Petrobras eleva em 6,1% preço do diesel nas refinarias

Petrobras anunciou nesta quinta-feira (05/01) um aumento 6,1%, em média, no preço do diesel nas refinarias a partir da sexta-feira (06/01), mas manteve inalterados os preços da gasolina. Segundo a empresa, se o ajuste feito hoje for integralmente repassado e não houver alterações nas demais parcelas que compõem o preço ao consumidor final, o diesel pode subir 3,8% ou cerca de R$ 0,12 por litro em média.

Este é o segundo mês consecutivo que o preço do diesel é reajustado pela Petrobras. Em dezembro, contudo, o preço da gasolina também subiu.

“A decisão é explicada principalmente pelo efeito da continuada, embora mais discreta, elevação dos preços do petróleo nos mercados internacionais, pela valorização do real desde a última revisão de preços”, disse a estatal em comunicado. A empresa destaca ainda que as revisões anunciadas hoje refletem movimentos sazonais nas cotações globais dos derivados, com os preços do diesel respondendo a uma maior demanda em função de inverno no hemisfério norte.

A Petrobras reafirma sua política de revisão de preços pelo menos uma vez a cada 30 dias, o que “lhe dá a flexibilidade necessária para lidar com variáveis com alta volatilidade”.

Fonte: Época Negócios

Petrobras e sindicalistas voltam a negociar acordo coletivo de trabalho

Continua o impasse nas negociações entre a direção da Petrobas e os sindicalistas sobre o Acordo Coletivo da categoria que tem data-base em setembro. Depois de as conversas terem sido interrompidas no fim do ano passado – com a Petrobras de um lado pedindo a intermediação do Tribunal Superior do Trabalho (TST) e os petroleiros do outro terem iniciado uma greve um dia antes do Natal –, as partes voltaram a conversar nesta quinta-feira.

Na reunião realizada na manhã desta quinta-feira, com representantes do setor de Recursos Humanos da Petrobras, os representantes da Federação Única dos Petroleiros (FUP) apresentaram as resoluções tomadas no dia anterior pelo do Conselho Deliberativo.

Dentre as principais reivindicações da categoria estão a renovação do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT), que vence em 31 de agosto próximo, por mais um ano até 2018. Outra reivindicação da categoria é a reposição da inflação do período de setembro 2015 a agosto 2016, que foi de 8,97%.

Sobre a proposta da petroleira de redução de jornada semanal de trabalho, com redução de salário e no pagamento de horas extras, a FUP propõe que o assunto seja discutido o pela Comissão de Regime de Trabalho. A Petrobras oferece reajuste de 6% retroativo a setembro e um abono de 2,8% em fevereiro deste ano, não retroativo. Os petroleiros agora aguardam uma nova proposta da estatal.

Fonte: O Globo

Cunha recorre ao STF para tentar reverter cassação de seu mandato como deputado

O ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) entrou com um pedido no Supremo Tribunal Federal (STF) para que seja anulado o processo legislativo que culminou com sua cassação. Ele solicitou à Corte que seja proferida uma decisão imediata para lhe devolver o mandato.

No dia 12 de setembro, os deputados aprovaram, por 450 votos a 10, um parecer do Conselho de Ética da Câmara que determinava a cassação de Eduardo Cunha. Ele foi acusado de ter mentido na CPI da Petrobras, ao ter afirmado que não possuía contas no exterior.

No pedido, protocolado na quarta-feira (4), no STF, a defesa alega que o processo de cassação violou o “devido processo constitucional legislativo”, por ter sido votado em plenário na forma de “parecer” e não de “projeto de resolução”, que seria o instrumento adequado para a cassação de mandato de acordo com o regimento interno, argumentou Ricardo Afonso Branco Ramos Pinto, advogado de Cunha.

Segundo a defesa, a cassação de mandato não poderia se dar por votação de simples parecer, pois este “não é veículo processual apto a permitir o exercício dessa atribuição constitucional, na medida em que limita a manifestação do Plenário a uma vontade binária, aprovação ou rejeição”.

O advogado de Cunha argumenta que por ter sido votado um parecer, não foi possível aos deputados, mesmo que quisessem, deliberar uma pena alternativa a Cunha, como ocorrido no caso do impeachment de Dilma Rousseff, que teve o mandato cassado, mas manteve seus direitos políticos.  

A ação, que pede uma providência em caráter liminar (imediata e provisória), foi distribuída para a relatoria do ministro Ricardo Lewandowski, já responsável por analisar outras ações envolvendo o processo de cassação de Cunha. Devido ao recesso do STF, no entanto, caberá à presidente Cármen Lúcia analisar a necessidade de uma decisão imediata.

Fonte: Último Segundo

PGR decide investigar presídios para avaliar se pede intervenção federal

A Procuradoria Geral da República (PGR) informou nesta quinta-feira (5) ter aberto quatro processos para investigar a situação dos sistemas penitenciários dos estados de Amazonas, Pernambuco, Rio Grande do Sul e Rondônia.

Segundo o órgão, dependendo da avaliação que for feita, poderá até pedir ao Supremo Tribunal Federal (STF) uma intervenção federal nos estados para restabelecer a ordem nos presídios.

Nesta semana, uma rebelião no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), em Manaus (AM), resultou na morte de pelo menos 56 pessoas. O episódio foi classificado pelo governo local como “o maior massacre” do sistema prisional do Amazonas.

“O procurador-geral da República em exercício, Nicolao Dino, instaurou quatro procedimentos administrativos para apurar a situação do sistema penitenciário do Amazonas, Pernambuco, Rio Grande do Sul e Rondônia. O objetivo é colher elementos para eventual propositura de intervenção federal ao Supremo Tribunal Federal (STF) ou de incidente de deslocamento de competência (IDC) – mais conhecido como federalização – perante o Superior Tribunal de Justiça (STJ)”, diz a nota da PGR.

A intervenção afasta a autonomia dos estados para gerir um problema de maior gravidade. Assim, é nomeada uma autoridade que pode tomar medidas independentemente do governador.

Um eventual pedido do tipo pela PGR seria encaminhado para análise do presidente do STF, no caso, a ministra Cármen Lúcia. Caberia a ela pedir a opinião dos órgãos afetados e levar o caso ao plenário da Corte para decisão dos 11 ministros.

Se aprovada, a intervenção federal é decretada pelo presidente da República, que delimitará o prazo e as condições de seu exercício; o decreto precisará depois ser aprovado em 24 horas pelo Congresso.

Fonte: G1