Açougueiros de Tabira reclamam da qualidade da carne oriunda do abatedouro de Afogados da Ingazeira

O governo municipal de Tabira se reuniu com os comerciantes do ramo de açougue na última terça-feira, 16, e ouviu reclamações sobre a situação insatisfatória em que estão chegando as carnes dos animais abatidos no matadouro de Afogados da Ingazeira.

Segundo a Prefeitura de Tabira, os relatos dão conta de partes com pelos e contaminadas com fezes, demonstrando uma má higienização das carnes. O protesto foi feito aos secretários de Administração, Flávio Marques, de Obras, Cláudio Alves, de Relações Institucionais, Tadeu Sampaio, e de Agricultura, Beto Santos.

A Vigilância Sanitária de Tabira condenou um despacho de carnes que não apresentava a qualidade de higiene necessária para o consumo humano. Além disso, notificou os responsáveis pelo matadouro regional, os quais alegaram que o espaço não estava preparado para abater animais pequenos deveria passar por uma adaptação.

Da redação do Blog Alvinho Patriota

Brasil tem 12 mortes por sarampo e mais de 2 mil casos confirmados

O Brasil teve 12 mortes por sarampo registradas em 2018 e 2.192 casos confirmados da doença. Foram quatro mortes em Roraima (3 em estrangeiros e 1 em brasileiro), 6 no Amazonas (todos brasileiros, sendo três do município de Manaus, dois do município de Autazes e um no município de Manacapuru) e duas mortes no Pará.

Os dados são do Ministério da Saúde, que divulgou novo boletim na quarta-feira (17).

Segundo o ministério, todos os casos estão relacionados à importação do vírus de genótipo (D8) que está circulando no país é o mesmo que circula na Venezuela, país que enfrenta um surto da doença desde 2017.

O maior número de casos são no Amazonas e em Roraima (1.776 casos e 330, respectivamente), estados que enfrentam surtos da doença. No Amazonas, mais de 7 mil casos continuam em investigação e em Roraima 93 casos.

Além de Amazonas e Roraima, sete estados e o DF registraram casos da doença, todos relacionados à importação segundo o ministério.

Fonte: Bem Estar

Jornalista saudita foi torturado, sedado e esquartejado, indica áudio

O jornalista saudita Jamal Khashoggi morreu minutos depois de entrar no consulado do seu país em Istambul, onde foi buscar papéis para se casar com a sua noiva turca em 2 de outubro, segundo diferentes fontes que tiveram acesso a uma suposta gravação do homicídio obtida pela polícia da Turquia. Relatos da imprensa turca informam que há registros em áudio que provam que o jornalista dissidente foi torturado e sedado no consulado, antes de ser morto e esquartejado.

O “Wall Street Journal”, a partir de informações de um funcionário turco que ouviu a gravação, disse que Khashoggi supostamente foi morto e teve o corpo seccionado no escritório do cônsul geral saudita em Istambul, Mohammad al-Otaibi.

Há relatos conflitantes sobre se o diplomata presenciou ou não o homicídio. Segundo o “Wall Street Journal”, a gravação registrou uma voz que pergunta se al-Otaibi quer deixar o cômodo, mas ele, que é o representante de mais alto nível de Riad em Istambul, teria ficado para presenciar a execução.

Segundo uma fonte ouvida pelo site “Middle East Eye”, especializado na cobertura do Oriente Médio, Khashoggi apenas foi capturado na presença do diplomata, que teria saído da sala no momento do assassinato. “O próprio cônsul deixou a sala. Não houve tentativa de interrogatório. Eles estavam lá para matá-lo”, disse o site.

O homicídio teria durado sete minutos. Ao perceber que seria morto, Khashoggi teria gritado em desespero, alto a ponto de ser ouvido por testemunhas no andar inferior. Durante o breve interrogatório, seus dedos foram decepados, disse um funcionário turco ouvido pelo “NYT”. Os urros só teriam parado após uma substância desconhecida ser injetada no jornalista.

