Em Davos, Guedes diz que avalia imposto sobre cigarro, álcool e produtos com açúcar

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta quinta-feira (23) que o governo avalia uma cobrança de tributos sobre cigarros, álcool e produtos com açúcar numa eventual proposta de reforma tributária a ser apresentada pela equipe econômica.

Em Davos, na Suíça, onde participa do Fórum Econômico Mundial, o ministro disse que o sistema tributário de vários países prevê a cobrança do “imposto do pecado” para diminuir o consumo de cigarros, álcool e produtos com açúcar.

“Não tem nada definido, tem um grupo fazendo a reforma tributária. Fala-se de tributos e impostos e existe esse conceito de tributar coisas que fazem mal para a saúde”, disse Guedes em entrevista concedida para a GloboNews.

“Por um lado, você reduz o consumo [com a cobrança desse imposto]. Então, se o cigarro faz muito mal para a saúde, você bota o imposto. E por outro lado [se alguém disser] ‘ah eu vou fumar de qualquer jeito’, então está bom, mas, pelo menos, paga o imposto aqui porque nós vamos ter que cuidar da sua saúde lá na frente”, acrescentou.

Segundo o ministro, a proposta da reforma tributária do governo deve ser apresentada num prazo de duas a três semanas.

Guedes apontou que as reformas estão caminhando e descreveu o pacto federativo como “pacto mais Brasil, menos Brasília”.

“O nosso compromisso é ter reformas até o final do governo, e, se ele [Bolsonaro] for reeleito, elas continuam”, disse.

Fonte: G1

OMS diz que é cedo demais para declarar emergência global por coronavirus

A Organização Mundial da Saúde (OMS) decretou o coronavírus ainda não deve ser considerado como uma emergência sanitária global, o que exigiria estabelecer medidas de urgência para tentar frear a proliferação da doença que supostamente teve sua origem na China.

Depois de uma reunião de emergência nesta quinta-feira, em Genebra, a agência mundial de Saúde considerou que a situação não preenche exigências e que o governo de Pequim está agindo de forma correta.

A decisão, porém, foi marcada por um racha dentro do comitê de especialistas convocados pela OMS. Uma parcela dos técnicos insistia que a emergência deveria ser declarada. Mas prevaleceu a ideia de que, como não há transmissão entre humanos fora da China, não seria o caso de declarar a emergência de forma imediata.

Por enquanto, porém, a agência apenas pede que haja um controle nos aeroportos e que todos os governos atuem para identificar casos. A OMS ainda insiste que, ao tomar a decisão, a mensagem não deve ser interpretada de que a situação não seja séria.

O vírus surgiu na China, afetando cerca de 630 pessoas e deixando pelo menos 18 mortos. Mas o que mais assustou a OMC é que o coronavírus, da mesma família do vírus da Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS, sigla em inglês), já foi identificado na Cingapura, Vietnã, Tailândia, Japão e Coreia do Sul. Pela primeira vez, um caso também foi identificado fora de Hebei, a província onde seria o epicentro do surto.

Os Estados Unidos confirmaram o primeiro caso no país, um homem que chegou a Seattle no dia 15 de janeiro, procedente da China.

Fonte: UOL

‘Quero que me apontem qual medida Moro tomou’, diz cotado para eventual ministério de Segurança Pública

Cotado para assumir o Ministério da Segurança Pública que o presidente Jair Bolsonaro cogita recriar, o ex-deputado federal Alberto Fraga (DEM-DF) se diz lisonjeado com a ideia, mas nega ter conversado recentemente com o presidente sobre o assunto. Fraga defendeu o desmembramento do ministério de Sergio Moro – hoje Justiça e Segurança Pública – para dar maior priorização à pauta da segurança e desvinculou as ações tomadas pelo ex-juiz da Lava-Jato na redução dos índices de criminalidade em 2019.

Questionado sobre se aceitaria o cargo caso Bolsonaro o convidasse, Fraga disse “não fazer a menor ideia”, e que teria de conversar com o presidente antes. O ex-deputado aproveitou para cutucar Moro quando respondeu sobre por que acha que seu nome foi cogitado para a pasta.

Bolsonaro confirmou nesta quinta-feira que estuda a recriação da pasta, como havia prometido na quarta-feira para secretários estaduais da área. Ele admitiu que Sergio Moro “deve ser” contrário à ideia, já que veria seu “superministério” separado em dois ministérios, o da Justiça, no qual o ex-juiz permaneceria, e o da Segurança Pública.

Fraga minimizou a atuação de Moro à frente da pasta. — Quero que você me aponte qual foi a medida que ele (Moro) adotou (para a redução da criminalidade) — disse Fraga.

Fonte: O Globo