Embaixada dos Estados Unidos em Bagdá é atingida por foguete

Três foguetes atingiram a embaixada dos Estados Unidos em Bagdá neste domingo, disse uma fonte de segurança à AFP, que também relatou outro míssil que caiu em um café perto dali no fim do dia (horário local).

As forças de segurança não relataram vítimas no primeiro momento. A embaixada está localizada na Zona Verde de Alta Segurança de Bagdá, um local regularmente alvo de ataques com foguetes nos últimos meses.

A CNN publicou que um foguete atingiu um refeitório que integra a embaixada e citou um oficial americano como fonte. A emissora acrescentou que o primeiro-ministro iraquiano, Adil Abdul Mahdi, condenou o ataque e prometeu investigar e prender os responsáveis pelo lançamento dos foguetes para prevenir futuros ataques.

De acordo com a CNN, o primeiro-ministro do Iraque afirmou que o país está comprometido em proteger todas as missões diplomáticas e tomará as medidas necessárias para cumprir esta proposta.

Fonte: AFP

Criança brasileira com suspeita de coronavírus está internada nas Filipinas, diz emissora

Uma criança brasileira de 10 anos está internada nas Filipinas com suspeita de coronavírus, segundo o site da rede local ABS-CBN News. Ela esteve na cidade chinesa de Wuhan com os pais, que também estão em isolamento no mesmo hospital, por precaução.

Segundo o doutor Audie Cipriano, chefe dos médicos do hospital ng Palawan, em Puerto Princesa, a criança foi hospitalizada com febre e dificuldade para respirar na madrugada de sábado, enquanto seu pai apresentava apenas dor de garganta.

Enquanto a ABS-CBN News diz que o paciente é um menino, a CNN de Manila afirma que se trata de uma menina, que mora na China com a família e estava passando férias nas Filipinas.

Além da criança brasileira, uma menina taiwanesa de seis anos também está em isolamento por suspeita de contaminação. Ela tem pneumonia, e seus pais disseram que ela teve contato com pessoas que estiveram em Wuhan, cidade chinesa que registra a grande maioria dos casos.

As duas crianças ainda aguardam os resultados de seus testes, e devem permanecer em isolamento por um período de cinco a 14 dias.

Fonte: G1

China avisa que a capacidade de contágio do coronavírus se torna mais forte

Enquanto a China intensifica as medidas para controlar a transmissão do coronavírus de Wuhan, que causou a morte de 56 pessoas e infectou mais de 2.000 no país, a natureza do patógeno vai sendo melhor conhecida. As más notícias: a capacidade de contágio do vírus parece se tornar mais forte, como disse o ministro da Saúde, Ma Xiaowei, de modo que o número de infectados continuará crescendo por enquanto. As boas notícias: até agora os cientistas chineses não detectaram indícios claros de mutação (ainda que não o descartem no futuro). E já começaram a desenvolver uma vacina.

Em uma abarrotada entrevista coletiva no centro de Pequim, em que a imensa maioria dos jornalistas usava máscaras protetoras, o ministro reconheceu que o que se sabe do novo coronavírus 2019-nCoV ainda é muito limitado. Ao contrário do vírus causador da SARS, com o qual está aparentado, pode contaminar durante o período de incubação – de um a 14 dias –, durante o qual o portador ainda não apresenta sintomas. Outra diferença em relação à epidemia de 2003 que deixou quase 800 mortos em todo o mundo: à época, a infecção demorou de três a quatro meses para se transformar em epidemia. Dessa vez só precisou de um mês. “Os seres humanos se adaptam aos vírus e ficam menos doentes. Eles também se adaptam a nós”, disse o diretor do Centro de Controle e Prevenção de Doenças, Fu Gao, também presente na entrevista.

Até o momento, o vírus chegou a 11 países em quatro continentes: Estados Unidos, Canadá, França, Nepal, Coreia do Sul, Japão, Taiwan, Tailândia, Malásia, Singapura e Vietnã, que somam mais de trinta casos. Tóquio anunciou no domingo que detectou um novo caso, o quarto em seu território.

Uma vez que o surto ainda não está sob controle, a China continuará reforçando e ajustando suas medidas de controle contra a epidemia, disse o ministro, um dia depois do presidente chinês, Xi Jinping, tomar o controle da crise e dar ordens de não economizar custos para resolvê-la. Uma área fundamental será o cancelamento de atos que poderiam receber grandes quantidades de pessoas e os limites ao transporte. Esse último é especialmente importante: a partir dessa semana começarão as viagens de retorno após as férias do Ano Novo lunar, que podem chegar a 400 milhões de deslocamentos e contribuir à expansão do vírus.

Shantou, uma cidade costeira de cinco milhões de habitantes e a 1.100 quilômetros de Wuhan, anunciou no domingo que também fecharia seus acessos para se proteger do vírus, a primeira cidade a entrar em quarentena fora da zona zero da epidemia. Poucas horas depois, entretanto, voltava atrás e indicava que se limitaria a controlar e desinfectar os veículos e pessoas que entraram em sua demarcação.

Várias grandes cidades, entre elas Pequim e Xangai, já anunciaram que as escolas prorrogarão por pelo menos mais duas semanas as férias escolares. A capital e cidades como a turística Xi’an, e toda a província de Shandong, suspenderam seus serviços de ônibus de longa distância. Na medida do possível, se recomenda evitar os deslocamentos; as empresas de transporte devolverão o custo das passagens sem nenhuma penalização. Nas estações de trem, guichês e aeroportos serão instalados medidores de temperatura e áreas de observação para possíveis casos suspeitos.

Somadas aos bloqueios pela quarentena de uma quinzena de cidades em Hubei, incluindo Wuhan, o epicentro da infecção, essas medidas reduziram as viagens em 28,8% em relação a temporadas anteriores do Ano Novo, como disse o ministro dos Transportes.

Além de limitar os deslocamentos e fechar a área mais afetada, parte dos esforços também estarão centrados no tratamento dos infectados. Wuhan, onde se concentra a maioria dos doentes e que reconheceu publicamente a escassez do material médico protetor, receberá reforços de todos os tipos. Já aumentou em 2.300 seus leitos hospitalares, e se espera que nos próximos dias possa contar com mais 5.000. Nas últimas 24 horas chegaram mais de 2.000 profissionais da área de saúde das outras 30 províncias chinesas. Também foram enviadas mais de três milhões de máscaras.

Fonte: EL País