Cheguei a esta terra do coronel Veremundo Soares – filho de um padre e um visionário na área empresarial – da agricultura à produção de óleo vegetal, ainda menino.

E fui muito bem recebido pela minha avó paterna (mãe do meu pai, o tenente José Freire), que todos tratávamos por Mãe Naninha, uma excelente criadora de bodes e cabras.

Mulher valente e corajosa que criou cinco filhos no tempo em que não existiam médicos nem parteiras. Aliás, nos Grossos – que hoje pertence ao município de verdejante (ex-distrito de Salgueiro) quem resolvia os partos era uma excelente figura humana chamada de Mãe Zefa Preta, que deve ter realizado mais de mil partos durante meio século de trabalho voluntário.

Pois bem, iniciei minha luta político-ideológica e profissional na famosa Escola Artesanal, algo extraordinário para a educação e encaminhamento dos jovens à aprendizagem artesanal, nas áreas de carpintaria e serralharia. Mas chegou alguém que entendia demais no Estado e exterminou a rede das escolas artesanais.

Mas foi no Ginásio Alberto Soares – depois Dom Malan, que também foi extinto (é sempre assim !!!!) que a luta começou e se expandiu para sempre.

Criamos o Jornal o Estudante (para começar a luta através do jornalismo), trabalhei no DNER, passei dez anos no Diário de Pernambuco, atuei como editor na Emissora Rural de Petrolina, repórter e plantonista na Rádio tamandaré, no Recife, fundei e dirigi a Sucursal do JC em Petrolina e hoje mantenho a Folha do Sertão, agora com 16 anos de circulação.

A militância política começou ainda no final da década dos anos 60, pelo velho MDB – hoje comandado por figuras que não merecem o voto de nenhum trabalhador brasileiro. Fundei, junto com outros bravos companheiros o Partido Socialista Brasileiro-PSB, sendo, inclusive, o primeiro presidente da legenda em Salgueiro.

Apesar de tudo o que acontece de ruim no Brasil, Pernambuco, no Sertão e de modo particular em Salgueiro, jamais deixarei este município que serviu de base (como se fosse uma metrópole inspiradora das ideias e da luta pela democracia) por nada neste mundo!

Hoje, o que se vê (de forma atravessada e rude) na política do nosso município, são figuras despreparadas, egoístas, subservientes e, sobretudo, incompetentes e seriamente  comprometidas com um “projeto sem rumo e sem futuro”.

Enquanto a juventude de Salgueiro e meia dúzia de cidadãos comprometidos com o futuro do nosso município não tomarem uma posição séria, continuaremos passando vergonha e vexames por conta de tudo que acontece de ruim na administração pública de Salgueiro.

Quando não é uma família de gulosos montada no poder, defendendo seus interesses pessoais e de grupos, é um conjunto de despreparados que não têm passado e dificilmente terão sucesso na condução da administração pública, com a seriedade, respeito e competência que todos merecemos.

Mas existem culpados em tudo isso: a maioria dos eleitores que aceitou que o “jogo de cartas marcadas” contribuísse para esta situação complicada. E de incerteza.

Espero que o advento de um Ano Novo possa inspirar as almas santas benditas para que possamos levantar a cabeça e ter firmeza e muita coragem para mudar de verdade e acabar com este “mar de precariedade e incompetência”.

Feliz Natal para os desempregados e envergonhados por votarem errado (há muito tempo); para os doentes sem hospital e sem remédio e os trabalhadores rurais que passam sede e não produzem para sua subsistência.

Rezem, paguem os dízimos (se quiserem) mas exijam que os ensinamentos de Cristo se materializem em todos os templos, na defesa de uma vida digna para todos os filhos de Deus.

Salgueiro haverá de dar a volta por cima porque o povo é forte, madeira de lei que “enverga mas não quebra”!!!!