Flávio Bolsonaro não comparece ao MP-RJ para depor sobre relatório do Coaf

O deputado estadual e senador eleito Flávio Bolsonaro (PSP-RJ) não compareceu nesta quinta-feira (10) ao Ministério Público do Rio de Janeiro para depor sobre a movimentação financeira atípica de funcionários do seu gabinete na Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) registrada em relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf).

Na terça-feira (8), familiares de Fabrício Queiroz – ex-motorista e assessor de Flávio e que movimentou em sua conta R$ 1,2 milhão, segundo o Coaf – também não foram ao Ministério Público.

Em publicação nas redes sociais no início da tarde desta quinta, o senador eleito afirma que foi notificado apenas na segunda-feira (7) e que tem todo o interesse em esclarecer o caso, apesar de não ser investigado por qualquer crime. Como portador de foro privilegiado, ele pode escolher data, horário e local.

“Como não sou investigado, ainda não tive acesso aos autos, já que fui notificado do convite do MP/RJ apenas no dia 7/Jan, às 12:19. No intuito de melhor ajudar a esclarecer os fatos, pedi agora uma cópia do mesmo para que eu tome ciência de seu inteiro teor”, diz o comunicado.

“Ato contínuo, comprometo-me a agendar dia e horário para apresentar os esclarecimentos, devidamente fundamentados, ao MP/RJ para que não restem dúvidas sobre minha conduta. Reafirmo que não posso ser responsabilizado por atos de terceiros, como parte da grande mídia tenta, a todo custo, induzir a opinião pública.”

Fonte: G1

Haddad diz que reforma da Previdência deveria começar pelos militares

O ex-prefeito Fernando Haddad defendeu nessa quinta-feira, 10, que os militares sejam os primeiros a entrarem na reforma da Previdência que deverá ser apresentada pelo governo de Jair Bolsonaro. 

“Reforma dos sistemas previdenciários deveria focar inicialmente privilégios dos regimes próprios, incluindo militares, até para legitimar ajustes do regime geral. ‘Governo estuda excluir afastamento por doença de cálculo para aposentadoria'”, escreveu Haddad pelo Twitter, ao compartilhar notícia em que o governo avalia excluir auxílio-doença do calculo da aposentadoria. 

Levantamento do TCU de 2017 mostra que as regras para os militares brasileiros receberem seus benefícios previdenciários são mais generosas do que as normas impostas em outros países, como os Estados Unidos e o Reino Unido, onde eles nem recebem o benefício integral; militares do Reino Unido e dos EUA não recebem benefício integral e britânicos têm idade mínima, aponta TCU.

Vários militares do governo Bolsonaro já se manifestaram contra reforma da Previdência no âmbito militar. O ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, disse que os militares estão “excluídos da reforma da Previdência” porque possuem uma carreira diferenciada das demais.

“As Forças Armadas são um seguro caro que toda nação forte tem que ter. Temos uma proteção para essas especificidades da carreira. Se o nome é reforma da Previdência não estamos nela”, disse o general em entrevista ao jornal Valor Econômico.

O vice-presidente Hamilton Mourão, general da reserva, disse que os militares devem ter aposentadoria diferenciada. “O sistema é diferenciado por característica da profissão. Os militares não precisam de PEC. O presidente pode mexer por lei. Acredito que [o assunto] vai ser tratado de forma separada”, disse Mourão.

Fonte: Brasil 247

Decreto de posse de armas pode sair nesta sexta, diz Doria após reunião com Bolsonaro

Após participar de uma reunião com o presidente Jair Bolsonaro , o governador de São Paulo, João Doria , afirmou que o decreto presidencial flexibilizando a posse de armas pode sair já nesta sexta-feira. Doria discutiu com o presidente temas relativos a São Paulo e prometeu apoio à reforma da Previdência . O governador disse ser favorável à medida sobre as armas.

–  Sou favorável. Parece que sai amanhã –  afirmou o governador.

A deputada Joice Hasselmann (PSL-SP) acompanhou a reunião e afirmou que há uma “perspectiva” de publicação do decreto. Segundo fontes do Ministério da Justiça e da Segurança Pública, porém, o texto final ainda passa por uma última revisão. O decreto vai criar regras específicas para a comprovação da efetiva necessidade de se possuir uma arma, ampliar o prazo para renovação de registro e pode dar anistia a quem está com arma de forma irregular por falta de atualização do registro.

Na reunião, Doria discutiu com Bolsonaro seus planos de privatizar e mudar o local da Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp), que é federal, e a desativação do Campo de Marte, para a construção de um parque. 

O governador disse que pretende acompanhar o presidente Bolsonaro na visita ao Fórum de Davos, na Suíça, a partir do dia 22, e prometeu apoio do PSDB paulista e também buscar entre seus aliados respaldo à reforma da Previdência que está sendo preparada pelo governo federal. Ele afirmou que a aprovação da reforma “muda o Brasil”. Doria diz ser favorável ao regime de capitalização e evitou se posicionar sobre qual proposta considera mais adequada para os policiais militares.

Ele reafirmou o apoio ao deputado Bruno Araújo (PE) para ocupar a presidência do PSDB e disse que o atual comandante da legenda, o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin, reiterou na quarta-feira o desejo de deixar o cargo. Doria se mostrou novamente favorável à candidatura de Rodrigo Maia (DEM-RJ) à reeleição na Presidência da Câmara, mas evitou se posicionar sobre a disputa no Senado.

