Top 10: Notícias mais acessadas de 16/12/2019 a 20/12/2019

1 – Prefeitura de Parnamirim comemora troféu de ‘Melhores do Ano’ recebido por ator que morou na cidade até os 10 anos

2 – Polícia Federal afirma que Clebel foi preso em cumprimento a mandado expedido pela 20ª Vara Federal

3 – Jornalista Magno Martins tacha Salgueiro de “flagelada” e “miserável” em nota sobre Clebel Cordeiro na Folha de PE

4 – Clebel Cordeiro é liberado em audiência de custódia realizada em Ouricuri

5 – Prefeito de Salgueiro permanece na Delegacia de Polícia Federal, mas pode ser liberado em audiência de custódia nesta quarta-feira

6 – Em primeiro ato público após prisão, Clebel afirma que as pessoas precisam saber desvincular sua vida privada da pública

7 – Assessoria de Clebel Cordeiro nega prisão e afirma que ele foi à Delegacia de Polícia Federal prestar esclarecimentos

8 – Em nova nota, assessoria pessoal de Clebel atribui denúncia contra ele a pessoas da oposição

9 – Clebel Cordeiro nomeia vereador Auremar Carvalho para o cargo de secretário de Serviços Públicos

10 – Centro de Integração Empresa-Escola divulga vaga de estágio na área de Administração em Salgueiro

Wesley Safadão confirma: parceria com Gusttavo Lima sairá em 2020

O cantor Wesley Safadão disse que fará shows com o sertanejo Gusttavo Lima em 2020. A afirmação do forrozeiro põem fim aos boatos de desentendimento entre os artistas e confirma as especulações que circularam pela internet no início de dezembro, quando os empresários do cearense, Luiz Augusto e Renan Nóbrega, se reuniram na sede da Balada Music, em Goiânia, para negociarem possíveis parcerias.

Em entrevista à Folha, o músico pontuou que a ideia é mesmo que Gusttavo passe a ser uma das atrações do Garota VIP, festival criado por Safadão: “Ele vive um momento maravilhoso e essa junção será muito top. Ele gosta de cantar, e eu também gosto, então a galera vai beber e dançar muito. Vai ter 20 horas de show, sendo 10 horas para cada um”, diz o ex de Mileide Mihaile.

Fonte: Metrópoles

Deslocamentos, falta d’água e desmate: os impactos da transposição do São Francisco nas comunidades rurais e indígenas

A transposição das águas do Rio São Francisco é a maior obra de infraestrutura do Brasil, mas depois de 12 anos de trabalho, sendo 7 de atraso, a esperança de abastecimento deixou cicatrizes na caatinga e em comunidades rurais e territórios indígenas. Ao todo, 848 famílias foram reassentadas e realocadas em 18 novas comunidades. Para muitos, a readaptação não foi concluída.

Nesta edição do Desafio Natureza, o G1 aborda os impactos na região de influência do São Francisco, que ao todo tem uma extensão de 2.800 km e abrange diferentes ecossistemas e comunidades. A obra é projeto do governo Lula e foi lançada por Ciro Gomes – então ministro da Integração Nacional. Quando concluída deve abastecer 11,6 milhões de pessoas (4, 5 milhões vão ser atendidas pelo Eixo Leste e 7,1 milhões pelo Eixo Norte).

Em Sertânia (PE), lavradoras como Rosilene Pinheiro de Sousa e Edilma Pinheiro dos Santos contam que a perda da ligação com a terra onde nasceram apagou a esperança de ver de perto os benefícios da transposição. Já os relatos do povo indígena Pipipã em Floresta (PE) são de lamento pelo corte de árvores e ocupação dos territórios para os quais eles não tinham conseguido obter a demarcação.

Nas reclamações dos afetados e na constatação de pesquisadores aparecem reclamações diversas sobre os efeitos sociais e culturais da transposição. Os principais são rompimento com a identidade sertaneja, escassez de água para a agricultura e animais, perda da terra, impacto psicológico e depressão, desmatamento de árvores sagradas para indígenas e até o abandono de filhos por trabalhadores das obras.

