Bolsonaro arrecada quase 10 vezes mais que Haddad com ‘vaquinha’

Fernando Haddad, do PT, e Jair Bolsonaro, do PSL, não são apenas radicalmente opostos nas ideias. A prestação de contas dos candidatos à Presidência no segundo turno mostra diferenças significativas de receita para custear campanhas.

Enquanto o primeiro conta principalmente com repasses do fundo especial de financiamento, o segundo tem no financiamento coletivo seu grande trunfo, ao arrecadar quase 10 vezes mais que o petista por meio da chamada vaquinha on-line, que reúne doações de pessoas físicas em uma mesma plataforma.

Enquanto Hadddad recebeu 296 mil reais de uma empresa de financiamento coletivo, Bolsonaro arrecadou mais de 2,1 milhões por meio da modalidade, regulamentada nesta campanha como exceção após a proibição das doações empresariais de campanha pelo Supremo Tribunal Federal.

A candidatura de Haddad arrecadou mais de 30 milhões de reais até o momento, bancada quase exclusivamente com recursos públicos do fundo especial de financiamento. Dos 32.116.237 reais recebidos até o momento, mais de 99% veio de repasses da direção nacional do PT: 32.112.987 reais.

Por ter eleito uma das maiores bancadas do Congresso em 2014, o PT recebeu 212,2 milhões de reais do fundo. Até o momento, repassou cerca de 15% deste valor a Haddad.

Com número bem inferior de parlamentares na atual legislatura, o PSL amealhou pouco mais de 9 milhões de reais do fundo. O valor será significativamente maior a partir dos próximos quatro anos, ao se considerar que o partido de Bolsonaro elegeu 52 deputados, a segunda maior bancada da Câmara.

Como o PSL tem menos recursos públicos, a campanha do ex-militar também tem se mostrado muito mais modesta em relação aos valores declarados. Bolsonaro diz ter recebido 2,5 milhões de reais até o momento. Desta quantia, 2,1 milhões teriam vindo de uma empresa que administra as doações de pessoa física por meio de uma plataforma de financiamento coletivo. Apenas 339 mil reais vieram da direção nacional do partido, ou 3,7% de todo o valor destinado ao PSL pelo fundo especial.

Fonte: CartaCapital

‘O golpe atrapalhou tudo’, diz Fernando Haddad sobre rejeição ao PT

Durante entrevista ao programa Pânico, Fernando Haddad analisou a rejeição ao PT nos últimos anos. Para o candidato do PT, “o golpe atrapalhou tudo”.

O ex-prefeito de SP disse que o “problema é o que aconteceu depois de 2014“,  mas reconhece que a então presidente Dilma Rousseff errou no final de seu primeiro mandato. “Dei entrevista criticando algumas medidas, por exemplo a desoneração de alguns setores provocou um problema nas contas públicas”, lembrou.

“O problema todo é que depois que ela ganhou quando ela foi corrigir o que estava errado, o pessoal começou a bombardear, sabotar até tirar ela do poder. Você assume a responsabilidade por certos equívocos? Assumo, mas sempre incluo que o Aécio e o Eduardo Cunha não pensaram no País, pensaram neles próprios para chegar no poder”, afirmou Haddad.

Haddad, então, traçou um diagnóstico do PSDB: “Se não fosse esse lance de 2014, provavelmente o PSDB hoje teria grandes chances de ganhar a eleição. O que aconteceu com o PSDB [hoje]? Ele acabou”.

Fonte: Jovem Pan

Após criticar o PT, Cid Gomes diz que ‘Haddad é infinitamente melhor que Bolsonaro’

Um dia após fazer críticas ao PT, o senador eleito Cid Gomes (PDT-CE) disse no Facebook que o candidato do partido à Presidência, Fernando Haddad, “é infinitamente melhor que o Bolsonaro”.

“Comparei os dois nomes que estão no 2º turno. O Haddad é infinitamente melhor que o Bolsonaro. Eu não quero me vingar de ninguém. Para o Brasil o menos ruim é o Haddad. Por isso penso que seria melhor que ele ganhasse”, escreveu Cid, que é irmão do terceiro colocado na disputa presidencial, Ciro Gomes (PDT).

Em Fortaleza, na noite dessa segunda-feira (15), Cid recebeu vaias ao dizer, durante um evento de apoio a Haddad, que o PT deveria fazer um “mea culpa” e que, se não fizer isso, será “bem feito perder a eleição” para Jair Bolsonaro (PSL). O senador eleito também afirmou que o partido “criou” Bolsonaro.

Ainda assim, ele fez elogios a Haddad durante o evento. “Eu conheço o Haddad, é uma boa pessoa, tenho zero problemas de votar no Haddad, é uma boa pessoa, mas fica algum companheiro do PT que me suceda aqui na fala, se quiser dar um exemplo para o país, tem que fazer um ‘mea culpa’, tem que pedir desculpas, tem que ter humildade de reconhecer que fizeram muita besteira”, declarou.

Segundo o colunista Gerson Camarotti, o vídeo com as críticas de Cid Gomes causou forte desconforto à campanha de Fernando Haddad. O candidato do PT à Presidência esperava um gesto de apoio de Cid e de Ciro Gomes (PDT), que viajou para o exterior.

Fonte: G1

Ibope: eleitor vê Bolsonaro como representante de ricos e empresários; Haddad, de pobres e aposentados

A primeira pesquisa Ibope voltada para o segundo das eleições, divulgada nesta segunda-feira (15), mostra que o presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) é visto pela maioria do eleitorado como representante dos interesses dos ricos, dos bancos, dos jovens e dos empresários. Já o adversário na disputa pelo Planalto, Fernando Haddad (PT) tem a imagem mais associada à defesa dos pobres, dos trabalhadores dos aposentados e das mulheres.

Questionados pelo instituto sobre “quem representa melhor os interesses” de dez setores da sociedade, 65% dos entrevistados responderam “Bolsonaro” quando questionados a respeito dos mais abastados — Haddad registrou 22%. O candidato do PSL teve o percentual aumentado entre eleitores que ganham mais de cinco salários mínimos, visto por 70% como mais favorável à elite.

Visto pela maioria dos eleitores como defensor dos pobres, o petista fica à frente de Bolsonaro por 48% a 37%. Entre entrevistados com até um salário mínimo de renda, o porcentual do ex-prefeito de São Paulo chega a 62%.

Bolsonaro lidera a pesquisa de intenção de votos com 18 pontos de diferença de Haddad: o capitão da reserva soma 59% dos votos válidos (ou seja, aqueles que não consideram brancos, nulos e abstenções) contra 41% de Haddad.

Fonte: Yahoo Notícias