O portal “Middle East Eye” informa que o corpo do jornalista teria começado a ser cortado enquanto ele ainda estava vivo. Um dos assassinos do grupo de 15 sauditas enviados a Istambul presumidamente com a missão de eliminar Khashoggi seria o doutor Salah al-Tubaigy, um especialista em autópsias.

A fonte turca afirmou que, enquanto conduzia o desmembramento, al-Tubaigy teria posto fones de ouvido e escutado música. O médico teria recomendado a seus cúmplices fazer o mesmo.

— Quando eu faço este trabalho, eu escuto música. Vocês também deveriam — al-Tubaigy teria sido gravado dizendo.

NYT identifica supostos executores

O médico forense Al-Tubaigy é um dos nove suspeitos já reconhecidos, dentre os 15 do grupo, por uma investigação independente realizada pelo jornal “New York Times”. Em uma reportagem produzida por 12 repórteres, em Istambul, Beirute, Nova York, Paris e Washington, o jornal americano mostrou que os suspeitos de serem executores de Khashoggi relacionam-se diretamente ao príncipe herdeiro saudita Mohammed bin Salman (conhecido pelas iniciais MBS), o que afasta a possibilidade de ser um grupo descontrolado, agindo por conta própria, como foi cogitado pelo presidente americano Donald Trump.

Um dos suspeitos identificados pela Turquia é uma companhia frequente de MBS e já foi visto em desembarques ao lado dele em Paris e Madri, além de ter sido fotografado fazendo sua segurança em visitas neste ano a Houston, Boston e às Nações Unidas. De acordo com testemunhas e outros documentos, outros três homens do grupo que foi a Istambul também fazem parte da equipe de segurança do príncipe.

Todos os identificados pelo “New York Times” trabalham para os serviços de segurança, as Forças Armadas ou outros organismos governamentais sauditas. Um deles, Maher Abdulaziz Mutreb, fazia parte do corpo diplomático saudita em Londres em 2007, de acordo com uma fonte diplomática britânica. Ele viajou diversas vezes com o príncipe, possivelmente como segurança.

Essas evidências enfraquecem qualquer sugestão de que Khashoggi morreu em uma operação não autorizada pelo príncipe herdeiro saudita. Elas também podem tornar mais difícil para a Casa Branca e o Congresso americano aceitar tal explicação. A Arábia Saudita é, ao lado de Israel, o principal aliado americano no Oriente Médio.

Inicialmente, o príncipe herdeiro e seu pai, o rei Salman, negaram qualquer conhecimento do paradeiro de Khashoggi, afirmando que ele deixara o consulado por conta própria. Em seguida, o próprio “New York Times” e a “CNN” disseram que o reino preparava-se para alegar que a morte ocorrera de modo acidental, como resultado de um interrogatório que deu um errado.

O jornal americano reuniu informações sobre os suspeitos usando softwares de reconhecimento facial, bancos de dados públicos, perfis de mídia social, listas telefônicas sauditas, notícias de meios de comunicação do país árabe, documentos do governo saudita vazados e, em alguns casos, relatos de testemunhas na Arábia Saudita e em países que o príncipe visitou.

Fonte: O Globo

Quem é Ustra, o torturador celebrado por Bolsonaro até hoje

O presidente do PSL, Gustavo Bebianno, rebateu nesta quarta-feira 17 o programa do PT que lembra declarações de Jair Bolsonaro nos anos 1990 a favor da tortura. “Ele tava na juventude, falou coisas exaltadas. Quem nunca se exaltou? Depois foi ficando mais velho, forja a personalidade, amadurece, traz cabelos brancos. Se ele for eleito, será um estadista.”

