comprimento havia sido descoberto em San Diego.

Fonte: Associated Press

Inquérito contra Lula foi usado para investigar jornalistas da Folha

Dois repórteres da Folha de S. Paulo foram investigados durante a fase de inquérito que gerou uma nova denúncia contra o ex-presidente Lula. O petista, juntamente com Guilherme Boulos, líder do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST), foi denunciado pelo Ministério Público Federal em São Paulo por supostamente ter instigado a ocupação do tríplex do Guarujá, imóvel que lhe é atribuído.

Lula, Boulos e outras três pessoas ligadas a movimentos sociais são acusadas com base no artigo 346 do Código Penal. O documento é assinado pelo procurador Ronaldo Ruffo Bartolomazi.

O trecho prevê detenção de seis meses a dois anos para quem “tirar, suprimir, destruir ou danificar coisa própria, que se acha em poder de terceiro por determinação judicial ou convenção”.

Uma repórter e um fotógrafo da Folha entraram no imóvel junto com os militantes para fazer a cobertura jornalística da ocupação, que ocorreu no dia 16 de abril de 2018, nove dias após Lula ter sido preso.

De acordo com os autos, os repórteres “teriam participado da invasão do edifício Solaris e do tríplex”. No entanto, “a conduta deles não se amolda ao tipo penal do artigo 346 do Código Penal”, continua o procurador.

“Assim, por ausência de indícios de autoria criminosa, o Ministério Público Federal requer o arquivamento do presente inquérito policial em relação aos [jornalistas] investigados, com as cautelas de praxe e sem prejuízo do artigo 18 do Código de Processo Penal e na Súmula número 524 do Supremo Tribunal Federal”, afirma.

Fonte: Consultor Jurídico

Novo coronavírus é emergência de saúde internacional, declara OMS

A Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou nesta quinta-feira (30) que os casos do novo coronavírus 2019 n-CoV são uma emergência de saúde pública de interesse internacional. São milhares de infecções na China e em 19 países. Com isso, uma ação coordenada de combate à doença deverá ser traçada entre diferentes autoridades e governos.

“Devemos lembrar que são pessoas, não números. Mais importante do que a declaração de uma emergência de saúde pública são as recomendações do comitê para impedir a propagação do vírus”, disse o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus.

Até o momento, a OMS havia usado a denominação “emergência de saúde pública de interesse internacional” apenas em casos raros de epidemias que exigem uma vigorosa resposta internacional, como a gripe suína H1N1 (2009), a polio (2014), o zika vírus (2016) e a febre ebola, que devastou parte da população da África Ocidental de 2014 a 2016 e ainda atinge a República democrática do Congo desde 2018.

Na semana passada, nos dias 22 e 23 de janeiro, a comissão especial passou dois dias em discussão e acabou decidindo que “ainda era cedo” para declarar emergência. Com a alta contínua no número de casos, o órgão de saúde ligado à Organização das Nações Unidas (ONU) elevou a avaliação de risco de “moderado” para “elevado” cinco dias depois das reuniões.

Fonte: G1