Brasil conversa com a China sobre acordo de livre comércio, diz Guedes

O ministro da Economia, Paulo Guedes, disse nesta quarta-feira (13), que os governos do Brasil e da China estão considerando um acordo de livre comércio entre os dois países. A afirmação foi feita durante a Cúpula do Brics, que ocorre em Brasília nesta semana.

O acordo com a China, segundo o ministro, seria o próximo grande passo da política externa do governo Bolsonaro na área econômica. “O Brasil, por 40 anos, ficou isolado. Após oito anos parados com o Mercosul, nós demos um passo importante e concretizamos o nosso acordo. E isso foi apenas um primeiro passo, porque logo depois fizemos um acordo com a União Europeia. E agora estamos conversando com a China sobre a possibilidade de considerarmos um ‘free trade area’ [área de livre comércio] também com a China, ao mesmo tempo em que falamos em entrar na OCDE [Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico].”

Guedes criticou, ainda, a demora de gestões anteriores em abrir a economia brasileira para o mercado internacional, e disse que o objetivo do atual governo é buscar cada vez maior abertura. “Queremos nos integrar às cadeias globais. Perdemos tempo demais. Temos pressa”, afirmou.

Fonte: Gazeta do Povo

Governo de Nicolás Maduro denuncia ‘ataque’ à Embaixada da Venezuela em Brasília

O regime de Nicolás Maduro na Venezuela publicou nota nesta quarta-feira em que chama de “ataque cometido por grupos violentos” o ato ocorrido na Embaixada venezuelana em Brasília. Pela manhã, um grupo de apoiadores do autoproclamado presidente interino, Juan Guaidó, entrou na representação do país vizinho – o que gerou conflito de versões entre os dois lados.

No comunicado, o governo chavista critica o que classificou como “atitude passiva das autoridades policiais brasileiras, em desatenção de suas obrigações de proteção das sedes diplomáticas e seu pessoal”.

O comunicado também diz que o regime venezuelano exige ao governo brasileiro “o cumprimento de suas obrigações como Estado parte da Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas, que estabelece a obrigação de proteger sedes diplomáticas em qualquer circunstância”.

“[A medida] ordena que tome imediatamente as medidas necessárias para a retirada dos agressores das imediações da Embaixada, a emissão de punições e o fim da situação inaceitável de perseguição à qual a equipe diplomática venezuelana em Brasília está exposta.”

A posição do regime de Maduro contrasta com a declaração do Gabinete de Segurança Institucional (GSI). O órgão brasileiro negou que o presidente Jair Bolsonaro tenha incentivado invasão à Embaixada venezuelana e disse que “as forças de segurança, da União e do Distrito Federal, estão tomando providências para que a situação se resolva pacificamente e retorne à normalidade”.

Mais cedo, o chanceler do regime Maduro, Jorge Arreaza, chamou o Ministério das Relações Exteriores brasileiro de “vergonha” por “avalizar o ataque violento a uma embaixada de um país soberano, a poucas quadras da sede onde ocorre a reunião dos Brics”.

Fonte: G1