Governo estuda liberar saques em contas ativas do FGTS, diz Guedes

O governo estuda liberar saques de contas ativas do Fundo de Garantia de Tempo de Serviço (FGTS), em uma medida similar à implementada pelo governo Michel Temer no caso de contas inativas. A informação foi confirmada, nesta quinta-feira (30), pelo ministro da Economia, Paulo Guedes.

O objetivo é o mesmo: injetar recursos capazes de alavancar a volta do crescimento. A medida, entretanto, ainda segue em estudo, e só deve ser implementada após a eventual aprovação da reforma da Previdência. “Nós temos que começar pelas coisas mais importantes”, disse Guedes.

“As coisas devem se acelerar nas próximas três ou quatro semanas”, disse o ministro, em referência à tramitação da reforma da Previdência no Congresso.

Ao citar medidas de estímulo ao crescimento que devem ser anunciadas após a aprovação da nova Previdência, Guedes mencionou a nova rodada de liberação dos saques nas contas do FGTS. “Inativas e ativas. Ativas também”, afirmou ele, sem dar mais detalhes sobre a medida.

O governo cogita a liberação dos saques em contas ativas ante o esgotamento dos recursos disponíveis nas contas inativas, que já tiveram o saque liberado pelo governo Temer. Guedes ressalvou, porém, que a medida segue em estudo, e que ainda “não foi batido o martelo”.

Hoje, o saque nas contas ativas do FGTS só é permitido em situações específicas, como no caso do trabalhador ser demitido sem justa causa ou se for para utilizar os recursos na aquisição de casa própria.

O ministro comentou, nesta quinta, o desempenho do Produto Interno Bruto (PIB) no primeiro trimestre, que teve uma retração de 0,2%, de acordo com os dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Para ele, o resultado já era esperado.

Fonte: Agência Brasil

Deputado quer trocar Paulo Freire por Anchieta como patrono da Educação, mas padres são contra

Em meio às críticas do governo federal ao educador Paulo Freire, patrono da educação brasileira desde 2012, o deputado Carlos Jordy (PSL-RJ) apresentou um projeto de lei para transferir a honraria a São José de Anchieta, padre jesuíta canonizado pelo papa Francisco em 2014.

O texto nem sequer foi votado e já causa polêmica. A proposta foi rechaçada pelo Santuário Nacional de São José de Anchieta.

Em publicação na sua página de Facebook em 25 de maio, a instituição disse ter “recebido com preocupação” o projeto de lei e que “não pode aceitar que o legado de São José de Anchieta seja instrumentalizado para fins meramente ideológicos”.

O texto afirma que, assim como Paulo Freire, Anchieta “também foi pedagogo do oprimido” quando optou por educar, defender e proteger os indígenas nativos “da ambição dos poderosos”.

A nota oficial, assinada pelos padres Nilson Marostica e Bruno Franguelli, reitor e vice-reitor do santuário, respectivamente, atraiu centenas de comentários de fiéis, com críticas e demonstrações de apoio ao posicionamento. “Infeliz nota do santuário”, comentou um dos seguidores da página. “Manifesto em favor do bom senso”, manifestou-se outro.

Segundo Franguelli, a igreja decidiu se posicionar após receber vários abaixo-assinados da comunidade para que o projeto de Jordy fosse à frente.

— Nós lemos o projeto para tentar entender a proposta e percebemos que é totalmente ideológica. Já houve uma tentativa de instrumentalizar Anchieta durante a ditadura. Essa apropriação por parte de um grupo ideológico é muito perigosa. Anchieta é grande demais para servir apenas como um tapa-buraco — declarou o padre Franguelli — Tanto os que defendem Anchieta quanto os que atacam Paulo Freire desconhecem um e outro. Paulo Freire era contra as ideologias, ele queria que as pessoas fossem autônomas para decidir seu próprio caminho.

O vice-reitor do santuário afirmou que, se houvesse um desejo de tornar São José de Anchieta patrono da educação brasileira sem passar pelo viés ideológico, ele “certamente estaria apoiando”. Segundo ele, a nota oficial atraiu apoio de diversos setores da Igreja Católica, de bispos, padres e leigos.

— Além do mais, declarar Anchieta como patrono da Educação num momento em que a Educação não é prioridade, é, no mínimo, contraditório — afirma.

Fonte: O Globo

PIB do Brasil cai 0,2% no 1º trimestre e tem primeira retração desde 2016

O Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro caiu 0,2% no 1º trimestre, na comparação com o último trimestre do ano passado. Os dados foram divulgados nesta quinta-feira (30) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Em valores correntes, o PIB totalizou R$ 1,714 trilhão.

Trata-se da primeira queda desde o 4º trimestre de 2016 (-0,6%).

Apesar de decepcionante, o resultado veio dentro do esperado pelo mercado, confirmando a leitura de maior fraqueza da atividade econômica neste começo de ano e piora das expectativas.

Além de representar uma interrupção da trajetória de recuperação, que já vinha em ritmo lento, o PIB negativo no 1º trimestre traz novamente o risco de volta da recessão (caracterizada, tecnicamente, por dois trimestres seguidos de queda).

O PIB é a soma de todos os bens e serviços produzidos no país e serve para medir a evolução da economia.

Fonte: G1

Estudantes e professores voltam às ruas em defesa da educação

Estudantes e professores voltaram às ruas em várias cidades brasileiras nesta quinta-feira (30/05) para um segundo dia de protestos em defesa da educação e contra o bloqueio de verbas para universidades públicas promovido pelo governo do presidente Jair Bolsonaro.

Até as 17h30 (horário de Brasília), atos haviam sido registrados em mais de 85 cidades em 21 estados e no Distrito Federal, informou o portal G1.

Em São Paulo, o protesto no Largo da Batata, zona oeste da cidade, teve início com uma aula aberta organizada pela Faculdade de Educação da Universidade de São Paulo (USP) e da PUC. O ato reuniu alunos, professores e representantes de união de estudantes e centrais sindicais.

Em Brasília, os manifestantes se reuniram desde a manhã na praça do Museu Nacional da República. Além dos cortes na educação, os estudantes também protestaram contra a reforma da Previdência de Bolsonaro e medidas do governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB).

Ao meio-dia os participantes se deslocaram em passeata até o Congresso Nacional e subiram a pista passando em frente ao Ministério da Educação. Por falta de autorização, o carro de som onde estudantes e professores discursavam não pôde acompanhar a marcha.

Durante a tarde, houve um princípio de tumulto entre policiais militares e participantes do ato, que acabou com um homem detido. A polícia chegou a usar spray de pimenta contra um grupo de manifestantes, mas as circunstâncias não ficaram claras.

O Rio de Janeiro também registrou protestos. Os manifestantes estiveram reunidos no centro da capital fluminense, com concentração próximo à Igreja da Candelária. Além disso, aulas públicas foram realizadas ao longo do dia.

Houve ainda mobilizações contra os cortes na educação em cidades do Acre, Alagoas, Amapá, Bahia, Ceará, Goiás, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Sergipe.

Fonte: Terra