Bebianno nega responsabilidade sobre candidata laranja do PSL

Gustavo Bebianno (PSL), ministro da Secretaria-Geral da Presidência, nega ter sido o responsável pela transferência de R$ 400 mil de dinheiro público a uma candidata laranja de Pernambuco. A declaração contradiz Luciano Bivar, que havia atribuído ao ministro de Bolsonaro a decisão sobre o repasse. Conforme revelou o jornal Folha de S. Paulo, Maria de Lourdes Paixão, 68, concorreu a deputada federal por Pernambuco e teve 274 votos, mesmo sua candidatura recebendo a terceira maior verba eleitoral do PSL no país. 

A reportagem do jornal Folha de S. Paulo destaca que “à época da eleição, Bebianno ocupava o cargo de presidente do partido, durante licença de Bivar. A prestação de contas dela, que é secretária administrativa do PSL do estado, sustenta que 95% desses R$ 400 mil foram gastos em uma gráfica para a impressão de 9 milhões de santinhos e cerca de 1,7 milhão de adesivos.”

O jornal “apurou que Bebianno tentou falar nesse domingo por telefone com Jair Bolsonaro, para explicar o caso, mas o presidente, que se recupera de cirurgia, não quis atender o ministro.”

A matéria ainda informa que “à rádio CBN disse que nunca viu Maria de Lourdes. ‘Essa senhora, essa candidata, eu nunca vi na vida, não sei quem é, eu estive em Pernambuco uma vez na minha vida, ou duas. A questão do partido não tem absolutamente nada errado, no que se refere à [direção] nacional, porque esse dinheiro que foi liberado pelo Supremo poderia ser usado para fins eleitorais, para campanhas femininas, de mulher. Agora o critério, se o dinheiro vai para Maria, aí é um critério definido pela estadual, e a estadual dizia exatamente para quem deveria ir o dinheiro’.”

Fonte: Brasil 247

Bolsonaro recebe alta da unidade de terapia semi-intensiva, diz boletim

O presidente Jair Bolsonaro recebeu alta da unidade de terapia semi-intensiva. A informação consta em boletim médico divulgado pelo hospital Albert Einstein nesta 2ª feira (11.fev.2019).

De acordo com o documento, teve início “dieta leve” e foi mantido o suplemento nutricional.

“Estão sendo mantidas as medidas de prevenção de trombose venosa, realizados exercícios respiratórios, de fortalecimento muscular e períodos de caminhada fora do quarto”, diz o documento.

O porta-voz da Presidência, Otávio do Rêgo Barros, não deu uma previsão de alta. De acordo com o general, “ocorrerá quando ele [Bolsonaro] puder sair pela porta da frente”.

Fonte: Poder 360

Agência determina inspeções diárias em mineradoras com barragens

A Agência Nacional de Mineração (ANM) informou ontem (11) que determinou às mineradoras que façam inspeções diárias em barragens de rejeito classificadas como alteamento a montante, do mesmo tipo da que rompeu em Brumadinho, no último dia 25 . As informações sobre as inspeções deverão ser enviadas para o Sistema Integrado de Gestão de Segurança de Barragens de Mineração. Quem não cumprir a determinação poderá ser multado e até ter a barragem interditada.

As empresas que possuem este tipo de barragem deverão apresentar no prazo de até 30 dias Declaração de Condição de Estabilidade (DCE) da barragem. A declaração deve levar em consideração “todos os estudos necessários à verificação da efetiva condição da estrutura, incluindo estudo de susceptibilidade à liquefação para condição não drenada, sob pena de sanções previstas na regulamentação vigente, incluindo multas e interdições”.

Além disso, as empresas terão que realizar  na barragem, reservatório e área de influência da estrutura inspeção com métodos indiretos, tais como geofísica, microssísmica ou outros métodos que possam apoiar as análises do comportamento no interior da barragem, de modo a complementar as informações sobre o estado da barragem, desde que não interfira na condição de estabilidade da estrutura e antecipar até o dia 30 de abril a instalação das sirenes.

A agência expediu ainda outras determinações, que valem para todos os tipos de barragem. As empresas deverão informar quais foram as providências adotadas, após o rompimento da barragem de Brumadinho, quanto à segurança das barragens em razão do risco e do dano potencial associado. O prazo para o envio de informações é três dias.

Elas também deverão informar, no mesmo prazo, alguma ação urgente que tenham adotado e/ou que venham a adotar para imediatas providências, seja quanto à prevenção, controle, mitigação e prevenção de risco e de dano potencial associado.

As empresas com barragens terão o prazo de 15 dias para atualizar o Plano de Atendimento a Emergência de Barragem da Mineração. Elas deverão apresentar o mapeamento sobre a existência de instalações de suporte aos empreendimentos localizados na área de influência das barragens, “avaliando, de imediato, a necessidade de remoção dessas instalações com vistas a resguardar a integridade dos trabalhadores desses empreendimentos, quantificando as pessoas potencialmente afetadas na Zona de Autossalvamento”.

Fonte: Agência Brasil

Testemunha diz à polícia que viu passageiro pular do helicóptero na Rodovia Anhanguera

Uma testemunha do acidente com o helicóptero que caiu na Rodovia Anhanguera no início da tarde desta segunda-feira (11), no qual morreram o jornalista Ricardo Boechat e o piloto Ronaldo Quattrucci, afirmou ter visto o passageiro pular da aeronave. Ela também disse que tirou o motorista do caminhão atingido pelo helicóptero de dentro do veículo.

“Uma pessoa pulou do helicóptero. O piloto ficou dentro do helicóptero. A pessoa que caiu na pista era o que tinha pulado primeiro. Ele pulou na pista, caiu no chão, e o helicóptero caiu em cima dele”, disse a vendedora Leilaine Rafael da Silva, de 29 anos, no 46º Distrito Policial onde o caso foi registrado.

“Mas eu queria salvar ele. Porque o piloto não pulou, ficou dentro do helicóptero”, completou. Leilane prestou depoimento à polícia e depois falou ao G1.

O helicóptero saiu de Campinas, no interior do estado, onde Boechat havia participado de um evento pela manhã, e seguia em direção à sede do Grupo Bandeirantes, no Morumbi, Zona Sul. A queda ocorreu na rodovia Anhanguera, junto ao Rodoanel. A aeronave bateu na parte dianteira de um caminhão que transitava pela via.

Leilaine contou que estava em uma moto pilotada pelo marido e seguia no sentido Cajamar, no interior de São Paulo. O casal passava ao lado do caminhão atingido pelo helicóptero. A vendedora afirmou que quebrou o vidro do caminhão com um capacete para retirar o motorista.

“Eu acho que poderia ter feito mais alguma coisa e não me deixaram. Eu devia ter corrido lá e puxado ele. Só que agora que eu estou aqui e que eu já sei que não tinha mais como tirar ele de lá, porque explodiu novamente. Eu vejo que eu podia ter morrido junto com ele”, descreveu.

“Mas a minha intenção ali na hora era tirar ele de lá. Eu tinha que ter tirado ele de lá. Tinha que ter puxado para o meio da pista. O outro moço já tinha morrido.”

Leilaine contou que quase foi atingida pela aeronave: “O helicóptero estava muito baixo, perto do viaduto. Se o helicóptero não tivesse caído em cima dele, ele tinha sobrevivido. Não tinha o que fazer, mas ele estava vivo”.

Ela disse que teve de se afastar porque notou vazamento de combustível do caminhão. Em seguida, segundo a vendedora, o helicóptero pegou fogo.

Fonte: G1