Sérgio Moro é vaiado em encontro de procuradores municipais

O juiz federal Sérgio Moro, da Operação Lava Jato, foi vaiado na terça-feira (21), durante um evento de procuradores municipais, em Curitiba, no Paraná. Segundo o site Paraná Portal, quando o nome do magistrado foi confirmado, um grupo de 72 procuradores chegou a endereçar um documento à Associação Nacional dos Procuradores Municipais (ANPM) para manifestar insatisfação.

Segundo os procuradores que protestaram contra o juiz, a ideia não era vaiar ou fazer um ato barulhento, mas as faixas que seriam levantadas durante a fala de Moro foram apreendidas na entrada do evento.

Procurador municipal de Fortaleza e ex-presidente da Associação Nacional dos Procuradores Municipais, Guilherme Rodrigues disse ao portal que houve um movimento orquestrado por parte da organização do evento para que as vozes dissonantes fossem abafadas.

“Se não podia mais desconvidar um juiz que é um juiz polêmico, que dividiu a categoria, se não meio a meio, que trouxe insatisfação, nós pedimos para que fizessem um contraponto. Ouvisse uma opinião do mesmo tema, com uma outra visão. Nós sugerimos, inclusive, o ex-ministro da Justiça, Eugênio Aragão. Para nós, a negativa do convite nos deu a certeza de que aqui foi armado um palco que na verdade não é de combate a corrupção”, afirma. “Não se combate a corrupção combatendo direitos fundamentais”.

Fonte: Jornal do Brasil

Quem é o grupo que pode lançar Luciano Huck à presidência em 2018

Um encontro improvável. É assim que integrantes do movimento Agora! definem sua composição, que abrange gente como o economista Humberto Laudares, assessor parlamentar do senador Tasso Jereissati (PSDB),o ex-secretário de Justiça da gestão Dilma Rousseff (PT) Beto Vasconcelos, o herdeiro do grupo Iguatemi Carlos Jereissati Filho e o líder indígena Anapuaka Tupinambá.

Fundado no ano passado, o Agora! diz ter por missão encontrar uma agenda de propostas de políticas públicas com as quais pudessem concordar tanto esquerdistas quanto liberais. Uma ideia ousada em tempos de intensa polarização. Não é por isso, no entanto, que o grupo tem chamado a atenção.

Recentemente, o apresentador da Globo Luciano Huck ingressou no movimento, o que provocou rumores sobre uma possível candidatura presidencial dele. Embora nada esteja ainda decidido e, oficialmente, o movimento trate a possibilidade com cautela, integrantes do Agora! debatem abertamente a possibilidade e já há divisões internas em relação ao assunto.

O grupo foi idealizado pelo cientista político Leandro Machado, pela especialista em segurança Ilona Szabó, próxima ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, e pela sócia da consultoria McKinsey & Company Patrícia Ellen.

Participam ainda Rafael Poço, cofundador da Rede Sustentabilidade, partido de Marina Silva; o diretor do grupo educacional Somos, Eduardo Mufarej; a presidente do grupo Todos Pela Educação Priscila Cruz; o secretário de Assuntos Estratégicos de Michel Temer, Hussein Kalout e o analista político João A. de Castro Neves, da Eurasia Group.

Apesar da amplitude de posicionamentos políticos, a maioria é composta de homens, brancos e ricos – ou de classe média alta – entre 30 e 40 anos.

Em entrevista à BBC Brasil, Leandro Machado reconheceu o problema e disse que o Agora! está trabalhando para aumentar sua diversidade.

“Na verdade o que todos temos em comum é o acesso à educação”, diz Patrícia Ellen, que se formou na USP (Universidade de São Paulo) e mora em Alto de Pinheiros, bairro nobre de São Paulo, mas nasceu no Campo Limpo.

“Você percorre uma distância de 20 quilômetros e a expectativa de vida sobe 20 anos. É uma desigualdade com a qual nos preocupamos muito e uma das nossas principais diretrizes é combatê-la”, conta.

Com a bandeira da redução da desigualdade, o grupo tem algumas premissas básicas, mas ainda não fechou sua agenda completa de propostas. Os assuntos são discutidos um a um e a ideia é ter uma lista de proposições concretas, não um compêndio de boas intenções ou princípios.

“A discussão hoje é muito superficial. As pessoas falam em Estado Mínimo, mas o que é isso? Não aderimos a conceitos prontos. Sim, queremos aumentar a eficiência do Estado, mas ele não pode ser mínimo na segurança pública, na educação – precisa garantir educação de qualidade para todos”, explica Machado.

Boa parte dos membros é formada ou trabalhou em instituições internacionais renomadas. O advogado Ronaldo Lemos, o economista Tomás Lopes Teixeira e a advogada Celina Beatriz Bottino, por exemplo, têm mestrado pela Universidade de Harvard, nos EUA. A econonomista Mônica de Bolle é PhD pela London School of Economics, na Inglaterra. O executivo Rafael Benke já passou pela OEA (Organização dos Estados Americanos) e pela OMC (Organização Mundial do Comércio).

A ideia, segundo o fundador Leandro Machado, é encampar o discurso da renovação política, mas trazendo para o debate pessoas preparadas, e não “aventureiros”. “Ninguém é político, mas todos têm histórico de atuação política. Renovação só pela renovação pode ser pior, se vier uma pessoa despreparada ou mal intencionada”, afirma.