“É preciso rever a lógica desenvolvimentista dos megaprojetos que atropelam vidas, desterram sujeitos e violentam tradições”, afirma Clarissa Marques , professora da Universidade de Pernambuco e integrante do Programa TransVERgente, que há 1 ano e meio acompanha moradores de Sertânia, uma das áreas afetadas, a 315 km de Recife.

“A identidade desta população é o trabalho, o mexer com a terra, lidar com animais. A paisagem em si também é algo que forma a identidade deles”, afirma André Monteiro, pesquisador da área de Saúde Coletiva da Fiocruz, integrante do Programa TransVergente, e diretor do documentário “Invisíveis”, lançado em 2017 com depoimentos de moradores que relataram como a obra afetou a vida deles.

Sertânia e o impacto na vida rural

Atualmente, a água do São Francisco até passa perto de onde a família de Rosilene Pinheiro de Sousa vive em Sertânia, mas está atrás do canal de concreto e não há acesso, como teria em um rio natural, com margens.

“Passaram aqui dizendo que a obra iria chegar, que seria muito bom. Foi uma coisa de muita alegria, mas que passou a ser de tristeza. Teve desmatamento, a área devastada é muito grande. Tivemos que nos mudar. Tínhamos um açude, era a praia do sertão da gente, mas a água secou” – Rosilene Pinheiro de Sousa, moradora de Sertânia.

A vizinha Edilma Pinheiro dos Santos sofre com o mesmo dilema, agravado pelo relato da fuga de animais e do impacto das mudanças na história do pai.

“Tinha um terreno comprido, onde o canal passou ao meio. A água do canal passa dentro da nossa terra, mas não temos acesso. Usamos a água do poço, e para beber, a gente compra” – Edilma Pinheiro dos Santos , moradora de Sertânia

Segundo Edilma, os trabalhadores da obra da transposição abriram a cerca, e não fecharam, o que levou à fuga dos animais. Ela diz que espera uma indenização há mais de 8 anos.

“A criação que a gente tinha, desapareceu toda. De 210 animais, 15 foram recuperados”, afirma.

O pai de Edilma morreu há quase um ano. Para ela, a morte foi acelerada pela obra da transposição. “A gente acaba de uma certa forma acreditando que teve a ver com a obra. Ele nasceu e cresceu aqui, no terreno dele, o terreninho dele era tudo. Quando foi dada esta determinação de passar ali de todo jeito, para ele foi como se tivesse expulsado ele da terra”, afirma.

“Ele teve um aperreio muito grande quando viu que não recuperava mais a criação, ficou triste quando viu que não teria o acerto [indenização], e foi ficando no canto dele. Só quem viu antes e vê agora para entender como ficou, como foi danificado o terreno da gente, no qual ele criou seis filhos, tudo com renda própria”, conta.

O pesquisador André Monteiro também afirma que a chegada dos trabalhadores à obra de transposição trouxe questões como o estímulo à prostituição infantil. Por outro lado, alguns relacionamentos consentidos também ocorreram nesta época. Há mulheres que relatam terem ficado grávidas destas relações e, depois, foram abandonadas pelos pais das crianças quando a obra foi concluída no trecho em que moravam.

“Cada trecho de transposição chega a reunir de 11 a 12 mil trabalhadores. O grande impacto social é a questão da exploração sexual infantil, com meninas de até 14 anos. Houve também o abandono de paternidade, afetivo e emocional, que ocorreu tanto em casos de adolescentes quanto em mulheres adultas” – André Monteiro, pesquisador

Indígenas e espaço sagrados

O povo indígena Pipipã ocupa um território no município de Floresta, em Pernambuco, cidade onde começa o canal de transposição do eixo leste do Rio São Francisco. A terra está identificada, mas o processo de demarcação ainda não foi concluído.

Para os Pipipã, a maior perda se deu no desmatamento de árvores consideradas sagradas. Em depoimento a André Monteiro Costa, o caboclo Pipipã da aldeia Caraíbas, no município de Floresta (PE), conta que foram derrubadas árvores como imburana, baraúna, pau-ferro, caatinga branca, mororó. Mesmo que as árvores cresçam em outros locais, a perda de cada uma delas é sentida.

