A economia brasileira dá sinais de recuperação em 2020 e 2021. Mas a expansão ficará abaixo do esperado, será “lenta” e inferior ao desempenho médio mundial.
Dados divulgados nesta quinta-feira pela ONU em seu relatório anual sobre a economia mundial revelam ainda que a entidade teme um aumento das tensões sociais na América Latina, diante dos sinais de dificuldade em relançar de forma expressiva as economias da região.
De acordo com a ONU, a perspectiva é de que a economia brasileira tenha um crescimento de 1,7% neste ano. A taxa é 0,8 pontos percentuais inferior ao que a própria entidade estimava para o Brasil, no ano passado. A estimativa é também inferior aos números apresentados pelo Ministério da Economia. Nesta semana, a pasta estimou que a expansão em 2020 será de 2,4%.
Pelos números das Nações Unidas, não existem dúvidas de que a expansão brasileira reflete uma melhoria em comparação às taxas registradas entre 2014 e 2019. No ano passado, o crescimento foi de apenas 1%. Ainda assim, a recuperação no Brasil para 2020 é considerada como “lenta”. Para a economia mundial, a ONU estima que a expansão será de 2,5% neste ano.
Para o ano de 2021, mais uma expansão será registrada no Brasil, com alta de 2,3%. Mas, uma vez mais, ficará abaixo da média mundial de 2,7%.
Os dados estão sendo divulgados às vésperas do Fórum Econômico Mundial, em Davos. Na estação alpina, o ministro da Economia, Paulo Guedes irá levar um discurso de “dever cumprido” em seu primeiro ano de governo. Queda de juros e reformas serão apresentadas como as conquistas de sua gestão.
Entre os emergentes, porém, os dados da ONU mostram que o Brasil também continua abaixo da média de crescimento. A taxa de expansão prevista para 2020 entre as economias em desenvolvimento é de 4%, mais de duas vezes superior ao ritmo brasileiro.
Fonte: UOL