MEC lança ‘Future-se’, programa para aumentar verba privada no orçamento das federais

O Ministério da Educação lançou oficialmente, nesta quarta-feira (17), um programa para reestruturar o financiamento do ensino superior público. A proposta, chamada “Future-se”, amplia a participação de verbas privadas no orçamento universitário.

As instituições poderão fazer parcerias público-privadas (PPP’s), ceder prédios, criar fundos com doações e até vender nomes de campi e edifícios, como em estádios. Antes da adesão, haverá consulta pública.

O ministro da Educação, Abraham Weintraub, afirmou que alunos não terão de pagar mensalidade nas universidades públicas, independentemente da faixa de renda. “Sem mensalidade, sem nada”, disse o ministro.

O lançamento ocorre em meio ao contingenciamento de verbas das universidades, anunciado no fim de abril pelo governo. De acordo com a associação que representa os reitores das universidades federais, a Andifes, a medida atinge de 15% a 54% dos recursos que podem ser cortados das universidades federais.

Antes da adesão das universidades, o MEC fará uma consulta pública sobre o Future-se nos próximos 30 dias, pela internet. A área jurídica do ministério ainda estuda quais pontos terão de ser aprovados pelo Congresso Nacional para entrarem em vigor.

“Às vezes, a crise, ela incomoda. Às vezes não, sempre. Ela incomoda, ela faz com que a gente repense as estruturas, a forma de trabalhar, agir, pensar. Mas se ela for bem conduzida, ela permite oportunidades, crescimento, desenvolvimento, revoluções”, declarou Weintraub.

Fonte: G1

Não deu like: Instagram elimina curtidas para proteger autoestima de usuário

Se você entrou no seu Instagram e notou algo de diferente, não se assuste. Seu aplicativo não está quebrado e não se trata de um bug escabroso. É que, nesta quarta-feira, a plataforma anunciou que o Brasil se tornou o segundo país no mundo a participar de um teste que esconde as curtidas das fotos no feed. Ou seja, agora só os próprios usuários poderão saber se suas fotos floparam ou bombaram.

Ainda que tenha deixado uma série de influencers e empresas de marketing angustiados, a mudança não foi feita pensando neles, mas sim nos usuários. Ao menos segundo o Instagram. De acordo com a rede social, a decisão é parte de uma série de ações que buscam transformar a plataforma em um espaço menos tóxico para a saúde mental de quem a usa.

A discussão não é nova. Boa parte das críticas mais duras ao Instagram — e várias outras redes sociais — fala sobre a criação de uma espécie de realidade de faz de conta, onde todos projetam imagens irreais de sua rotina para se destacarem no meio do algoritmo.

“É um excesso de pressão social, numa estética do que alguns teóricos chamam de felicidade tóxica ou imperativo da felicidade. No seu extremo, ela passa a ser prejudicial à saúde emocional das pessoas, gerando mal-estar, baixa autoestima e desconforto”, explica Rodrigo Nejm, psicólogo e diretor da SaferNet.

O resultado: insegurança generalizada e baixa-autoestima, que flutuam constantemente de acordo com o número de curtidas em cada postagem. E não precisa ser assim. “A plataforma pode fazer bem às pessoas, desde que a gente consiga usá-la com critérios que não sejam unicamente de competição, comparação e imperativo de felicidade. Não existe vida perfeita sem momentos de tristeza, derrota e fragilidade. Se começamos a fingir que isso não existe, não é saudável” destaca Nejm.

Como destaca Priscilla Silva, pesquisadora em direito e tecnologia do ITS Rio, a situação se torna ainda mais grave se considerarmos que a maioria esmagadora dos usuários do Instagram é jovem. “É um público com a personalidade em formação e mais sujeito a quadros de depressão e vícios de tecnologia”.

Os próprios jovens parecem saber disso. Uma pesquisa de 2017, a Royal Society for Public Health, do Reino Unido, entrevistou cerca de 1,500 jovens sobre qual seria a rede social mais prejudicial a sua saúde mental. O vencedor (ou perdedor) foi o Instagram. “Estudos indicam que, para pessoas que estão em um quadro vulnerável, o uso de algumas plataformas pode agravar o quadro desse sofrimento emocional” explica Nejm.

