O procurador-geral do Equador, Carlos Baca, pediu nesta segunda-feira uma ordem de prisão preventiva para o vice-presidente equatoriano Jorge Glas, acusado em um dos processos judiciais da rede de corrupção da Odebrecht.
Juiz da Corte Nacional do Equador, Miguel Jurado, que preside uma audiência deste processo por associação ilícita, deve decidir nas próximas horas se aceita o pedido da procuradoria-geral. A conta do Twitter da procuradoria-geral informou que Baca realizou o pedido por “encontrar novos elementos de convicção na investigação por associação ilícita” e acrescentou também ter pedido ações legais que proíbam a alienação e a retenção das contas do vice-presidente.
Glas é o funcionário público equatoriano do mais alto escalão sob investigação judicial devido ao caso Odebrecht, mas também são investigados o ex-controlador Carlos Pólit, dois ministros e vários altos funcionários públicos do governo do ex-presidente Rafael Correa (2007-2017).
A empresa brasileira reconheceu ter entregue US$ 33,5 milhões em propina a funcionários públicos equatorianos em troca da concessão de grandes obras públicas.
A situação de Glas tem piorado: no começo de agosto o presidente Lenín Moreno, no poder desde maio, retirou suas funções administrativas por causa das suspeitas de corrupção.
Fonte: Associated Press