Aluno suspeito de matar coordenador de escola em Valparaíso de Goiás é apreendido e diz que teve ‘momento de fúria’

A Polícia Civil apreendeu nesta quarta-feira (1º) o estudante de 17 anos suspeito de matar um coordenador da Escola Estadual Céu Azul, em Valparaíso de Goiás, no Entorno do Distrito Federal. Segundo a investigação, Júlio Cesar Barroso de Sousa, de 41 anos, foi morto após uma discussão no colégio.

“O menor alega que foi um momento de fúria, com a professora e depois o professor, mas não tem justificativa nenhuma. Foi um ato covarde”, disse o delegado regional, Rodrigo Mendes.

O G1 não conseguiu localizar a defesa do adolescente até a última atualização desta reportagem.

O adolescente fugiu após o crime, que aconteceu na terça-feira (30). Segundo Mendes, o aluno foi apreendido no início da tarde de ontem, na casa de um parente em Novo Gama, a cerca de 10 km de distância de Valparaíso de Goiás.

“A própria família não coaduna com o comportamento do menor. Após negociações entre a Polícia Civil e a família, nós nos deslocamos até essa residência. Ele estava escondido numa árvore, nos fundos da residência, e acabou se entregando”, disse o delegado.

Morte em colégio

O delegado Rafael Abrão, que é o responsável pelo caso, disse que, horas antes do homicídio, o suspeito teve uma discussão com uma professora por assuntos disciplinares. Júlio César, então, interveio, e afirmou que iria transferir o adolescente, que o ameaçou. No período da tarde, o adolescente voltou à escola e atirou.

“Este aluno chegou a ofender verbalmente a professora e o coordenador interveio na discussão e também começou uma discussão. Foi quando o coordenador disse que ia transferi-lo de escola. Nesse momento, o aluno virou para ele e disse: ‘O senhor pode até me transferir de escola, mas você vai pagar por isso’. Mais tarde esse aluno retornou para escola, já armado”, explica Rafael.

Ainda conforme a polícia, o coordenador foi atingido por dois disparos, sendo um nas costas, enquanto corria, e outro a curta distância. “Ele invadiu a sala dos professores, onde a vítima estava, teve uma breve discussão entre eles, foi quando o menor sacou o revólver. O professor ainda tentou correr, ele efetuou um dos disparos nas costas, a vítima caiu e, em seguida, ele (menor) foi a curta distância e efetuou mais um disparo”, destacou Rafael.

De acordo com a polícia, o estudante tem antecedente por ato infracional análogo a roubo. No entanto, não há registro de outras confusões na escola.

Fonte: G1

Após novos protestos, número de venezuelanos entrando no Brasil chega a triplicar

A crise na Venezuela, que aumentou após as manifestações convocadas pelo líder oposicionista Juan Guaidó contra o presidente Nicolás Maduro, está afetando a população do país. De acordo com a Polícia Federal brasileira, o fluxo de imigrantes venezuelanos que atravessaram a fronteira para o Brasil triplicou na terça-feira (30). As informações são do UOL.

A PF afirmou que 848 venezuelanos entraram no Brasil na terça-feira (30), sendo que 121 pediram refúgio. A média diária tem variado entre 250 e 300 entradas. O governo Bolsonaro anunciou mais de R$ 223 milhões em recursos para serem utilizados na Operação Acolhida, que recebe imigrantes venezuelanos em Roraima. A operação é conduzida pela Casa Civil com o Ministério da Defesa.

A maioria dos imigrantes chega ao Brasil pela cidade de Pacaraima (RR), através de trilhas que começam na cidade venezuelana de Santa Helena do Uairén. O governo brasileiro teme que a escalada da crise na Venezuela aumente o número de pessoas querendo entrar no Brasil nos próximos dias.

Fonte: IstoÉ

Centrais sindicais e partidos de esquerda se unem no 1º de maio para criticar Bolsonaro

A celebração do Dia do Trabalho em São Paulo, berço do sindicalismo, uniu pela primeira vez dez centrais sindicais , duas frentes populares e representantes de partidos de esquerda como PT, PSOL e PSTU em um ato crítico ao governo do presidente Jair Bolsonaro.

