Em menos de uma semana, cinco feminicídios são registrados no interior de São Paulo

Elizangela Pereira de Almeida foi encontrada gravemente ferida na casa do ex-marido após denúncia de vizinhos, que escutaram gritos – Reprodução/ Redes Sociais

A dona de casa Elizangela Pereira de Almeida, de 34 anos, foi morta com 23 facadas, na noite de sábado, 5, em Itupeva, interior de São Paulo. O ex-companheiro da vítima foi visto fugindo da casa em direção a um matagal, logo após o crime. Na tarde deste domingo, 6, ele continuava foragido. Esse é o quinto feminicídio registrado este ano – em menos de uma semana – no interior de São Paulo.

No ano passado, de janeiro a novembro, 121 mulheres foram mortas em razão do gênero (feminicídio). No mesmo período de 2017, foram 105 mortes, conforme a Secretaria da Segurança Pública (SSP).

No caso de Itupeva, vizinhos ouviram os gritos de Elizangela e chamaram a polícia. Os policiais arrombaram a porta e encontraram a vítima caída, com muitos ferimentos, entre o quarto e cozinha. O socorro médico foi chamado, mas já a encontrou morta. Ela tinha medida protetiva contra ele por agressão anterior, mas não levou o caso adiante.

Duas tentativas de feminicídio também foram registradas, neste fim de semana, no interior. Na noite de sábado, um tatuador de 37 anos foi preso em flagrante após espancar a mulher com quem vivia, uma manicure de 28 anos, em Itanhaém. Ferida na cabeça e na barriga, ela conseguiu fugir, mas o homem ateou fogo no apartamento. Em São José do Rio Preto, um homem de 27 anos foi preso após agredir com um pedaço de madeira e tentar enforcar com um fio elétrico a companheira. Ele justificou alegando que descobrira uma traição.

Ainda no sábado, Maria Dalvina Dantas, de 39 anos, foi morta com um tiro no abdome pelo marido, o marceneiro José Dantas da Silva, de 44 anos, em Praia Grande. Ele está preso. Na sexta-feira (4), a adolescente Milena Optimara Soares Cardenas, de 13 anos, foi morta com um tiro na coxa pelo namorado, de 17 anos, em Campinas. O jovem foi apreendido.

Outra adolescente, Natasha Rodrigues, de 14 anos, foi morta no dia 3 por ter se negado a namorar o autor do crime, Deybson dos Santos, de 20 anos. Acusado de dar dois tiros na garota, ele está preso. No mesmo dia, Queli Aparecida Simon, de 29 anos, foi raptada, levada a um motel de Jaguariúna e assassinada. O suspeito, Edmilson Manoel Jardim, de 43 anos, confessou o crime e está na prisão.

O Conselho Nacional de Justiça orienta que em casos de violência contra a mulher a Central de Atendimento à Mulher em Situação de Violência seja acionada, inclusive por terceiros, como vizinhos ou testemunhas, pelo número de telefone 180. O Ligue 180 é um serviço de utilidade pública gratuito e confidencial (preserva o anonimato), oferecido pela Secretaria Nacional de Políticas do Ministério dos Direitos Humanos, desde 2005.

Fonte: Estadão Conteúdo

Contrato de R$ 28,7 mi abre crise entre Ibama e ministro do Meio Ambiente

Uma publicação do ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, sobre um contrato de R$ 28,7 milhões assinado pelo Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente) para a locação de carros, assinado no final do governo Michel Temer, abriu uma crise com a atual direção do órgão e fez até o presidente Jair Bolsonaro apagar um tuíte sobre o caso que havia publicado.

Tudo começou quando Salles reproduziu no Twitter um extrato de contrato do Ibama publicado no “Diário Oficial da União” em 10 de dezembro passado, com o seu comentário: “Quase 30 milhões de reais em aluguel de carros, só para o Ibama…”.