De acordo com o Instituto Socioambiental (ISA), a cosmologia do povo Pipipã está ligada aos “espaços sagrados” ocupados por essas árvores.

“Para o povo indígena e as comunidades quilombolas – são 5 no eixo norte –, essa dimensão do simbólico é talvez a mais forte, porque tem a cosmologia das crenças, dos encantados [espíritos sagrados], que estão em outra dimensão, e o canal veio, cortou e desmatou”, explica Monteiro.

Segundo o pesquisador, as máquinas da transposição entraram nos territórios indígenas sem que todos fossem avisados. “Eles ouviam só o barulho das máquinas e das árvores caindo, muitos relatam cenário de apocalipse, como se fosse uma invasão de outro mundo”, afirma.

Fonte: G1 Natureza

Suspeito de agredir youtuber ameaça processo: ‘Elas vão ter que pagar’

O supervisor de manutenção Alexandre da Silva, 42 anos, quer processar a youtuber Karol Eller, depois de ser acusado de agredi-la em um ataque homofóbico. Os dois brigaram em um quiosque na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro.

“Eu fiquei como monstro e ela, como mocinha. Estão me atacando, atacando minha filha. Fiquei chateado porque não sei o que levou elas a fazerem isso”, disse ele a O Globo.

Alexandre conta que perdeu o emprego e tem recebido várias ameaças de agressão e até de morte.

“Não existe isso de eu ter sido homofóbico. Eu tenho parente gay, tenho parente lésbica, amigos gay e lésbica, eu convivo com essas pessoas, jamais iria ofender, não tem lógica”, garante.

Os dois foram ouvidos na 16ª Delegacia de Polícia. Karol tinha o rosto bastante ferido e teve dificuldade para falar por conta disso. Alexandre mostrou alguns arranhões e afirmou que houve agressões mútuas, mas que agiu para se defender.

Primeiro, a delegada Adriana Belém disse se tratar de “um caso típico de homofobia”. Depois, após analisar as imagens das câmeras de segurança e ouvir testemunhas, ela mudou de opinião.

Segundo a delegada, Karol pode responder por denúncia caluniosa e porte ilegal de arma. Alexandre deve responder por lesão corporal contra Karol.

Fonte: Correio 24 Horas

STF afasta deputado Wilson Santiago, e PF faz buscas em seu gabinete e residência

O ministro do Supremo Tribunal Federal Celso de Mello determinou o afastamento do cargo do deputado Wilson Santiago (PTB-PB). Ele é um dos alvos da operação Pés de Barro da Polícia Federal, que investiga suspeitas de superfaturamento em obras no interior da Paraíba. Os investigadores cumpriram também mandados de busca e apreensão em endereços do parlamentar neste sábado, inclusive no seu gabinete na Câmara e em sua residência.

Na mesma operação, o prefeito de Uiraúna, João Bosco Nonato Fernandes (PSDB), foi preso. Ao todo, são 13 mandados de busca e apreensão e, além de Santiago, outras seis autoridades serão afastadas de suas funções públicas.

De acordo com a PF, são investigados os crimes de peculato, lavagem de dinheiro, fraude licitatória e formação de organização criminosa, cujas penas, somadas, ultrapassam 20 anos de reclusão.

O foco das apurações são as obras da “Adutora Capivara”, sistema adutor que deve se estender do município de São José do Rio do Peixe/PB ao município de Uiraúna/PB, no Sertão da Paraíba. As obras foram contratadas por R$ 24, 8 milhões e teria havido até agora distribuição de propinas no valor de R$ 1,2 milhão. A base da investigação é uma delação premiada homologada pelo ministro Celso de Mello, que ainda está sob sigilo.

Segundo a PF, o nome da operação “é uma alusão a um termo bíblico que serve para identificar, na vida pública, os falsos valores políticos, ou seja, os líderes carentes de méritos intrínsecos”. Na Bíblia, Nabucodonosor, antigo rei da Babilônia, teve um sonho interpretado pelo profeta Daniel no qual uma estátua feita de metais preciosos desmorona porque seus pés são de barro.

Fonte: O Globo