Católicos do Recife homenageiam Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil

O Recife não tem um santuário nacional como a Basílica de Nossa Senhora Aparecida, em São Paulo. Mas não faltarão rezas e missas para a padroeira do Brasil na capital pernambucana. A Paróquia de Nossa Senhora da Conceição Aparecida, no Ipsep, bairro da Zona Sul da cidade, organiza a festa em homenagem à santa há 57 anos. Segunda-feira, no feriado de 12 de outubro, o ritual se repete com procissões e café da manhã comunitário.

Exclusivamente religiosa, a programação começa às 5h, quando as cinco capelas ligadas à paróquia saem em procissão até a Igreja Matriz do bairro, na Praça Aleixo de Oliveira. A caminhada termina com queima de fogos de artifício e logo depois é servido o café comunitário. Padre João Carlos Magalhães Silva, o administrador paroquial, conduz a primeira missa do dia, às 7h.

O bispo auxiliar da Arquidiocese de Olinda e Recife, dom Antônio Tourinho Neto, fará a celebração eucarística das 10h, e o arcebispo, dom Antônio Fernando Saburido, encerra a festividade com a última missa da segunda-feira (12), às 16h. A grande procissão, com a imagem de Nossa Senhora Aparecida, sairá da igreja às 18h e vai percorrer quatro quilômetros de ruas num intervalo de quase duas horas.

De acordo com o coordenador-geral da festa, Antônio Alexandre da Silva, o roteiro é o mesmo de 2014. A romaria parte da Rua Aristides Lobo e segue pelas Ruas Jerônimo Heráclito, Pintor Antônio Albuquerque, Itanagé e Potengi. Passa pela Avenida Jean Émile Favre (até a Rua Hélio Brandão) e retorna para o templo católico.

“Assim que a imagem da santa entrar na igreja, haverá uma queima de fogos de 1.080 tiros”, diz Antônio Alexandre. Dom Fernando Saburido faz a bênção final e frei Damião Silva encerra a Festa da Padroeira com apresentação cultural no palco ao lado da igreja.

Em 2015, por falta de recursos, as barracas para o comércio de lanche não foram cobertas por toldo. “Com a crise que se instalou no País, as ajudas diminuíram. Enviamos 76 ofícios pedindo contribuições para a festa e só conseguimos quatro patrocinadores e o apoio de cinco empresas.”

No domingo (11) pela manhã, estão programadas missa às 8h e uma festa para as crianças (comemorado no mesmo dia das santa, 12 de outubro) às 10h. Haverá outra missa às 19h30 e apresentação de frei Rosivaldo Torres e Banda, às 21h.

Fonte: JC Online

Mais de 150 mil protestam em Berlim contra acordo comercial entre UE e os EUA

Mais de 150 mil pessoas protestaram neste sábado em Berlim contra o Tratado Transatlântico de Comércio e Investimentos (TTIP), firmado entre os Estados Unidos, a União Europeia (UE) e vários outros países, em uma das maiores manifestações dos últimos anos na Alemanha.

Os organizadores da manifestação, batizada de “Por um comércio mundial mais justo”, também criticavam o acordo econômico e comercial com o Canadá (Zeta). Eles rebataram os números das autoridades locais e afirmaram que 250 mil pessoas participaram do movimento.

A manifestação partiu da estação central de Berlim e percorreu as ruas principais da capital alemã até a Coluna da Vitória, um dos cartões postais do país, passando em frente à sede do governo.

A quantidade de pessoas era tão grande que milhares de manifestantes mal tinham começado a caminhar quando a “linha de frente” da passeata já tinha chegado ao destino final.

Foi a primeira vez que tantos manifestantes foram às ruas na Europa para protestar contra o TTIP, segundo os organizadores. O movimento foi convocado por grupos sociais, ecologistas, sindicatos e órgãos de proteção ao consumidor.

Os críticos dos dois tratados comerciais temem um enfraquecimento das normais europeias e uma deterioração dos padrões ecológicos e sociais, exigindo o fim das negociações com os Estados Unidos e a não ratificação do acordo firmado com o Canadá.

Alguns dos manifestantes estavam fantasiados de coveiros, carregando caixões com inscrições como “Estado social”, “Proteção do meio ambiente” e “Democracia”. Outros levavam cartazes com frases como o “TTIP vai nos transformar em escravos”.

Entre os que discursaram na Coluna de Vitória estava o presidente da Confederação de Sindicatos da Alemanha (DGB), Reiner Hoffmann. Os sindicatos não são contra o comércio mundial, disse Hoffman, mas destacou que “os frutos da globalização sempre estão mal distribuídos”.

Fonte: Terra

Como o capitalismo começa a surgir na Coreia do Norte

O que mais impressiona quando se se dirige rumo á capital da Coreia do Norte, Pyongyang, é a escuridão.

Uma famosa fotografia do país feita por satélite mostra a República Democrática Popular da Coreia como uma mancha negra em contraste com o festival de luzes de neon que é o país vizinho, a Coreia do Sul.

Nas ruas, quando a noite cai, é comum passar por uma série de blocos de apartamentos em que apenas uma luz fraca escapa de pouquíssimas janelas.

Durante o dia, é possível ver pequenos painéis solares em varandas, um indício de como algumas pessoas contornam os serviços estatais e assumem o controle da situação com as próprias mãos.

Essa presença da iniciativa privada no país tem muitas outras facetas. Depois da fome dos anos 1990, a economia começou a mudar.

