CNBB lança Campanha da Fraternidade e toca no tema das políticas públicas

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) lançou oficialmente a Campanha da Fraternidade (CF) nesta Quarta-feira de Cinzas (6/3). Com o tema “Fraternidade e Políticas Públicas” e o lema “Serás libertado pelo direito e pela justiça – (Is 1,27)”, a campanha chama atenção dos cristãos para ações e programas que devem garantir os direitos humanos. O evento contou com a participação da procuradora-geral da República, Raquel Dodge.

Segundo a CNBB, o texto-base da CF chama a atenção para o fato de que falar de “Políticas Públicas” não é falar de “política” ou de “eleições”, mas significa se referir a um conjunto de ações a serem implementadas pelos gestores públicos. O bispo auxiliar e secretário-geral, Dom Leonardo Steiner, leu a mensagem enviada pelo Papa Francisco para a campanha no Brasil.

“Todas as pessoas e instituições devem se sentir protagonistas das iniciativas e ações que promovam o conjunto das condições de vida social que permitem aos indivíduos, famílias e associações alcançar mais plena e facilmente a própria perfeição”, diz a mensagem vinda do Vaticano.

O tema da campanha foi escolhido há mais de dois anos, entre 80 sugestões. “Sabemos que as políticas são responsabilidade de Estado e governos”, ressaltou. “Queremos dar nossa contribuição com a nossa reflexão. A sociedade brasileira está necessitada de diálogo e de paz”, disse Dom Leonardo Steiner.

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) abre oficialmente na quarta-feira de cinzas, 6/3, a Campanha da Fraternidade (CF) 2019 com o tema “Fraternidade e Políticas Públicas” e o lema “Serás libertado pelo direito e pela justiça” (Is 1,27). O lançamento acontecerá na sede provisória da entidade em Brasília (DF).

Todos os anos, a CNBB apresenta a CF como caminho de conversão quaresmal. “É uma atividade ampla de evangelização que pretende ajudar os cristãos e pessoas de boa vontade a vivenciarem a fraternidade em compromissos concretos, provocando, ao mesmo tempo, a renovação da vida da Igreja e a transformação da sociedade, a partir de temas específicos”, informa a conferência. 

Fonte: Correio Braziliense

Bolsonaro é alvo de críticas após divulgar vídeo pornográfico

O presidente Jair Bolsonaro gerou polêmica na noite da última terça-feira, 5, ao publicar em sua conta no Twitter um vídeo com conteúdo explícito e escatológico.

Alvo de protestos e sátiras em blocos de Carnaval, Bolsonaro postou a cena de um homem dançando em cima de um poto de táxi. Em seguida, um jovem homem aparece na cena e começa a urinar na cabeça do homem que estava dançando – uma prática conhecida como golden shower. As cenas foram classificadas pelo Twitter como “conteúdo sensível”.

“Não me sinto confortável em mostrar, mas temos que expor a verdade para a população ter conhecimento e sempre tomar suas prioridades. É isto que tem virado muitos blocos de rua no carnaval brasileiro. Comentem e tirem suas conclusões”, escreveu Bolsonaro, na postagem em que divulga as imagens.

A postagem gerou novas críticas à postura do presidente nas redes sociais. Alguns internautas afirmaram que o caso representa quebra de decoro parlamentar, o que seria passível de impeachment. “O capitão procedeu ‘de modo incompatível com a dignidade, a honra e o decoro do cargo’ e isso é crime de responsabilidade contra a probidade na administração pública”, escreveu o jornalista José Trajano, citando um trecho da lei 1.079, da Constituição Federal.

Outros apontaram uma tentativa de usar um caso isolado para generalizar e difamar todo o Carnaval. “Não entendo como um Presidente da República, sabendo que teria a publicação vista por todos os canais de mídia do MUNDO, generaliza da forma mais baixa possível uma das principais festas do país dele e denigre a imagem do local que diz tanto amar”, escreveu uma internauta.

Outros apontaram a dicotomia entre a postagem e a cruzada moralista do governo atual. “Não vou retuitar [o vídeo] por razões óbvias, mas ainda estou tentando entender o fato de que o presidente do Brasil tuitou um vídeo extremamente pornográfico, como parte de alguma cruzada moralista”, escreveu, em uma postagem em inglês, o economista Filipe Campante, professor associado da Johns Hopkins University, EUA.