Ronaldo Lemos concorda: “Pessoas que participaram a vida inteira da busca de soluções, não gente que estava em casa jogando videogame e de repente resolveu virar político”.

Fonte: BBC

Moacyr Franco sobre demissão do SBT: ‘Salário era insignificante’

O ator e humorista Moacyr Franco confirmou nesta quarta-feira que foi demitido do SBT. Em um vídeo divulgado em seu canal no YouTube, o ator comentou que a dispensa se deu por corte de custos da emissora de Silvio Santos. “Estranhei um pouquinho, porque meu salário era tão insignificante. Mas se é para colaborar, vamos nós”, disse.

O ator contou que teve seu salário reduzido há cinco ou seis anos. “Fiquei só com 30%, concordei, porque a gente tem que jogar junto”, afirmou. “Brinquei na hora em que me disseram que eu estava fora que eles me contrataram como chefe de cozinha e estavam me usando como lenha. Eu estava muito longe de tudo o que eu podia fazer na casa. Quanto ao salário, não tenho nem como aceitar a brincadeira de que meu salário comprometia o salário dos colegas. Eu ganhava 40.000 reais. É um salário de quem quer trabalhar de qualquer forma.”

O apresentador brincou: “Torço muito para que meus 40.000 reais salvem a economia da emissora. Mas não tenho nada contra, volto quando eles quiserem. Já mandei vários projetos, continuo mandando. Tenho um seriado chamado Cracolândia e Crapulândia, tratando de política, outro que chama República Federativa do Bandido. Eu tenho esperança de que a gente faça algum dia alguma coisa juntos. Eu vou continuar trabalhando”. Franco disse que o SBT permitiu que ele continue como jurado no Programa Raul Gil. “Talvez pinte até um cachezinho.”

No vídeo, Franco também relembrou sua trajetória no SBT, que começou vinte anos atrás, com o programa Concurso de Paródias, e continuou com atrações como Ô… Coitado!, com Gorete Milagres, e A Praça É Nossa, onde ele estava até sua demissão. “O que era para ser uma coisa de alguns meses estava no ar há mais de dez anos”, disse sobre sua participação no humorístico comandado por Carlos Alberto de Nóbrega.

Fonte: VEJA

Aposentadoria integral precisará de quarenta anos de contribuição

O tempo de contribuição necessário para que um trabalhador receba 100% do benefício da aposentadoria será de quarenta anos, segundo a proposta negociada entre governo e parlamentares. A informação foi dada pelo ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, após reunião no Palácio da Alvorada com o presidente Michel Temer e governadores.

O Planalto tenta viabilizar uma reforma mais enxuta em relação ao texto original, aprovado na Câmara em maio deste ano, após resistência dos parlamentares em aprovar o texto. A primeira versão da reforma previa 49 anos de contribuição para se aposentar com o benefício integral.

O valor das aposentadorias é calculado hoje segundo duas fórmulas, em relação à média salarial: a regra 85/95 – que leva em conta a soma do tempo de contribuição e a idade – e o fator previdenciário, que aplica um índice de correção conforme uma tabela baseada também nestes dois critérios.

Meirelles disse que o novo texto da reforma da Previdência terá um efeito fiscal equivalente a 60% da economia prevista originalmente na proposta do governo. O relatório do deputado Arthur Maia (PPS-BA), aprovado na comissão especial da reforma, proporcionaria uma economia de 75% do valor original, que era de quase 800 bilhões de reais em dez anos.

“Nossos cálculos apontam que o novo texto mantém uma economia de cerca de 60% do valor original, que era de pouco menos de 800 bilhões de reais. Ou seja, é um valor substancialmente maior que 50% como vínhamos afirmando. Pode ser um pouco mais ou um pouco menos de 60%, estamos fazendo os ajustes finais”, disse Meirelles ao retornar ao Ministério da Fazenda.

Fonte: VEJA

Fachin transfere para o plenário do STF decisão sobre ação da PGR contra soltura de deputados do RJ

O ministro Edson Fachin decidiu enviar para análise do plenário do Supremo Tribunal Federal a ação que pede a anulação da decisão da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), que soltou os deputados Jorge Picciani, Paulo Melo e Edson Albertassi.

A ação foi apresentada na terça-feira (21) pela procuradora-geral da República, Raquel Dodge. Ainda não há data marcada para o julgamento.

Os três políticos haviam sido presos por determinação do Tribunal Regional Federal da 2ª Região (TRF-2), mas foram soltos por resolução aprovada pela Alerj. Na terça, eles voltaram a ser presos em razão de outra decisão do tribunal.

Na ação, Dodge afirma que a assembleia, excepcionalmente, não deve ter o poder para soltar os deputados e que a Alerj praticou um “ato de força ilegal” ao soltar os deputados sem comunicar ao TRF e sem alvará.

“O fato de a resolução legislativa ter sido cumprida por ordem direta da assembleia legislativa do rio de janeiro, sem expedição de alvará de soltura pelo poder judiciário, é prova eloquente do clima de terra sem lei que domina o estado”, completou dodge.

Para a procuradora, a Constituição permite que a Alerj reveja as prisões, mas ela diz que a situação do Rio é excepcional, diante do “descalabro institucional” vivido atualmente.

Fonte: G1