Conselho de Psicologia sobre ‘Outro Lado do Paraíso’: desserviço

O Conselho Federal de Psicologia (CFP) divulgou nesta segunda-feira uma nota criticando a abordagem da novela da Globo O Outro Lado do Paraíso dos temas abuso sexual e saúde mental. “O Conselho Federal de Psicologia entende que a telenovela, por se tratar de uma obra capaz de formar opinião, presta um desserviço à população brasileira ao tratar com simplismo e interesses mercadológicos um tema tão grave como o sofrimento psíquico de personagem cuja origem é o abuso sexual sofrido na infância”, diz a nota, publicada no site do órgão.

Na trama de Walcyr Carrasco, o assunto é tratado na história de Laura (Bella Piero), uma jovem que sofreu abuso sexual do padrasto, Vinícius (Flávio Tolezani), quando era criança. Recém-casada com o médico Rafael (Igor Angelkorte), Laura não consegue se sentir plenamente confortável com o marido por causa do abuso que sofreu.

Na semana passada, a mocinha do folhetim, Clara (Bianca Bin), conversou com a garota e sugeriu que ela procurasse a advogada Adriana (Julia Dalavia), que consegue acessar as memórias reprimidas de uma pessoa usando técnicas de coaching e hipnose. Coaches são profissionais que orientam seus clientes na vida pessoal e profissional, ensinando-os a subir na vida e a desenvolver determinadas características de sua personalidade, por exemplo.

A nota do CFP critica a maneira como a Globo tratou a história. “São as novelas da Rede Globo que, como estratégia de elevar a audiência, frequentemente buscam embaralhar as barreiras do ficcional e do real”, continua o texto. “É consenso no Brasil de que pessoas com sofrimento mental, emocional e existencial intenso devem procurar atendimento psicológico com profissionais da Psicologia, pois são os que tem a habilitação adequada.”

“Saudamos como positiva a manifestação de diversos grupos e escolas de coaching, que, manifestando-se sobre o ocorrido, afirmaram compreender que os transtornos mentais devem ser cuidados por profissionais da saúde mental”, continua a nota. “O CFP faz um alerta à sociedade para que não se deixe iludir. As pessoas devem buscar terapias adequadas conduzidas por profissionais habilitados para os cuidados com a saúde, particularmente a saúde mental.”

Procurada, a assessoria de imprensa da Globo não se manifestou sobre o assunto até a publicação desta nota.

Fonte: VEJA

Homem engravida a filha de 19 anos e eles querem se casar

Um homem de 42 anos e sua filha de 19 estão enfrentando uma acusação de incesto após planejarem se casar, segundo informações. A relação entre ambos já resultou em um filho.

Steven Pladl mora no Condado de Wake, na Carolina do Norte, Estados Unidos. Ele entregou a sua filha, Katie Pladl, para a adoção quando ela ainda era bebê. Segundo as autoridades, ele contatou a garota por redes sociais quando ela completou 18 anos.

Katie foi viver com seus pais biológicos e seus dois filhos perto de Richmond, Virgínia, em agosto de 2016. O casal se separou legalmente três meses depois, de acordo com a WNCN.

A ex-esposa de Steven, que não teve a identidade revelada, disse que o seu marido estava dormindo no quarto de Katie meses antes dela sair de casa. Ela ainda leu no diário da garota que ela estava esperando um filho de seu pai.

Segundo o mandato de prisão, ele ainda teria dito para seus outros filhos chamarem Katie de ‘madrasta’.

Fonte: Diário Online

Fux pede redistribuição de ação de Dodge contra voto impresso

O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF), se declarou suspeito e pediu nesta segunda-feira, 5, que seja distribuída para um outro integrante da Corte a ação direta de inconstitucionalidade ajuizada pela Procuradoria-Geral da República (PGR) contra a implantação do voto impresso nas próximas eleições.

Para justificar o pedido de redistribuição, Fux ressaltou que assumirá a presidência do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nesta terça-feira, 6. Segundo o Estadão/Broadcast Político apurou, o combate às fake news e a implantação do voto impresso estão entre as principais preocupações do ministro.

“Nos termos do artigo 145, inciso IV e parágrafo único, do Código de Processo Civil, declaro-me suspeito por motivo de foro íntimo, bem como por ter interesse no julgamento do processo, na qualidade de presidente eleito do Tribunal Superior Eleitoral. Devolvam-se os autos à Presidência, para fins de redistribuição do feito. Publique-se”, escreveu Fux em sua decisão nesta segunda-feira.

Retrocesso

A procuradora-geral da República, Raquel Dodge, entrou com uma ação no STF contra a implantação do voto impresso nas próximas eleições. De acordo com Raquel, a impressão do voto representa risco “à confiabilidade do sistema eleitoral, fragilizando o nível de segurança e eficácia da expressão da soberania nacional por meio do sufrágio universal”.

