Bolsonaro questiona assassinato de índio e tem postura condenada pela ONU

Jair Bolsonaro afirmou, na manhã dessa segunda-feira 29, que ‘não tem nenhum indício forte’ relacionado ao assassinato de um indígena no Amapá. O presidente também alegou que “usam o índio como massa de manobra” e que ONGs estariam interessadas nas riquezas da Amazônia.

A declaração foi dada para jornalistas no Palácio da Alvorada. Bolsonaro questionou o por quê das terras demarcadas no Brasil estarem apenas em áreas ‘riquíssimas’, e ainda afirmou que a Amazônia pode se transformar em outros países. “Por que não legalizaram indígena em cima de terra pobre? Não existe. Há um interesse enorme de outros países de ganhar, de ter para si a soberania da Amazônia.” Também disse que a Polícia Federal e o Ministério Público já foram acionados para investigar o caso.

No sábado 27, a Funai (Fundação Nacional do Índio) confirmou a morte de uma pessoa após denúncia de invasão de garimpeiros na Terra Indígena Waiãpi, em Pedra Branca do Amapari. “Por ora não há registros de conflito, apesar de ter sido confirmado um óbito, mas não há detalhes das circunstâncias. O local é de difícil acesso”, informou a Fundação.

Fonte: CartaCapital

Moro faz reunião de emergência e oferece 10 vagas para transferência de líderes de rebelião no Pará

O ministro da Justiça, Sergio Moro , fez uma reunião de emergência no início da tarde desta segunda-feira sobre  a situação  noCentro de Recuperação Regional de Altamira , no sudoeste do Pará, onde 52 detentos morreram em uma rebelião . Moro disponibilizou 10 vagas no sistema penitenciário federal para transferência e isolamento das lideranças criminosas envolvidas na rebelião.

O ministro já conversou com o governador do Pará, Helder Barbalho , sobre o caso. Segundo a assessoria, Moro lamentou as mortes e determinou a intensificação das ações de inteligência e que a Força Nacional fique de prontidão.

Das 52 vítimas da rebelião, 16 foram decapitadas. O motim, que durou cerca de cinco horas, teve início após uma briga entre duas organizações criminosas.

Dois agentes penitenciários, mantidos reféns por uma hora, foram liberados pós uma negociação que envolveu o juizado de Altamira, o Ministério Público e a Polícia Civil.

Segundo a Superintendência do Sistema Penitenciário do Pará (Susipe), presos do bloco A, de uma mesma facção criminosa, invadiram o anexo do presídio, onde vivem custodiados membros de um grupo rival. Uma briga entre essas organizações de criminosos teria motivado a rebelião.

Participaram da reunião com o ministro o secretário Nacional de Segurança Pública Adjunto, Freibergue Rubem do Nascimento; secretário-Adjunto da Secretaria de Operações Integradas, José Washington Luiz Santos; o diretor-geral da Polícia Federal, Maurício Valeixo; o diretor-geral da Polícia Rodoviária Federal, Adriano Furtado; e diretor-geral do Departamento Penitenciário Nacional, Fabiano Bordignon.

Fonte: O Globo

Polícia conclui inquérito e não indicia Neymar por estupro

A delegada Juliana Lopes Bussacos, titular da 6ª Delegacia de Defesa da Mulher, concluiu nesta segunda-feira (29) o inquérito em que investigava a denúncia de estupro e agressão de Najila Trindade contra Neymar. A polícia de São Paulo decidiu não indiciar o jogador.

A investigação havia sido estendida por mais 30 dias, após pedido da própria delegada no dia 1º de julho. Juliana Lopes Bussacos solicitou às imagens das câmeras de segurança do hotel em Paris onde Najila Trindade e Neymar se encontraram, além do prontuário da consulta com o ginecologista da modelo. Os pedidos da delegada não foram atendidos, e ela decidiu encerrar a investigação mesmo assim.

“Algumas diligências que a delegada de polícia solicitou só poderão ser cumpridas com ordem judicial. Por isso ela fez o pedido neste momento. Ela não conseguiu requerer diretamente. Então dependemos das respostas dos órgãos solicitados. Não dá para saber se isso acontece em 30 dias”, disse à Jovem Pan a promotora de enfrentamento à violência doméstica Estefânia Paulin.

Já o Ministério Público solicitou cópia do inquérito da acusação de extorsão por parte do ex-advogado de Najila, o inquérito do suposto furto no apartamento da modelo e das imagens íntimas da mulher expostas por Neymar na internet. Todos os pedidos foram atendidos.

As promotoras do Grupo de Atuação Especial de Enfrentamento à Violência Doméstica (Gevid) ainda devem se manifestar; podem oferecer denúncia, arquivamento ou novas diligências. O MP tem até 15 dias para também se manifestar.

A delegada concederá entrevista nesta terça-feira (30) para explicar o caso. Também estarão na coletiva o diretor do Departamento de Polícia Judiciária da Capital (Decap), Albano David Fernandes, e o delegado titular da 6ª Seccional, Cosmo Stikovics Filho.

Fonte: Jovem Pan

Documento desmente versão de Bolsonaro sobre pai de Santa Cruz

Um documento secreto da Aeronáutica contradiz a versão do presidente da República, Jair Bolsonaro (PSL), sobre o desaparecimento de Fernando Santa Cruz, pai do presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Felipe Santa Cruz. Fernando foi preso em fevereiro de 1974 durante a ditadura militar, e nunca houve uma confirmação do paradeiro dele.

As informações são do jornal O Globo.

A reportagem teve acesso a um relatório secreto RPB 655, do Comando Costeiro da Aeronáutica, que mostra a prisão do estudante de direito pelo regime em 22 de fevereiro de 1974, no Rio de Janeiro. Anexado ao relatório da Comissão Nacional da Verdade (CNV), o documento comprova que Fernando Santa Cruz estava sob proteção do Estado quando desapareceu.

Criada em 2011, a CNV ouviu o ex-delegado Cláudio Guerra, que, na ocasião, disse que Fernando Santa Cruz teria sido morto na prisão e o corpo, incinerado na Usina Cambahyba, em Campos, norte do Rio de Janeiro. Apesar disso, a família do militante nunca recebeu informações oficiais sobre a morte dele.

Fonte: Metrópoles