Fonte: Opinião e Notícia

‘É um recado político para o presidente Bolsonaro’, diz carnavalesco da Mangueira

O carnavalesco da Mangueira, Leandro Vieira, fez um desabafo após a escola conquistar o titulo de campeã do Grupo Especial no Rio de Janeiro. Numa alusão ao tuíte do presidente Jair Bolsonaro com imagens obscenas e críticas ao carnaval, Leandro falou: “Este é um recado político para o presidente Bolsonaro. Isso daqui é a festa do povo, carnaval é a festa do povo , não o que ele acha que é. O carnaval da Mangueira é o carnaval do povo, da arte, da cultura popular!”.

Leandro prosseguiu: “A Mangueira merece essa festa, faz carnaval, representa uma comunidade importante, um carnaval de representatividade. Esses homens e essas mulheres aqui são os heróis do meu enredo que merecem sempre ser exaltados. Aqui mora o que há de melhor nesse país, e o que há de melhor nesse país o mundo todo aplaude. Aqui todo mundo tá vivo porque resiste, porque se fosse por outros motivos ninguém aqui tava em casa.”

Fonte: Jornal do Brasil

Procuradoria diz que Aloysio ‘atuou junto’ a Gilmar por ‘interesse próprio’ e de operador do PSDB

A força-tarefa da Operação Lava Jato no Paraná encaminhou à procuradora-geral da República, Raquel Dodge, informações para eventual ‘arguição de suspeição’ do ministro do Supremo Tribunal Federal Gilmar Mendes em julgamentos relacionados ao suposto operador do PSDB Paulo Vieira de Souza. De acordo com procuradores, ligações telefônicas e mensagens demonstram que ‘Aloysio Nunes (ex-senador e ex-ministro das Relações Exteriores do governo Temer) buscou interferir em julgamento de habeas corpus em favor de Paulo Vieira de Souza, em contato direto e pessoal com o Ministro Gilmar Mendes’.

Paulo Vieira e Aloysio foram alvo da Operação Ad Infinitum, Lava Jato 60, deflagrada no dia 19. Nesta etapa, a força-tarefa mirou contas na Suíça atribuídas a Vieira de Souza que chegaram à cifra de R$ 130 milhões. Um cartão de crédito teria sido emitido em benefício de Aloysio Nunes. As investigações miram a suposta operação de Paulo Vieira para agentes políticos e em pagamentos da Odebrecht a ex-diretores da Petrobrás.

Segundo a força-tarefa, ’em fevereiro de 2019, Aloysio Nunes atuou, em interesse próprio e do também investigado Paulo Vieira de Souza , junto ao ministro Gilmar Mendes, valendo-se de relação pessoal com este, para produção de efeitos protelatórios em processo criminal em trâmite na 5ª Vara da Justiça Federal de São Paulo’.

Trata-se de habeas corpus em que o ministro chegou a conceder liminar para que fossem interrogadas testemunhas e analisados documentos em ação contra Paulo Vieira que já estava em fase de alegações finais.

Após recurso da PGR, Gilmar acabou reconsiderando a decisão e mantendo a etapa final do processo, que apura supostos desvios de R$ 7,7 milhões na Dersa (Desenvolvimento Rodoviário S.A.), empresa paulista responsável por empreendimentos bilionários de governos do PSDB, como o Rodoanel.

A ação penal tramita na Justiça Federal de São Paulo. A Lava Jato chegou a alertar para a possibilidade de prescrição dos crimes atribuídos a Paulo Vieira caso o processo fosse esticado.

“Considerando a iminência de decisão na Reclamação nº 33514, distribuída ao ministro Gilmar Mendes, trazemos com urgência todos os fatos acima descritos, certos de que Vossa Excelência adotará as medidas cabíveis com a velocidade e presteza costumeiras, de forma a evitar que o interesse público subjacente às investigações possa ser prejudicado e que uma mácula de desconfiança paire sobre decisões proferidas por E. Ministro da Suprema Corte”, diz a força-tarefa.

A Reclamação 33514 é um recurso da defesa de Paulo Vieira que foi distribuído a Gilmar. Neste apelo, o advogado José Roberto Santoro, que defende o ex-diretor da Dersa, pede para que as investigações que levaram à prisão de Paulo Vieira sejam remetidas à Justiça Eleitoral de São Paulo por suposta conexão com inquérito que mira propinas em contratos da Dersa para abastecer campanhas do PSDB. A juíza federal Gabriela Hardt manifestou contra o pedido.

Fonte: Blog do Fausto Macedo