Fundo eleitoral pode não ser suficiente para gastos de campanha, diz deputado

O relator da reforma política na Câmara, Vicente Cândido (PT-SP) disse ontem (5)  considerar que o valor do fundo eleitoral aprovado anteontem pelos deputados em plenário da Câmara pode não ser suficiente para os gastos das campanhas, mas representa um custo alto para o eleitor. O deputado fez um balanço depois da votação que permitiu a criação e a regulamentação do fundo de financiamento público das próximas eleições.

Quarta à noite, os deputados aprovaram o projeto de origem do Senado que cria um fundo eleitoral composto por R$ 1,7 bi. O chamado Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC) disponibilizará recursos públicos para as campanhas eleitorais a partir de 30% do total das emendas parlamentares e do corte de gastos com propaganda eleitoral no rádio e na TV.

Pelo sistema atual “o fundo é muito pra quem vai pagar, que é o povo brasileiro, e é pouco pra quem vai receber. Porque o sistema atual não combina nem com financiamento público, nem tampouco com privado. Se resolvesse com privado não teria Lava Jato. O que tem que se mudar é o sistema de votação. Ou muda o sistema e baixa o custo da campanha ou será crise permanente com dinheiro público ou privado”, avaliou.

Fonte: Agência Brasil

Jornalista japonesa morre depois de acumular 159 horas extras em um mês

Uma jornalista de 31 anos morreu depois de fazer 159 horas extras de trabalho. Miwa Sado, que folgou apenas dois dias no mês que antecedeu a sua morte, sofreu uma falência cardíaca. Ela trabalhava na sede em Tóquio, Japão, da emissora pública NHK.

O fato aconteceu três dias depois de Miwa cobrir as eleições da assembleia da região metropolitana de Tóquio e as eleições para a câmara alta do parlamento japonês, entre junho e julho de 2013. Só nesta quarta-feira o caso foi tornado público, quando a agência de notícias japonesa Kyodo News divulgou. A NHK alegou só ter revelado a morte agora por respeito à família Sado. A revelação foi feita por um representante da emissora em entrevista ao jornal Japan Times.

O jornal inglês The Guardian afirmou que a morte de Miwa Sado pressionou ainda mais as autoridades japonesas a agirem contra os empregadores que exigem tanto dos funcionários. Historicamente, o Japão é um país onde o equilíbrio entre vida pessoal e laboral praticamente não existe. O elevado número de mortes relacionado a questões trabalhistas é preocupante.

Problema cultural

No Japão, há inclusive um termo para a morte por excesso de trabalho: Karoshi, palavra que surgiu na década de 1970. Segundo um artigo publicado na revista International Journal of Health Services, em 1997, o primeiro caso identificado aconteceu em 1969. O número de casos semelhantes nas décadas seguintes foi tão alto que o termo foi criado. No final da década de 1980, a expressão já era usual na sociedade japonesa.

Caso de 2015 mudou leis

Em 2015, outra morte por excesso de trabalho veio à tona no Japão. Matsuri Takahashi, de 24 anos, se suicidou devido ao estresse causado pela alta carga horária que precisava cumprir. Nas semanas antes da jovem falecer, ela tinha chegado a mais de 100 horas extras.

O caso de Takahashi desencadeou um debate nacional. O primeiro-ministro Shinzo Abe se viu obrigado a debater sobre a rígida cultura de trabalho japonesa, que privilegia os funcionários que mostram dedicação ao permanecer no local de trabalho para além do horário estipulado.

Pouco tempo depois de Matsuri Takahashi falecer, o governo propôs um limite fixo para as horas extras, que não poderão passar de 100, e introduziu penalizações para as empresas que deixem os funcionários ultrapassarem esta barreira. As medidas ainda não são ideais, e críticos apontaram que as propostas continuavam a deixar os trabalhadores em risco.

Fonte: Zero Hora

Brasil para no goleiro e empata com a Bolívia em La Paz

O Brasil não tomou conhecimento da altitude de La Paz, jogou bem, criou várias chances e só não conseguiu vencer a Bolívia na tarde dessa quinta-feira devido a uma grande atuação do goleiro Lampe. Neymar foi o principal jogador da Seleção Brasileira na partida.