O extrato informava que o contrato era para a “locação de veículos utilitários, sem motorista, com fornecimento de combustível e pagamento mensal fixo mais quilometragem livre rodada”. O acordo é válido por um ano. A vencedora da licitação foi a Companhia de Locação das Américas.

Na sequência, Bolsonaro retuitou a postagem de Salles e acrescentou um comentário: “Estamos em ritmo acelerado desmontando rapidamente montanhas de irregularidades e situações anormais que estão sendo e serão comprovadas e expostas”.

E completou: “A certeza é que havia todo um sistema formado para principalmente violentar financeiramente o brasileiro sem a menor preocupação!”. Pouco depois, o presidente apagou o seu comentário, mas manteve o retuíte da postagem de Salles.

Logo na sequência, a presidente do Ibama, Suely Araújo, que foi indicada para o cargo por Temer, emitiu nota oficial, em nome do órgão, para contestar o ministro. “A acusação sem fundamento evidencia completo desconhecimento da magnitude do Ibama e das suas funções”, escreveu.

Na nota, o Ibama informa que o contrato “abrange 393 caminhonetes adaptadas para atividades de fiscalização, combate a incêndios florestais, emergências ambientais, ações de inteligência, vistorias técnicas etc., nos 27 estados brasileiros, e inclui combustível, manutenção e seguro, com substituição a cada dois anos”.

E completa: “O valor estimado inicialmente para esse contrato era bastante superior ao obtido no fim do processo licitatório, que observou com rigor todas as exigências legais e foi aprovado pelo TCU (Tribunal de Contas da União)”.

Ao final da nota, Suely Araújo afirma que “a presidência do Ibama refuta com veemência qualquer insinuação de irregularidade na contratação” e “espera, por fim, que o novo governo dedique toda a atenção necessária às importantes tarefas a cargo do Ibama, e não a criar obstáculos à atuação da autarquia”.

Em nota encaminhada ao jornal O Estado de S. Paulo, a Companhia de Locação das Americas afirma que “cumpriu todas as exigências estabelecidas” no edital. “Cabe ressaltar que são viaturas operacionais para atendimento nacional ao serviço de fiscalização e proteção do desmatamento de todo o território nacional”.

Bolsonaro é um frequente crítico das políticas ambientais adotadas no país – que considera “xiitas” e, já eleito, chegou a dizer que acabaria com a “festa” das multas do Ibama. “Não vou admitir mais o Ibama sair multando a torto e direito. Essa festa vai acabar”, disse em cerimônia na Academia Militar das Agulhas Negras.

O cargo de ministro do Meio Ambiente foi o último preenchido por Bolsonaro, que escolheu Salles para o posto exatamente pelo perfil dele, também crítico às políticas ambientais e à atuação de organismos e ONGs internacionais de meio ambiente no país.

Fonte: VEJA

Apenas seis estados devem superar recessão econômica em 2019

Apenas seis estados vão conseguir apagar neste ano os estragos causados pela recessão econômica. Levantamento feito pela Tendências Consultoria Integrada mostra que Pará, Roraima, Mato Grosso, Santa Catarina, Rondônia e Mato Grosso do Sul serão os únicos a superar o Produto Interno Bruto (PIB) registrado em 2014 – quando o País entrou na pior recessão da história.

O desempenho, puxado pela iniciativa privada, deve dar um pouco de fôlego aos novos governadores, que terão de cortar gastos e reduzir a folha de pagamento para se enquadrar na Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). Quase todos estão com as despesas de pessoal acima do limite de 60% e enfrentam dificuldade para pagar servidores. Mas, com crescimento maior, a arrecadação tende a aumentar e dar ligeira folga aos cofres públicos.

Nos demais 20 estados e no Distrito Federal, os novos governadores não vão ter o mesmo alívio. Pelo levantamento, eles terão crescimento abaixo da média nacional e não conseguirão voltar ao nível pré-crise. Alagoas, Maranhão e Sergipe são os que estão mais distantes do patamar de PIB registrado em 2014. “Em vários locais, esse nível só deverá ser alcançado em 2020 ou 2021”, diz o economista da Tendências, Adriano Pitoli, responsável pelo levantamento ‘Cenários Regionais 2019-2023’.

