Estamos iniciando o mês de março, mês que se comemora o dia internacional da mulher, uma data marcada por luta, sofrimento e morte, mas que nos deixou grandes lições. E por isso vamos abordar um tema muito importante para todos que acompanham o blog, “O perfil da mulher na contemporaneidade”.
Desde as primeiras civilizações que homens e mulheres, de maneira geral, exerciam papéis diferentes na sociedade, e com o tempo a mulher foi conquistando e consolidando seus direitos. Na verdade sabemos que existem vários papeis, mas os espaços são limitados, pois mesmo ela tendo conquistado esses direitos, ainda há resistência por parte de colegas de trabalho, e as mesmas sofrem alguns preconceitos, principalmente em cargo de chefia. Uma grande atitude feminina é que a mulher, hoje, consegue decidir muito melhor o que quer. Por exemplo, atualmente a mulher tem mais domínio sobre seus desejos, a começar pelo casamento e maternidade, ela que agora tem liberdade de escolher se quer, ou quando quer determinada condição de vida, inclusive a de querer dedicar-se exclusivamente a ficar em casa e cuidar da família, desde que seja uma decisão dela, por opção e não mais por imposição ou mesmo obrigação. Aquela imagem da mulher submissa que tem como a sua única atividade a função de ser do lar, que possuía condição exclusiva de ser a esposa perfeita, a mãe cuidadora e a dona de casa exemplar, foi sendo vencida pelo desejo de mudança que a mulher foi adquirindo.
E os costumes repassados da maternidade e casamento deixaram de ser prioridade. Mesmo com vestígios do passado, hoje a mulher tem uma nova visão, sabe como cumpri uma tríplice jornada de trabalho, entre casa, trabalho e família, e ainda sofre com as oscilações mensais, sem perder o foco. E dessa forma, elas precisam mostrar competência, agilidade, instrução e estudo para ocupar cargos ainda muito disputados pela figura masculina. No entanto, assim como as conquistas, vieram também novos obstáculos para a mulher contemporânea, entre eles, a dificuldade de conciliar as atividades no trabalho e na vida familiar, a necessidade de priorizar a atividade profissional em detrimento da vida pessoal, assim dificultando desempenhar com excelência tantos papéis a ela intitulados como o de ser mãe, profissional, esposa, dona de casa entre outros. Algumas mulheres, devido a sua função ou cargo ocupado, tiveram a necessidade de incorporar algumas atitudes antes tidas como exclusivamente masculinas, tais como a força, a frieza racional e a dureza nas decisões, para que de certa forma fossem valorizadas na esfera profissional. Isso não implica que a sua sensibilidade interior seja perdida, mas é uma questão de sobrevivência e defesa em meio a uma sociedade onde o machismo ainda é muito explicito. Esse tema não se limita aqui, ainda há muito que ser dito sobre este assunto, há muitas conquistas a serem vencidas, como a luta pelo direito de muitas escolhas, que ainda tramitam nas instâncias jurídicas. Discutir temas atuais que envolvam assuntos como os direitos das mulheres tais como a sua sexualidade, o aborto, a mudança de sexo, enfim, assuntos que ainda são muito polêmicos para determinadas sociedades cheias de regras moralistas. Bem diferente das causas masculinas. No entanto é uma questão de tempo e consciência para que as pessoas aprendam a respeitar todas as escolhas e decisões não só das mulheres, mas de qualquer pessoa. E que entre as mulheres prevaleça o sentimento de Sororidade. Dessa forma, que a mulher do século XXI conquiste cada dia mais seu espaço como empreendedora, independente, qualificada e confiante.
Por Sara Carvalho – Acadêmica do Curso de Serviço Social da Universidade Federal do Tocantins