O governo de Minas Gerais recomendou a mais cidades que não usem a água do rio Paraopeba, contaminado com metais pesados depois do rompimento da barragem de Brumadinho.
Sinais do rejeito de minério chegaram à cidade de Papagaios, na região central de Minas. A contaminação já avançou 250 quilômetros no rio Paraopeba, prejudicando 16 municípios desde Brumadinho. As autoridades de saúde recomendam que não se use a água para nenhuma finalidade.
Em Pompéu, o índice de turbidez, que mede a qualidade da água, aumentou quatro vezes num período de 24 horas. Amostras indicaram a presença de metais pesados acima do limite permitido pela lei ambiental.
Desde a tragédia de Brumadinho, ambientalistas aumentaram a pressão sobre a Assembleia Legislativa de Minas, cobrando uma lei específica sobre segurança de barragens. A resposta veio quase um mês depois do rompimento do reservatório da Vale, com a aprovação de um projeto que aumenta o rigor do licenciamento ambiental e da fiscalização.
O texto só recebeu votos a favor e agora depende da sanção do governador Romeu Zema, do Novo. Se virar lei, a proposta vai proibir as barragens a montante, do mesmo tipo das que se romperam em Brumadinho e Mariana, e não poderá mais haver esse tipo de construção em áreas onde comunidades estejam na área de inundação.
Fonte: Jornal Nacional