Com o empate, o Brasil chega a 38 pontos na liderança isolada e já com o primeiro lugar garantido nas Eliminatórias Sul-Americanas. A Seleção Brasileira encerra sua participação na competição diante do Chile na próxima terça-feira em São Paulo. Já eliminada, a Bolívia faz seu último jogo diante do Uruguai, em Montevidéu.

Goleiro Lampe para o Brasil no primeiro tempo

A altitude combinada com o gramado ruim do estádio Hernando Siles deixou o jogo entre Brasil e Bolívia em velocidade lenta. Ainda assim, a seleção comandada por Tite conseguiu ter as melhores oportunidades do primeiro tempo e só não foi para o intervalo em vantagem pela grande atuação do goleiro boliviano Lampe.

Lampe até deu impressão de que estava pronto para entregar quando logo aos 40 segundos bateu um tiro de meta errado e deu a bola nos pés de Neymar. O craque brasileiro apostou no fator altitude e tentou o chute de longe, mas pegou mal na bola.

A Bolívia conseguiu ameaçar o gol de Alisson apenas duas vezes nos primeiros 45 minutos. A primeira foi aos 15, quando após escanteio ensaiado, a bola chegou a Machado na entrada da área. Livre, o meio-campista boliviano soltou a bomba, mas a bola passou à direita do gol.

Depois disso começou a brilhar a estrela de Lampe. O Brasil criou sua primeira grande chance aos 24 minutos com Neymar. O camisa 10 chutou colocado da entrada da área e só não marcou porque o goleiro boliviano foi perfeito para pular no canto e fazer a defesa.

Logo depois, o Brasil perdeu Thiago Silva por lesão. Marquinhos entrou em seu lugar, o que não mudou o panorama da partida. E a Seleção Brasileira criou mais uma chance aos 32. E novamente com Neymar. Dessa vez, ele invadiu a área e chutou cruzado para nova defesa de Lampe. O goleiro boliviano ainda apareceu bem mais uma vez ao defender chute de Gabriel Jesus, da entrada da pequena área, aos 37.

Quando Lampe não fazia a defesa era a zaga quem impedia Neymar de fazer o gol. Aos 42, o atacante venceu o goleiro boliviano e chutou para o gol, mas Valverde apareceu em cima da linha para tirar de cabeça. Neymar ainda apanhou o rebote e chutou de novo para mais uma vez Valverde tirar quando Lampe já estava batido no lance.

A Bolívia só voltou a levar perigo nos acréscimos do primeiro tempo. E foi sua melhor chance. Aos 46, Bejarano chutou da entrada da área e acertou o travessão de Alisson. A bola ainda voltou para Arce, que conseguiu cabecear, mas o goleiro brasileiro se levantou rápido e fez a defesa.

Brasil baixa o ritmo, mas ainda assim cria chances no segundo tempo

Destaque do primeiro tempo, o goleiro Lampe iniciou o segundo fazendo mais uma grande defesa. Logo aos 2 minutos, Neymar bateu falta para a área, Paulinho desviou e Lampe deu um tapa para evitar o gol. A bola ainda bateu na trave antes de sair pela linha de fundo.

O duelo Neymar x Lampe voltou a acontecer aos 8 minutos. Dessa vez, o camisa 10 viu o goleiro adiantado e tentou a finalização por cobertura, mas pegou mal na bola e Lampe fez a defesa sem muita dificuldade. Aos 15, o lance foi diferente. Dessa vez Neymar acertou em cheio na bola, que passou entre as mãos de Lampe, mas bateu na cabeça do goleiro e mais uma vez o gol brasileiro não saiu.

Com o passar do tempo, a altitude foi pesando para o Brasil. O técnico Tite mexeu na equipe com Willian e Fernandinho nos lugares de Philippe Coutinho e Paulinho.

Mesmo com dois jogadores descansados, a Seleção Brasileira pouco ameaçou o gol de Lampe na reta final da partida. A única jogada perigosa foi com Gabriel Jesus. Após lançamento de Neymar, o camisa 9 cabeceou e ele, Lampe, mais uma vez, pulou para fazer a defesa e garantir o 0 a 0.

