Novo PGR defende buscar ‘verdade real’ sobre facada em Bolsonaro

O procurador-geral da República, Augusto Aras, defendeu na terça-feira, dia 1º, o aprofundamento das investigações sobre o ataque sofrido pelo presidente Jair Bolsonaro, no ano passado, por acreditar que Adélio Bispo de Oliveira não agiu como um “lobo solitário” ao dar uma facada no então candidato do PSL. “Ainda é tempo de buscar a verdade real do atentado”, disse ele ao jornal O Estado de S. Paulo, reproduzindo o discurso do próprio presidente, que o indicou ao cargo.

Aras tomou posse nesta quarta-feira, 2, para um mandato de dois anos. A Polícia Federal concluiu, em 2018, que Adélio agiu sozinho, mas um novo inquérito foi aberto para apurar a participação de terceiros. A Justiça o considerou inimputável, incapaz de responder por seus atos.

Fonte: Estadão

Tasso estuda ajustes na PEC paralela para amenizar perda com abono

Concluída a votação em primeiro turno da reforma da Previdência no Senado, o relator Tasso Jereissati (PSDB-CE) vai começar a se debruçar sobre o texto da PEC paralela. Ele disse que, com os ajustes que pretende fazer em seu relatório, vai tentar recuperar na PEC paralela o impacto fiscal de R$ 76,4 bilhões do destaque que rejeita o endurecimento das regras do abono salarial – a única alteração aprovada pelo plenário do Senado ao texto-base da reforma da Previdência, por meio de um destaque do Cidadania.

“Agora é que vamos dar a feição final à PEC paralela, em função das emendas que foram apresentadas, das sugestões e críticas”, afirmou o senador Tasso Jereissati nesta quarta-feira (2), que quer colocar a PEC paralela em tramitação logo após a conclusão da votação da reforma da Previdência no Senado. “Vem logo em seguida. Já vamos começar a trabalhar nela”, disse.

Para evitar que o texto-base da reforma voltasse à Câmara, o Senado rejeitou quase todos os destaques e emendas apresentados pelos senadores de oposição. Algumas dessas sugestões de mudança, porém, ainda podem entrar na PEC paralela – proposta de emenda à Constituição que vai fazer ajustes como a inclusão de estados e municípios na reforma.

Só os estados e municípios podem ampliar em R$ 350 bilhões a economia da reforma nos próximos dez anos. Mas, lembrou Tasso, a PEC paralela ainda quer criar novas fontes de receita para o governo através da cobrança de contribuições previdenciárias de organizações sociais e do agronegócio exportador.

O relator da reforma da Previdência ainda avaliou como positivo o resultado da votação em primeiro turno da matéria. Afinal, dos dez destaques apresentados ao texto, apenas o que trata do abono salarial foi aprovado.

“Foi ótimo diante de todas as dificuldades que nós temos, a dificuldade do próprio tema, que em qualquer parte do mundo é delicado. Reforma não é um tema simpático, popular, então acho que alcançamos um resultado muito bom”, avaliou Tasso, que agradeceu a “consciência dos senadores” de, depois de aprovar o destaque do abono salarial, não promover mais nenhuma mudança no texto. “Tirar mais alguma coisa seria muito ruim para a reforma”, afirmou.

Como o esforço do governo de mobilizar a base para garantir a rejeição desses destaques surtiu efeito nesta quarta-feira, Tasso ainda acredita que a votação do segundo turno ocorrerá de forma mais tranquila. Líderes partidários alinhados com o governo também disseram que a expectativa é aprovar a reforma com celeridade no segundo turno. Alguns senadores, contudo, ameaçam atrasar e obstruir esta votação caso, até lá, o governo não apresente contrapartidas para os estados através de pautas federativas como a da divisão dos recursos do pré-sal.

Fonte: Congresso em Foco

STF adia para esta quinta decisão sobre alcance de tese aprovada no plenário que afeta Lava Jato

O Supremo Tribunal Federal (STF) adiou para esta quinta-feira (3) a decisão sobre o alcance da tese que pode levar à anulação de sentenças da Operação Lava Jato e de outros processos criminais no país.

Por 7 a 4, a Corte definiu nesta quarta-feira (2) que réus delatados devem apresentar as alegações finais (última etapa de manifestações no processo) depois dos réus delatores, garantindo direito à ampla defesa nas ações penais.

Com isso, processos em que réus delatores e delatados apresentaram as alegações finais ao mesmo tempo – como os da Operação Lava Jato – podem vir a ser anulados.

Após a decisão sobre a ordem das alegações finais, os ministros também decidiram, por 8 votos a 3, que o Supremo vai definir em quais hipóteses essa tese deverá ser aplicada.

A maioria (6 votos a 5) anulou ainda a sentença do ex-gerente da Petrobras Márcio de Almeida Ferreira, condenado na Operação Lava Jato e cujo caso motivou o julgamento.

Fonte: G1