Para a procuradora-geral da República, a reintrodução do voto impresso “caminha na contramão da proteção da garantia do anonimato do voto e significa verdadeiro retrocesso”. Por isso, Raquel Dodge pede a concessão de medida cautelar para suspender a implantação da medida.

Fonte: Agência Estado

Prazo para votar Previdência é “fevereiro, e ponto final”, diz Rodrigo Maia

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou ontem (5) que concorda com o relator da reforma da Previdência, Arthur Maia (PPS-BA), segundo o qual a proposta precisa ser apreciada em fevereiro e que o adiamento do prazo pode acabar com a expectativa de aprovação do texto ainda neste ano. Na tarde de ontem, após participar de reunião com governadores, Maia defendeu a discussão de outros temas, entre eles a segurança e formas de resolver os problemas fiscais dos estados.

“Se a gente ampliar prazo, não vota nada. Então, o prazo é fevereiro, e ponto final. Eu acho que tem tempo. Todo mundo tem clareza do seu problema fiscal, todos os governadores. Os parlamentares também têm clareza da necessidade da reforma, com todas as dificuldades”, disse o presidente da Câmara, depois da sessão solene de início dos trabalhos legislativos.

Segundo o presidente da Câmara, a semana posterior ao Carnaval será o período da “solução”. Enviada pelo governo, a proposta de emenda à Constituição (PEC) está prevista para ser lida em plenário a partir do dia 19, quando o relator Arthur Maia acredita que os parlamentares já estarão esclarecidos sobre o conteúdo do texto. Mais cedo, Rodrigo Maia havia negado a intenção de retirar a proposta de pauta antes deste prazo.

“Vamos construir a solução a partir do dia 19, 20. Em relação a isso, estou otimista: a gente vai conseguir uma solução. A gente vai trazer os governadores para resolver com eles a questão da Previdência dos estados”, acrescentou o parlamentar. Segundo Rodrigo Maia, na reunião, os governadores falaram sobre  a possibilidade de criação de um fundo como forma de ajudar a garantir o equilíbrio fiscal nas contas dos estados.

“A proposta é deles, a ideia é tentar pensar, nas próximas semanas, em algumas soluções para que melhore a questão fiscal dos estados e da União”, disse Maia. “Eu respondi aos governadores que tínhamos que pensar soluções em algumas áreas que pudessem garantir temas com alguma convergência. A previdência da União e a dos estados estão dentro desses temas.”

De acordo com Maia, a proposta discutida com os governadores não dependeria de alterações na Constituição, conforme prevê o texto da PEC em discussão na Câmara. As mudanças serviriam como complemento para a proposta do governo. “Não adianta mais ficar organizando apenas soluções de curto prazo para o fluxo de caixa dos estados. Não ter mais [recursos da] repatriação [de ativos no exterior], PEC do Precatório etc. As alternativas para garantir fechamento do caixa estados e municípios estão acabando.”

Fonte: Agência Brasil

Marqueteira diz que recebeu R$ 10 mi em caixa 2 na reeleição de Lula

A marqueteira Mônica Moura, responsável ao lado do marido, João Santana, pelas últimas três campanhas presidenciais do PT (Partido dos Trabalhadores), afirmou nesta segunda-feira (5) que recebeu R$ 10 milhões em caixa 2 durante a campanha de reeleição do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2006.

Mônica, que prestou depoimento ao juiz federal Sérgio Moro, destacou que o valor corresponde mais da metade do total de R$ 18 milhões pagos por toda a campanha.

— O valor total da campanha [de 2006] foi mais ou menos entre R$ 18 milhões e R$ 20 milhões. Cerca de R$ 10 milhões em caixa 2 e R$ 8 milhões em oficial.

Questionada se não havia tido um debate a respeito do uso de caixa 2 após o escândalo do mensalão, a marqueteira disse que seu marido teve conversas sobre o tema com nomes ligados ao PT.

— A imagem do presidente Lula estava extremamente abalada naquele momento e existia o prognóstico de que ele jamais conseguiria se reeleger. […] Durante algum tempo ele [João Santana] conseguiu dizer que não iria fazer assim [com caixa 2], mas depois você acaba aceitando.

Foi também na campanha de 2006 que Mônica alega ter tido o primeiro contato com o Grupo Odebrecht. Ela conta que a empreiteira pagou uma parte dos recursos para campanha do ex-presidente no Brasil e outra em uma conta que ela o marido mantinha na Suíça.

— Daí em diante, todas as campanhas que fizemos, não só pelo PT, tivemos esse tipo de pagamento. A maioria das vezes com a Odebrecht colaborando com os partidos.

A marqueteira reitera ainda que a decisão em realizar os pagamentos em caixa 2 era uma decisão “absolutamente” dos partidos.

Fonte: R7