Bolsonaro tinha os mesmos 63 anos de agora quando afirmou em entrevista ao Roda Viva que seu livro de cabeceira era “Verdade Sufocada”, de autoria de Carlos Alberto Brilhante Ustra. Tinha dois a menos quando celebrou o notório torturador em sessão da Câmara que aprovou o impeachment de Dilma Rousseff. Na ocasião, o presidenciável do PSL afirmou que Ustra era o “pavor” da petista, alvo de torturas durante sua atuação na Luta Armada contra a ditadura.  

Morto em outubro de 2015, Ustra acaba de ser beneficiado por um decisão da Justiça relativa à sua atuação como agente da repressão ao chefiar o DOI-Codi entre 1969 e 1974. Nesta quarta-feira 17, o Tribunal de Justiça de São Paulo derrubou uma sentença de 2012 que condenou o militar a indenizar a esposa e a irmã do jornalista Luiz Eduardo Merlino, morto sob tortura nas dependências do DOI-Codi em julho de 1971. 

Os desembargadores da 13ª Câmara Extraordinária Cível decidiram que o pedido está prescrito, pois foi feito em 2010, mais de 20 anos depois da Constituição de 1988, que reconheceu a anistia dos crimes praticados durante a ditadura.  

Na sede do órgão da repressão, Merlino sofreu intensas sessões de tortura, durante 24 horas ininterruptas. Segundo ex-companheiros de prisão, o jornalista morreu em um hospital em decorrência de gangrena em uma das pernas, causada pela tortura. Os militares comandados por Ustra teriam proibido os médicos de amputarem a perna gangrenada, o que resultou na morte de Merlino. 

Em outro caso, a Justiça decidiu manter uma condenação de Ustra em primeira instância por tortura. Também em 2012, o TJ de São Paulo manteve sentença que reconheceu a responsabilidade do ex-coronel pela tortura de César Augusto Teles, Maria Amélia de Almeida Teles e Criméia Alice Schmidt de Almeida. Em 2014, o Superior Tribunal de Justiça decidiu que Ustra poderia ser responsabilizado por danos morais decorrentes de tortura. 

O caso da tortura da família Teles mostra a crueldade das sessões comandadas por Ustra. Maria Teles foi submetida a espancamentos. Seus filhos, à época com 5 e 4 anos, foram levados a uma sala, onde a mãe encontrava-se “nua, vomitada, urinada”, segundo relato da vítima. Ela foi submetida a choques na chamada Cadeira do Dragão, uma espécie de “cadeira elétrica caseira” usada pelos militares em sessões de tortura. Maria Teles também viu seu marido, Carlos Nicolau Danielli, ser torturado e assassinado no Doi-Codi. 

Os dois casos ensejaram ações de danos morais com indenização para familiares das vítimas. Por causa da Lei de Anistia de 1979, ainda não há uma punição penal ao ex-torturador. Em 2015, a Justiça rejeitou uma denúncia contra Ustra pela tortura e morte de Danielli. 

O Ministério Público Federal de São Paulo havia entrado com uma denúncia criminal contra o ex-coronel. Para a instituição, os fatos apurados são classificados como delitos de lesa-humanidade e os sequestros cujas vítimas não tenham sido localizadas seriam crimes de natureza permanente. Dessa forma, tais crimes não poderiam ser alcançados pelos benefícios da anistia ou da prescrição. A interpretação do MPF ainda não foi acolhida por magistrados, que recorrem à Lei da Anistia para barrar punições dessa natureza. 

Durante os trabalho da Comissão da Verdade, que resultaram em denúncias criminais apresentadas pelo Ministério Público, o ex-procurador-geral da República Claudio Fonteles apresentou documento oficial que aponta a ocorrência de 50 mortes de presos no DOI-Codi entre 1970 e 1975, quando o órgão era comandado por Ustra. 

Em seu depoimento à Comissão, Ustra não mostrou qualquer remorso pelas torturas e mortes daqueles anos. “Estávamos conscientes de que estávamos lutando para preservar a democracia e estávamos lutando contra o comunismo”, afirmou, omitindo o fato de que o Brasil não tinha eleições democráticas para o Executivo no período.