O mesmo palanque reuniu Fernando Haddad (PT) e Guilherme Boulos (PSOL), candidatos derrotados na disputa pela Presidência em 2018, e o deputado Paulinho da Força (Solidariedade), que teve um papel de destaque na costura que levou ao impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) em 2016. Quando o nome do deputado foi anunciado durante o ato, parte da plateia respondeu com vaias.

Até o início da tarde, cerca de 200 mil pessoas, segundo a organização, passaram pelo Vale do Anhangabaú, no centro da capital paulista. A Polícia Militar não divulgou estimativa de público. A prefeitura de São Paulo foi uma das patrocinadoras do ato, mas o prefeito Bruno Covas (PSDB) não foi ao evento. Na plateia, alguns seguravam cartazes com a inscrição “Bruno, você não é bem-vindo”.

Haddad considerou o ato do 1º de Maio como uma espécie de inauguração de uma agenda dos representantes da esquerda contra o governo Bolsonaro.

Patrimônio dilapidado

O candidato derrotado do PT nas eleições de outubro do ano passado reconheceu que parte da população ainda nutre esperanças de que o governo vai conseguir implementar medidas que resolvam parte dos problemas vividos pelo país.

— Mas a cada dia o próprio governo dilapida o seu patrimônio político. As pesquisas de opinião dão conta que os mais pobres estão desistindo desse governo. Porque é um governo que não dialoga com os anseios de quem quer trabalhar e estudar. São segmentos da sociedade que ele discrimina gratuitamente — disse Haddad.

A reforma da  Previdência , proposta mais importante da agenda do governo Bolsonaro, foi escolhida como o foco dos ataques dos representantes dos partidos de esquerda e dos sindicalistas durante o ato no Vale do Anhangabaú. No Rio, nove centrais sindicais organizaram um ato na Praça Mauá, Zona Portuária, também para protestar contra a reforma.

— O atual governo está levando adiante a agenda neoliberal do ex-presidente Michel Temer, com cortes de direitos trabalhistas. E a reforma da Previdência não tem nada de diferente. Queremos que os brasileiros tenham um livro na mão e uma carteira assinada na outra — disse Haddad. 

— O presidente Bolsonaro disse que o ato estaria esvaziado e aqui está nossa resposta. Nós vamos colocar o Brasil no eixo de novo. Não é possível que um país deste tamanho tenha que acabar com a Previdência. O governo precisa de uma política de crescimento econômico — disse Vagner Freitas, presidente da CUT.

Miguel Torres, presidente da Força Sindical, classificou como histórico a unificação das centrais no ato desta quarta-feira. Para Ricardo Patah, presidente da UGT, a unificação das centrais foi uma quebra de paradigma. A União Geral dos Trabalhadores (UGT) aderiu ao ato único, mas tem uma posição diferente das demais centrais sobre a reforma da Previdência. A entidade é favorável às mudanças no sistema previdenciário.

Fonte: O Globo

‘Não tem derrota nenhuma’, diz Bolsonaro sobre mobilização liderada por Guaidó na Venezuela

Em pleno feriado do Dia do Trabalhador, o presidente Jair Bolsonaroreuniu na manhã desta quarta-feira (1º) ministros e comandantes das Forças Armadas na sede do Ministério da Defesa para discutir o acirramento da crise na Venezuela.

Ao deixar o encontro, Bolsonaro afirmou que, na avaliação dele, não houve “derrota” no movimento capitaneado na terça (30) pelo autoproclamado presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó.

No início da manhã de terça, o líder da oposição venezuelana anunciou em uma rede social que havia obtido o apoio dos militarespara derrubar Nicolás Maduro da presidência do país sul-americano e convocou a população a sair às ruas para pressionar pelo fim do regime bolivariano.

No entanto, os chefes das Forças Armadas da Venezuela mantiveram o apoio a Maduro e, no fim de um tumultuado dia de manifestações e confrontos entre população e forças de segurança, militares desertores e oposicionistas recuaram e pediram asilo a embaixadas.

Fonte: G1