Helicóptero que levava Evo Morales tem falha mecânica na decolagem; não há feridos

Um helicóptero que levava o presidente da Bolívia Evo Morales teve uma falha mecânica nesta segunda-feira (4) durante a decolagem em Colquíri, localidade que fica entre La Paz e Cochabamba, reportam os jornais “El Deber” e “La Razón”. Foi necessário fazer um pouso de emergência. Não houve feridos no incidente. Evo estava a bordo e deixou o incidente ileso, de acordo com os veículos locais.

Mais tarde, postou uma mensagem a respeito do ocorrido no Twitter: “Tivemos um incidente com o helicóptero que será devidamente investigado. Graças a Deus, Pachamama (mãe terra) e nossas achachilas (espíritos protetores), estamos bem e ninguém se machucou. Agradecemos os numerosos sinais de solidariedade”, escreveu.

A aeronave voaria à cidade de Oruro. A Força Aérea Boliviana (FAB) emitiu um comunicado informando que houve um problema no rotor de cauda durante a decolagem.

“A FAB, de acordo com os regulamentos, procederá para ativar o Conselho de Investigação de Acidentes; mais detalhes sobre o evento serão fornecidos de acordo com o andamento da investigação ”, diz a Força Aérea.

Fonte: G1

Bolsonaro autorizou repasses a Bivar para entrar no PSL, diz ex-ministro

Gustavo Bebianno, ex-ministro de Jair Bolsonaro, afirmou em depoimento à Polícia Federal que o presidente, à época candidato à Presdiência, autorizou em 2018 um acordo para repassar 30% do fundo eleitoral do PSL (aproximadamente R$ 2,7 milhões) para o diretório do partido em Pernambuco.

O braço pernambucano do PSL é comandado pelo deputado Luciano Bivar, fundador e presidente nacional da legenda. Atualmente, Bivar está em conflito aberto com Bolsonaro, que cobra transparência do partido e punição aos que atuaram fora das regras eleitorais.

Bivar é investigado pelo esquema de candidaturas laranjas, o chamado ‘laranjal’ do PSL, esquema que Bolsonaro reitera não conhecer, sempre ressaltando que passou boa parte da campanha no hospital, se recuperando da facada que recebeu durante a campanha eleitoral, em setembro, na cidade de Juiz de Fora (MG).

Ex-braço direito de Bolsonaro, Bebbiano explicou o acordo realizado entre Bivar e o presidente da República antes das eleições.

“Perguntado sobre quem seria o responsável pela definição das contas relativas aos fundos partidário e especial [eleitoral] para cada estado e seu correlato repasse para os candidatos durante o processo eleitoral, [Bebianno] respondeu que na forma do acordo político celebrado entre Jair Bolsonaro, Luciano Bivar, Fernando Francischini [então deputado federal pelo Paraná e aliado de Bolsonaro], Antônio Rueda [braço-direito de Bivar], Eduardo Bolsonaro [filho do presidente] e o declarante, parte relevante do fundo eleitoral, em torno de 30%, seria destinado para o estado de Pernambuco, estado original da fundação do PSL, e que os 70% restantes seriam distribuídos de acordo com o peso eleitoral de cada estado”, diz a transcrição de parte de seu depoimento publicado pelo jornal Folha de S. Paulo.

Ainda de acordo com o depoimento de Bebbiano à PF, Bolsonaro ganhou o poder de definir a liderança de todos os diretórios regionais do PSL, além de cargos na Executiva Nacional.

Em entrevista à Folha de S. Paulo, Bebbiano fez uma analogia para ilustrar o mecanismo que ocorreu dentro do PSL no período eleitoral.

“Você tem um amigo com uma casa de praia em Angra, maravilhosa, com lancha, piscina e tudo. Aí seu amigo te empresta a casa e diz: ‘Olha, tá aqui, não precisa pagar a conta de luz, água, inclusive tem três funcionários, caseiros, uma lacha já abastecida, ou seja, tudo montado. Pode usar todos os quartos, todos os cômodos, deita e rola. Só vou pedir uma gentileza. O último quarto, que fica lá no corredor esquerda é o meu quarto. Eu vou pedir para não usar o meu quarto’. O acordo político com o Bivar foi esse”, afirmou o ex-ministro que deixou o PSL após atrito com Carlos Bolsonaro, filho do presidente, e agora é cotado para integrar os quadros do PSDB.

Fonte: Yahoo