Fonte: O Globo

Demissão de presidente da Apex por chanceler abre crise no governo

A demissão repentina do presidente da Apex, Alex Carreiro, transformou-se em mais uma crise do governo de Jair Bolsonaro, com a recusa de deixar o cargo e um mal-estar entre o ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, e o Palácio do Planalto.

Após Carreiro trabalhar normalmente na Agência Brasileira de Promoção de Exportações nesta quinta-feira, o Planalto confirmou à noite o nome de seu substituto.

“O Planalto confirma o embaixador Mário Vilalva como novo presidente da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex)”, respondeu a assessoria do Planalto a um questionamento da Reuters sobre a demissão de Carreiro.

Os relatos feitos à Reuters por pessoas que acompanharam a crise apontavam para um impasse criado pela decisão de Carreiro de recusar a demissão. O presidente da Apex teve sua demissão anunciada pelo chanceler Araújo no Twitter, ainda com a indicação do embaixador Vilalva para substituí-lo.

Carreiro chegou a ir ao Planalto na manhã desta quinta-feira tentar um encontro com o presidente, mas não foi recebido. O presidente da Apex pretendia apelar a Bolsonaro por sua permanência no cargo.

Quem foi recebido por Bolsonaro, segundo tuíte do próprio presidente já à noite, foi Vilalva.

“Recebi hoje o embaixador Mário Vilalva, indicado pelo chanceler Ernesto Araújo para o cargo de Presidente da Agência de Promoção de Exportações e Investimentos (Apex). Boa noite a todos”, disse Bolsonaro.

DIA NORMAL

Segundo relatos ouvidos pela Reuters, Carreiro foi trabalhar normalmente e teria dito a pessoas que estiveram com ele que só poderia ser demitido por Bolsonaro. Na verdade, fontes ouvidas pela Reuters afirmam que o chanceler, como presidente do Conselho da Apex, poderia sim demitir Carrreiro, apesar de a demissão ter que ser assinada pelo presidente.

No Planalto, o desconforto seria causado pelo fato de Araújo não ter avisado previamente Bolsonaro de que iria demitir Carreiro. O presidente da Apex, que foi assessor do PSL na Câmara, teria sido uma indicação dos filhos de Bolsonaro.

Já no Itamaraty, a reação de Carreiro causou apreensão no gabinete. De acordo com uma das fontes ouvidas, havia o temor de que o próprio Araújo perdesse o cargo no embate com o então presidente da Apex por estar sendo responsabilizado por mais um bate-cabeça no governo.

A assessoria da Apex chegou a informar que “o presidente Alex Carreiro, nomeado para o cargo pelo presidente da República, Jair Bolsonaro, cumpriu expediente normal na agência nesta quinta-feira, tendo efetuado despachos internos e recebido para audiências autoridades de Estado”.

Araújo creditou, em sua conta no Twitter, o afastamento de Carreiro a um pedido do próprio. Fontes confirmam, no entanto, que Carreiro não aceitou pedir demissão, e Araújo o comunicou que teria de sair mesmo assim, forçando o anúncio pelas redes sociais.

O estopim da crise teria sido a decisão de Carreiro de demitir 17 pessoas em sua chegada e estar planejando o afastamento de mais 19, inclusive funcionários com mais de 10 anos de casa. As reclamações chegaram aos gabinetes do Palácio do Planalto e Araújo teria sido cobrado pela crise na Apex.

De acordo com uma fonte, a empresária Letícia Castellari, indicada para a diretoria de Negócios da agência, teve uma briga pública com Carreiro ao assumir o cargo e descobrir que boa parte dos servidores da sua diretoria tinha sido demitida.

Afastada do PSL durante a campanha por ter se indisposto com dirigentes do partido, Castellari se aproximou de Araújo durante a transição e se tornou um dos braços direitos do chanceler.

Fonte: Reuters

Pressionado, Maduro assume novo mandato e chama Bolsonaro de “fascista”

O presidente venezuelano Nicolás Maduro prestou juramento nesta quinta-feira (10) ao tomar posse para um segundo mandato de seis anos, desafiando os Estados Unidos (EUA) e grande parte da comunidade internacional, que ameaça aumentar a pressão sobre um governo considerado por muitos países ilegítimo. Ao receber a faixa presidencial do presidente da Suprema Corte de Justiça, Maduro acusou a oposição de influenciar a “direita latino-americana” e citou nominalmente o presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, a quem classificou de “fascista”.

— Vamos ver o caso do Brasil e o surgimento de um fascista como o presidente Jair Bolsonaro — declarou, ao denunciar o que chamou de onda de “intolerância” entre os governos de direita que se impuseram na América Latina.

Maduro, que em várias ocasiões denunciou os planos de Washington de derrubá-lo ou mesmo de assassiná-lo, disse que os EUA estão promovendo uma “guerra mundial” contra a Venezuela com o apoio de governos aliados no hemisfério.

Maduro, que em várias ocasiões denunciou os planos de Washington de derrubá-lo ou mesmo de assassiná-lo, disse que os EUA estão promovendo uma “guerra mundial” contra a Venezuela com o apoio de governos aliados no hemisfério.

Fonte: AFP