“É da Igreja para a Igreja”, diz bispo sobre evento na mira do governo

Em meio ao curioso interesse do governo nas atividades da Igreja Católica, o bispo Dom Leonardo Steiner, secretário-geral da CNBB, gravou um breve vídeo a respeito do Sínodo do Amazônia, principal das preocupações do general Augusto Heleno, chefe do GSI. 

O governo teme que o Sínodo se torne palco para um ataque às políticas de Jair Bolsonaro, culminando na ascensão da Igreja Católica como força opositora ao governo. O evento acontecerá em Roma e está previsto para o mês de outubro.

No vídeo, o bispo diz que o Sínodo está na agenda clerical desde 2017 – quando a vitória de Jair Bolsonaro não passava de alívio cômico. Ele reforça também que o evento é “uma celebração da Igreja para a Igreja” que envolve os povos e o meio ambiente na região amazônica.

“Toda essa realidade, certamente será abordada. Mas o Santo Padre, no entanto, deseja que encontremos novos caminhos para a evangelização, para a Pan-Amazônia”. O bispo também pede, no vídeo, que os brasileiros e as populações dos outros oito países que integram a região rezem pela boa realização do Sínodo.

No domingo, uma reportagem do Estadão revelou que a Abin (Agência Brasileira de Inteligência), com o apoio de comandos militares, mantinha relatórios das ações da Igreja Católica. Esses informes mencionavam, por exemplo, encontros entre cardeais brasileiros e o Papa Francisco para discutir a realização do evento.

Em nota divulgada na segunda 11, o GSI confirmou que o general Heleno está preocupado “com alguns pontos da pauta” do Sínodo, mas negou que a Igreja fosse alvo de ações da Abin. “Parte dos temas do referido evento tratam de aspectos que afetam, de certa forma, a soberania nacional. Por isso, reiteramos o entendimento do GSI de que cabe ao Brasil cuidar da Amazônia Brasileira”.

Fonte: CartaCapital

Mais duas barragens da Vale em Minas entram em lista de risco de rompimento

O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) pediu que a Vale inclua mais duas barragens na lista de estruturas com risco de rompimento: a Sul Superior, na Mina de Congo Soco, em Barão de Cocais, na Região Central, e a barragem Vargem Grande, em Nova Lima, na Grande BH. Segundo o MP, a Justiça aceitou o pedido e incluiu as estruturas.

A barragem Sul Superior entrou na lista porque ainda não saiu do nível de alerta 2, em uma escala que vai até três. Na última sexta-feira (8), a Vale decidiu retirar os moradores da área porque a consultoria contratada ainda não tinha assinado documento comprovando as condições de segurança da barragem. A mineradora diz que a medida é preventiva e que não havia risco iminente de rompimento.

O MP afirmou que também incluiu a barragem de Vargem Grande a pedido da Defesa Civil do estado. A Vale já tinha declarado que essas duas barragens fazem parte do programa de descomissionamento.

Os promotores dizem que, agora, são dez barragens, que pertencem à Vale, na lista de estruturas que estariam em severo risco de rompimento. Nenhuma dessas barragens está em operação. Porque já estavam desativadas ou foram paralisadas por determinação da Justiça. A mineradora foi obrigada, por ordem judicial, a apresentar novos laudos de estabilidade desses reservatórios.

Fonte: G1

Doria se diz preparado para conter retaliações do PCC

O governador de São Paulo, João Doria, garantiu que foram tomadas medidas preventivas para impedir retaliação de membros da organização criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC) após a transferência de líderes para presídios federais, ocorrida ontem (13).

“Todas as ações preventivas foram adotadas pelas forças de segurança do estado de São Paulo e no âmbito federal, prevenindo e resguardando de qualquer reação. Obviamente que não vamos dizer para vocês quais são as medidas que tomamos de forma preventiva, por razões óbvias também”, declarou em coletiva de imprensa.

Inicialmente, os presos ficarão 360 dias sob custódia federal. Os primeiros 60 dias em Regime Disciplinar Diferenciado (RDD). O prazo pode ser estendido.

Doria destacou que a ação cumpriu uma medida judicial. “São Paulo cumpre seu dever, realizando determinação judicial que já poderia ter sido cumprida anteriormente e que agora foi realizada. Vinte e dois membros, incluindo o líder Marcola [Marcos Hebas Camacho] já estão sendo conduzidos para penitenciárias federais com isolamento devido”, declarou.

Fonte: Agência Brasil

Filho de Bolsonaro divulga áudio do pai para dizer que ministro Bebianno mentiu

Um dos filhos do presidente Jair Bolsonaro, o vereador do Rio de Janeiro Carlos Bolsonaro (PSC), criticou nesta quarta-feira (13) em uma rede social o ministro Gustavo Bebianno (Secretaria Geral da Presidência).

Segundo Carlos Bolsonaro, é uma “mentira absoluta” que Bebianno tenha falado três vezes nessa terça-feira (12) com Jair Bolsonaro enquanto o presidente ainda estava internado no hospital Albert Einstein, em São Paulo – Bolsonaro recebeu alta nesta quarta e voltou para Brasilia.

Na terça, Bebianno negou, em entrevista ao jornal ‘O Globo’, que seja o pivô de uma crise no governo. Ele afirmou: “Não existe crise nenhuma. Só hoje falei três vezes com o presidente”. Segundo Bebianno, ele se comunicou com o presidente por meio de um aplicativo de mensagens.

“Ontem estive 24h do dia ao lado do meu pai e afirmou: ‘É uma mentira absoluta de Gustavo Bebbiano que ontem teria falado 3 vezes com Jair Bolsonaro para tratar do assunto citado pelo Globo e retransmitido pelo Antagonista’, escreveu Carlos Bolsonaro.

Para sustentar o que chamou de “mentira”, o filho do presidente divulgou uma gravação em áudio do pai na qual ele supostamente conversa por telefone com Bebbiano. A gravação reproduz somente a voz de Bolsonaro.

“Ô Gustavo, está complicado eu conversar ainda. Então, não vou falar, não vou falar com ninguém, a não ser estritamente o essencial. Estou em fase final de exames para possível baixa hoje, tá ok? Boa sorte aí”, afirma Jair Bolsonaro na gravação.

“Não há roupa suja a ser lavada! Apenas a verdade: Bolsonaro não tratou com Bebiano o assunto exposto pelo ‘O Globo’ como disse que tratou”, afirmou Carlos Bolsonaro na rede social.
Mais tarde, o presidente Jair Bolsonaro compartilhou em uma rede social as mensagens postadas pelo filho a respeito de Bebianno.

Gustavo Bebianno foi um dos coordenadores da campanha eleitoral do presidente. Ele presidiu o PSL, partido de Bolsonaro, no ano passado e durante toda a campanha. Deixou o posto depois de ter sido nomeado ministro da Secretaria de Governo.

No último domingo, reportagem do jornal “Folha de S.Paulo” informou que Bebianno liberou R$ 400 mil de dinheiro público, do fundo partidário, para uma candidata “laranja” de Pernambuco, que concorreu a uma vaga de deputada federal e recebeu 274 votos.

De acordo com a reportagem, Maria de Lourdes Paixão se tornou candidata por iniciativa do grupo do atual presidente do PSL, Luciano Bivar.

Segundo o jornal, ela foi beneficiária do terceiro maior volume de recursos transferidos para um candidato, mais do que receberam as campanhas do próprio Jair Bolsonaro e de Joice Hasselmann (PSL-SP), deputada mais votada do país entre as mulheres candidatas.

Fonte: G1