Ele explica que, no caso dos seis estados, a economia foi impulsionada pelo bom desempenho do agronegócio, pela maior exposição ao mercado internacional e pela maturação de projetos de mineração, como o da Vale, no Pará. Há ainda aspectos inusitados que devem ter impacto no PIB, diz Pitoli. É o caso do crescimento do número de imigrantes venezuelanos em Roraima – que esteve sob intervenção federal até 31 de dezembro. “Mesmo que de forma atabalhoada, há um movimento maior da economia, com mais pessoas buscando ocupação e suporte do governo federal.”

Mato Grosso e Mato Grosso do Sul serão influenciados pela expectativa de safra recorde de soja em 2019. A agricultura também reforçará a economia de Rondônia. “Em Santa Catarina, o dólar favorável vai ajudar a indústria de carne e metalurgia”, diz. 

Pelos dados da Tendências, em 2017 e 2018, esses estados já tiveram um desempenho acima da média nacional. E devem continuar assim neste ano. Em termos regionais, o Norte terá o maior avanço do PIB em 2019 por causa da recuperação de algumas áreas, como a indústria eletroeletrônica do Amazonas muito sensível ao ciclo econômico. Junto com o Nordeste, a região foi uma das que mais sofreram com a recessão econômica.

Fonte: Estadão

Ataque à antena de telefonia deixa 12 cidades do interior do Ceará sem sinal

Doze cidades da região do Vale do Jaguaribe, no Ceará, estão sem sinal de telefonia após explosão de uma antena em Limoeiro do Norte. Até o começo da tarde deste domingo (6), a onda de terror já somava mais de 100 ataques, em 33 municípios do Estado.

Em Limoeiro do Norte, a 198 quilômetros de Fortaleza, a explosão destruiu a base da torre da operadora, mas a antena está de pé.

Em nota, a operadora responsável pela antena (TIM) confirmou a indisponibilidade de serviço de voz e de dados em 12 cidades da região. “A operadora lamenta o ocorrido e informa que equipes técnicas já atuam em conjunto para o restabelecimento dos serviços o mais breve possível”.

Estão afetados os municípios de Alto Santo, Aracati, Iracema, Jaguaribara, Jaguaruana, Limoeiro do Norte, Morada Nova, Potiretama, Quixeré, Russas, São João do Jaguaribe e Tabuleiro do Norte.

Fonte: Tribuna do Ceará

Chefes de facções do Ceará começam a ser transferidos para presídios federais

Começaram as transferências de presos chefes de facções no Ceará para presídios federais. O Governo Federal autorizou abertura de 60 vagas em unidades federais. O POVO apurou que um preso já foi transferido. Outros 19 devem ser transferidos até esta segunda-feira, 7. A medida foi autorizada pelo ministro da Justiça, Sergio Moro.

O Brasil tem hoje cinco penitenciárias federais de segurança. A mais recente foi inaugurada em outubro de 2018, em Brasília. Na época da inauguração, o então ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, destacou que o sistema penitenciário federal atende aos padrões internacionais de excelência, seja no respeito à integridade dos presos, seja em relação à necessidade de segregar “aqueles que ameaçam a sociedade”.

“Temos [no sistema federal] zero fuga, zero rebelião, nada de entrada de celulares, mas, sobretudo, temos integral respeito às normas e regras”, comentou.

Além de Brasília, funcionam no País unidades federais em Catanduvas (SP), Porto Velho, Mossoró (RN) e Campo Grande. 

Nessas unidades, há detectores de metais, sensores de aproximação, coleta de impressões digitais, câmeras que monitoram os ambientes 24 horas por dias. Os presos permanecem 22 horas por dia encarcerados nas unidades.

Fonte: O Povo