Justiça bloqueia R$ 50 mi e PF prende 26 por comércio ilegal de madeira na Amazônia

A Polícia Federal, com apoio do Ministério Público Federal, deflagrou nesta quinta-feira, 25, a Operação Arquimedes contra um esquema de corrupção na extração ilegal de madeira na floresta amazônica. A PF prendeu 26 suspeitos, entre eles o ex-superintendente do Ibama no Amazonas, José Leland Juvêncio Barroso, sob suspeita de liberar carregamento de 400 contêineres com madeira apreendida.

A PF e a Procuradoria suspeitam que os próprios setores responsáveis pela fiscalização e combate ao desmatamento facilitavam os movimentos da organização criminosa.

Segundo a investigação, agentes do Ibama, fiscais e técnicos do Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas exigiam propinas de empresários da madeira estabelecidos na região.

A PF informou que a operação marca o início da utilização de uma ferramenta tecnológica de imagens de satélite que possibilita identificar ‘novos focos’ de desmatamentos quase que diariamente, o que resultou numa melhor fiscalização e no aumento das ações de campo.

A Arquimedes investiga a corrupção entre servidores de órgão ambiental estadual, engenheiros ambientais, detentores de planos de manejo e proprietários de empresas madeireiras.

A PF atua em duas frentes de investigação criminal por meio de dois inquéritos policiais: a primeira, sobre a extração, exploração e comércio ilegais de madeira, e, a segunda, sobre a corrupção entre servidores de órgão ambiental estadual, engenheiros ambientais, detentores de planos de manejo e proprietários de empresas madeireiras.

Foram expedidos 23 mandados de prisão preventiva, seis de prisão temporária, 109 ordens de busca e apreensão cumpridos nos estados do Acre, Amazonas, de Minas, de Mato Grosso, do Paraná, de Rondônia, de Roraima e de São Paulo e no Distrito Federal.

A Justiça também autorizou o bloqueio de R$ 50 milhões nos CNPJs das empresas investigadas e outras 18 medidas cautelares.

A operação já apreendeu em dezembro de 2017 mais de 400 contêineres no porto em Manaus, contendo aproximadamente 8.000 m³ de madeira em tora com documentação irregular, que pertenciam a mais de 60 empresas de madeira.

A madeira tinha como destino o mercado doméstico e internacional, sendo 140 contêineres destinados à exportação para países da Europa, Ásia e América do Norte.

Os investigados responderão, dentro das suas condutas, pelos crimes de falsidade ideológica no sistema DOF, falsidade documental nos processos de concessão e fiscalização de PMFS (Plano de Manejo Florestal Sustentável), extração e comércio ilegal de madeira, lavagem de bens, direitos e valores, corrupção ativa e passiva e de constituição de organização criminosa.

Fonte: Estadão

Raquel pede ao STF 22 anos de prisão para Collor na Lava Jato

Em alegações finais, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF) que imponha ao senador Fernando Collor (PROS) uma pena de 22 anos, 8 meses e 20 dias, em ação penal no âmbito da Operação Lava Jato. Raquel apontou a suposta participação do senador em propinas, que somadas, chegariam a R$ 50,9 milhões em contratos da BR Distribuidora, subsidiária da Petrobras. Ele é acusado de corrupção passiva e lavagem de dinheiro.

A procuradora-geral detalha que “entre 2010 e 2014, uma organização criminosa instalou-se nas Diretorias da Petrobras Distribuidora S/A – BR Distribuidora – capitaneada pelo Partido Trabalhista Brasileiro, em particular na figura do Senador Fernando Collor, e também pelo Partido dos Trabalhadores, com destaque para o Deputado Federal Vander Loubet”.

Segundo Raquel, Collor participou de supostas propinas de “pelo menos R$ 9.950.000,00 em razão de contrato de troca de bandeiras em postos de combustíveis”. Ele também teria recebido vantagens de “pelo menos R$ 20.000.000,00 em razão de contratos para a construção de bases de distribuição de combustíveis celebrados entre a BR Distribuidora”.

Raquel diz que Collor também integrou suposto esquema envolvendo “pelo menos R$ 1.000.000,00 em propinas em razão de contrato de gestão de pagamentos e programa de milhagens”. E ainda propinas de “R$ 20.000.000,00 para viabilizar hipotético e futuro contrato de construção e leasing de um armazém de produtos químicos em Macaé/RJ”.

Fonte: Estadão

Bolsonaro demite diretor do BB que produziu comercial voltado à diversidade

O presidente Jair Bolsonaro exonerou o diretor de Comunicação e Marketing do Banco do Brasil, Delano Valentim, após a produção de uma campanha publicitária voltada para o público jovem. 

O presidente vetou o comercial já pronto do Banco do Brasil onde mostrava a diversidade,com a presença de atores e atrizes negros e pessoas tatuadas. 

O comercial seria uma tentativa de atrair o público mais jovem para o Banco. Bolsonaro teria procurado pessoalmente o presidente da agência para se queixar da campanha.

Segundo o colunista Lauro Jardim, o presidente do banco teria falado que Bolsonaro e ele concordaram que o comercial deveria ser recolhido, que a saída do diretor seria uma decisão de consenso, com aceitação do agora ex-diretor Delano Valentim. 

Fonte: TNOnline