Ele afirmou ter sempre agido “dentro da lei e da ordem”. “Nunca fui um assassino, graças a Deus”. Não é o que os depoimentos, laudos, relatórios e documentos oficiais mostram. 

Fonte: CartaCapital

PT subestimou poder do WhatsApp na campanha, admite Gleisi Hoffmann

A cerca de dez dias do segundo turno das eleições, a presidente do PT, senadora Gleisi Hoffmann, admitiu que o partido subestimou o poder do WhatsApp na campanha presidencial. Em conversa com a imprensa nesta quarta-feira, a petista disse que o partido não se preparou para enfrentar Jair Bolsonaro (PSL) neste segmento da comunicação, no qual o adversário construiu uma relação “direta” com a população, de acordo com avaliação da senadora paranaense.

“Ele (Bolsonaro) utilizou de outros instrumentos para se comunicar direto com o povo, essa coisa das redes sociais e principalmente o WhatsApp, o levou a se comunicar (direto). Eu diria que a comunicação popular do Bolsonaro é organizada, orquestrada e construída, diferente do Lula que é um líder popular nato. O Bolsonaro construiu isso”, disse. “A gente já tinha isso mais ou menos no radar, por conta da campanha do (Donald) Trump, mas não nos preparamos devidamente. Aí tem um erro do PT, de termos subestimado – não as forças das redes sociais tradicionais, nós disputamos bem (nesse campo). Não nos preparamos para esta questão do WhatsApp”, explicou.

Apesar de admitir essa fraqueza da campanha de Fernando Haddad (PT), Gleisi ainda mantém o discurso de que é possível ganhar no segundo turno. Ela afirmou também que, passado o pleito, as forças progressistas precisam se reunir para avaliar como resistir aos retrocessos que serão apresentados no Congresso Nacional.

“Nós temos que voltar a conversa (forças progressistas). Já tinha um fórum de conversa entre os partidos, isso tem continuado. Fizemos a reunião lá no PSB (na segunda-feira). Passada a eleição, temos que fazer avaliação das forças no Congresso Nacional, das forças que estão aqui. Teve uma bancada conservadora grande que foi eleita, isso vai ter impacto nas decisões da Casa. Acho que a bancada mais popular e progressista tem que se organizar, para poder resistir e fazer enfrentamento”, argumentou.

Uma das preocupações da senadora petista é com a prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condenado no âmbito da Operação Lava Jato. Gleisi admite que quanto mais forças os “conservadores” tiverem, mais difícil será a libertação do petista.

“Não quero contar com essa hipótese (Bolsonaro vencer), mas obviamente que as forças do atraso vão fazer de tudo para que Lula não seja solto. E quanto mais poder essas forças tiverem, mais difícil vai ser Lula ter liberdade porque é quase um troféu para as forças conservadoras. Se eles têm como proposta programática destruir o PT, obviamente vão dificultar o máximo (a soltura de Lula) e vão para cima do Poder Judiciário”, disse.

Fonte: Estadão

Bolsonaro tem 60,9% e Haddad, 39,1%, aponta pesquisa

Segundo pesquisa Crusoé/Paraná, divulgada nesta quarta-feira, Jair Bolsonaro (PSL) tem 60,9% dos votos válidos, contra 39,1% de Fernando Haddad (PT). A margem de erro é de 2 pontos percentuais para cima ou para baixo.

Ainda de acordo com o levantamento, 9,4% dos eleitores dizem não votar em nenhum dos dois, enquanto 3,8% afirmam estar indecisos.

A pesquisa foi realizada pelo Instituto Paraná Pesquisas entre 14 e 17 de outubro com 2.080 entrevistas em 162 municípios. O nível de confiança é de 95%. O registro no TSE (Tribunal Superior Eleitoral) é BR-04446/2018.

Fonte: IstoÉ