Fonte: Correio do Povo

Advogado pede liberdade de Battisti, indiciado pela PF por evasão de divisas

O ex-ativista italiano Cesare Battisti foi indiciado pela Polícia Federal (PF) pelos crimes de evasão de divisas e lavagem de dinheiro após ser preso na quarta-feira (4) pela Polícia Rodoviária Federal (PRF) em uma estrada que liga Corumbá (MS) à Bolívia, em um táxi boliviano.

A informação consta na petição enviada ontem (5) pelos advogados de Battisti ao Supremo Tribunal Federal (STF) para que ele seja solto e não seja extraditado para a Itália. 

Na petição enviada ao STF, a defesa alega que a Polícia Federal, que ficou responsável pela custódia do italiano após ele ser detido pela PRF, inseriu “elementos exagerados e inverídicos” ao auto de flagrante para mantê-lo preso sem justificativa. No despacho em que o italiano foi indiciado, a PF declarou que Battisti portava reais em espécie, US$ 6 mil e 1,3 mil euros, valores que devem ser declarados à Receita Federal antes da saída do país.

Segundo a defesa, o italiano e outras duas pessoas, que foram liberadas, portavam R$ 25 mil, quantia considerada pelos advogados como compatível com a viagem que estavam realizando. Ainda de acordo com a defesa, a PF diz que foi encontrado com Battisti um “pino de plástico com resquício de substância em pó de cor esbranquiçada”, objeto que não estava no veículo.

“O episódio deixa claro haver em relação ao paciente um tratamento diferenciado ao ponto das autoridades policiais terem inserido elementos exagerados e inverídicos no auto de flagrante, apenas para manter o paciente custodiado, gerando enorme repercussão nacional e internacional, com único intento de provocar comoção a favor de sua expulsão do país”, diz a defesa.

A prisão de Cesare Battisti ocorre no momento em que a Itália busca junto ao governo brasileiro a extradição dele. Na quarta-feira (4), após o anúncio da prisão, o ministro das Relações Exteriores da Itália, Angelino Alfano, disse, por meio de uma rede social, que está trabalhando com as autoridades brasileiras para garantir a extradição. Os contatos não são confirmados oficialmente pelo Brasil.

Battisti foi condenado na Itália à prisão perpétua por homicídio quando integrava o grupo Proletariados Armados pelo Comunismo. Ele chegou ao Brasil em 2004, onde foi preso três anos depois. O governo italiano pediu a extradição do ex-ativista, aceita pelo Supremo. Contudo, no último dia de seu mandato, em dezembro 2010, o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu que Battisti deveria ficar no Brasil e o ato foi confirmado pelo STF.

Fonte: IstoÉ

Vigia premeditou ataque à creche para o aniversário de morte do pai

A Polícia Civil de Minas Gerais informou, na noite desta quinta-feira (5), que o vigia que ateou fogo no próprio corpo e em dezenas de pessoas, sendo a maioria crianças, em uma creche de Janaúba, premeditou o crime e teria planejado, simbolicamente, executá-lo no aniversário de morte do pai dele.

O ataque aconteceu na manhã de hoje e deixou 30 vítimas, sendo 26 crianças e quatro adultos. Deste total, quatro crianças e o suspeito morreram. As informações são do Corpo de Bombeiros.

Das 22 crianças e três adultos feridos, nove crianças com queimaduras nas vias aéreas foram levadas para o Hospital Santa Casa de Montes Claros. O hospital recebeu outras três ainda ontem.

Outras seis crianças foram transferidas para Belo Horizonte. Quatro jovens permanecerão no hospital Fundajan, localizado em Janaúba, assim como os outros três adultos machucados — entre eles, a professora Heley Abreu Batista, de 43 anos, que está em estado grave.

Segundo testemunhas, Damião Soares Santos, de 50 anos, teria abraçado as crianças com o corpo em chamas. River Ramos, sargento da Polícia Militar que está na cidade, afirma que o suspeito estava afastado da escola infantil por problemas psicológicos e teria ido à creche para conversar com a diretora. As investigações apontam que, além dos problemas mentais, o vigia e vendedor de sorvetes era obcecado por crianças.

Fonte: R7