A conclusão, que não é nova, preocupa a plataforma, que hoje acumula um bilhão de usuários mensais. Por isso mesmo o comunicado do Instagram sobre o início dos testes ressaltou que a prioridade da empresa é fazer com que não “sintam que estão em uma competição”.

Nas palavras da própria empresa, o (possível) fim das curtidas existe para combater a cultura da corrida pelos likes: “Nossa expectativa é entender se uma mudança desse tipo poderia ajudar as pessoas a focar menos nas curtidas e mais em contar suas histórias”.

Fonte: Época

Promotoria do Rio pede ao STF para se manifestar sobre decisão de Toffoli

O Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ), responsável pelas investigações que envolvem o senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), entrou com recurso no Supremo Tribunal Federal para que o mesmo possa se manifestar sobre a decisão do ministro Dias Toffoli, presidente da Corte. Ao suspender provisoriamente as investigações que tenham usado dados do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) e de outros órgãos fiscalizadores sem autorização judicial prévia, Toffoli pode ter provocado a paralisação de casos como o de Flávio.

O recurso impetrado pelo MP-RJ tem como argumento justamente o fato de que “a controvérsia discutida nos autos e o próprio teor do ato decisório” podem impactar processos que estão nas mãos dos promotores fluminenses. Com isso, o órgão entra como “terceiro interessado” na discussão. De acordo com o MP, a jurisprudência do Supremo considera positiva a participação de terceiros interessados por “oferecer subsídios para enriquecer e solucionar o debate.”

Apesar de a decisão de Toffoli ter sido expedida num caso de repercussão geral, ou seja, que afeta todas as investigações que se enquadrem no texto, os holofotes ficaram sobre o processo de Flávio Bolsonaro.

Os promotores fluminenses apontam para indícios de peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa no antigo gabinete do parlamentar na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj), quando ele era deputado estadual. As suspeitas começaram a partir de um relatório de movimentação financeira enviado pelo Coaf.

Fonte: Agência Estado

Bolsonaro diz que governo deve anunciar nesta semana detalhes sobre liberação de saques do FGTS

O presidente Jair Bolsonaro afirmou nesta quarta-feira (17), na Argentina, que o governo dele deve anunciar ainda nesta semana detalhes sobre a proposta de liberação de saques de contas ativas do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e do PIS-Pasep.

Bolsonaro deu a declaração em uma entrevista coletiva concedida na cidade argentina de Santa Fé, onde participou nesta quarta da 54ª cúpula de chefes de Estado do Mercosul.

Na véspera, o ministro da Economia, Paulo Guedes, informou em entrevista à GloboNews, na Argentina, a liberação dos saques do FGTS e do PIS-Pasep para tentar reaquecer a economia com a injeção de R$ 63 bilhões no mercado.

Na ocasião, Guedes disse que o objetivo do governo federal é liberar R$ 42 bilhões com os saques do FGTS e outros R$ 21 bilhões com os do PIS-Pasep.

O PIS é um abono pago aos trabalhadores da iniciativa privada administrado pela Caixa Econômica Federal. O Pasep é pago a servidores públicos por meio do Banco do Brasil.

Questionado por repórteres nesta quarta-feira sobre a expectativa de anúncio dos saques do FGTS e do PIS-Pasep, o presidente da República afirmou que a iniciativa tem como objetivo dar uma “pequena injeção na economia”.

“[O anúncio] está previsto para essa semana isso. É uma injeção, uma pequena injeção na economia. E é bem-vindo isso aí porque começa a economia, segundo especialistas, a dar sinal de recuperação pelos sinais positivos, em especial, também, que estão vindo do parlamento”, declarou Bolsonaro antes de embarcar de volta para o Brasil, referindo-se à aprovação em primeiro turno na Câmara da proposta de reforma da Previdência.

Fonte: G1