A população faminta encontrou formas de cultivar seus próprios alimentos e vendê-los. Os mercados privados ajudaram a aliviar uma situação de vida ou morte. Eles existem ainda hoje e são tacitamente permitidos pelas autoridades.

Capitalismo
Um tipo de capitalismo começa a aparecer na Coreia do Norte. Isso quer dizer que algumas pessoas têm dinheiro em mãos para adquirir todo o tipo de bens que entram no país por meio da fronteira ao norte com a China.

Enquanto vem surgindo esta nova forma de fazer negócios, é importante dizer que a Coreia do Norte continua a ser muito mais pobre que outros países, especialmente em relação à Coreia do Sul.

Nem em Pyongyang há fortunas que podem ser comparadas com as de habitantes da capital do país vizinho, Seul.

Mas os sinais de mudança são claros. Uma outra imagem clássica da capital do país – suas ruas largas e vazias, sem qualquer trânsito além daquele de carroças – deu lugar atualmente para cenas de engarrafamentos de carros chineses, além de veículos de outras marcas, como BMW e Volkswagen.

Controle político
O que não mudou foi o nível de controle político. Neste sábado, um grande desfile, com milhares de soldados e exibição de armas e aeronaves, celebrou o 70º aniversário do Partido dos Trabalhadores da Coreia do Norte, que governa o país.

O líder supremo do país, Kim Jong-un estava presente e disse que seu país pode se defender de qualquer guerra iniciada pelos Estados Unidos, em um raro pronunciamento em público.

Tudo foi transmitido pela televisão estatal, que adicionou comentários emocionados enquanto as imagens eram divulgadas.

Depois da passagem dos militares e do armamento pesado, como tanques e mísseis, logo em frente ao palanque onde estava Kim Jong-un, o desfile continuou.

Dezenas de milhares de civis, incluindo estudantes e crianças, dançaram e acenaram para o líder supremo.

Cada jornalista que tenta acompanhar eventos como este ou apenas fazer uma reportagem no país é acompanhado por uma escolta de funcionários do governo, e estes funcionários supervisionam o trabalho dos repórteres com rigor, impedindo qualquer contato com pessoas comuns e também impedindo que os cinegrafistas filmem cenas não autorizadas.

Os visitantes que chegam ao novo e impressionante aeroporto da capital têm seus livros sobre a Coreia do Norte confiscados.

O aeroporto ilustra o dilema pelo qual passa o regime: foi construído para facilitar a chegada de milhões de pessoas que deixam dólares e euros no país, mas as autoridades continuam a desconfiar muito dos forasteiros.

Querem que eles venham e tragam seu dinheiro, mas não suas ideias pertubadoras para que conceitos, como democracia e crenças religiosas como o cristianismo, não “corrompam” seus cidadãos.

Fonte: BBC Brasil

Pior atentado da história turca deixa 95 mortos em Ancara

Ao menos 95 pessoas morreram neste sábado no atentado mais grave da histórica turca, lançado provavelmente por dois suicidas contra uma manifestação pacifista da oposição pró-curda, a três semanas das eleições legislativas antecipadas.

Segundo o gabinete do primeiro-ministro turco, Ahmet Davutoglu, o ataque deixou 95 mortos e 246 feridos, sendo 48 em estado muito grave.

Às 10h04 locais (04h04 de Brasília) duas fortes explosões atingiram os arredores da estação de trem central de Ancara. Ali deveria ser realizada uma manifestação opositora em favor da paz, para denunciar a retomada há três meses do conflito entre as forças turcas e os rebeldes do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK).

A esta hora já estavam reunidas no local as delegações de sindicatos e partidos políticos de esquerda, entre eles o principal grupo pró-curdo do país, o HDP, que chegaram de toda a Turquia para participar da manifestação.

“Ouvimos uma explosão forte e outra pequena. Ocorreu um grande movimento de pânico, e depois vimos cadáveres na esplanada da estação”, declarou à AFP Ahmet Onen, um aposentado de 52 anos.

“Existem provas claras que demonstram que este ataque foi lançado por dois suicidas”, afirmou à imprensa o primeiro-ministro turco, Ahmed Davutoglu, que também anunciou três dias de luto nacional pela tragédia.

Posteriormente, Davutoglu afirmou que as autoridades ainda não receberam nenhuma reivindicação do atentado. No entanto, apontou três movimentos que, em sua opinião, podem ser possíveis autores: o PKK, o Estado Islâmico (EI) e o partido Frente Revolucionária de Libertação do Povo (DHKP-C), de extrema-esquerda.

Fonte: Yahoo

Partidos de oposição defendem afastamento do presidente da Câmara

20151010183515524814aPartidos de oposição defenderam neste sábado (10) o afastamento do deputado Eduardo Cunha, do PMDB, do Rio de Janeiro, da presidência da Câmara.

Documentos da promotoria da Suíça revelaram que dinheiro desviado de contrato da Petrobras abasteceu contas atribuídas a Cunha e teria bancado gastos da família do deputado.

Cinco partidos de oposição unificaram o discurso. PSDB, Solidariedade, PSB, Democratas e PPS querem que Eduardo Cunha se afaste da presidência da Câmara, segundo os partidos, até mesmo para que o deputado possa exercer, de forma adequada, o direito à ampla defesa.

Técnicos da Câmara dizem que não existe a possibilidade de afastamento temporário da presidência, só renúncia.

O ambiente político mudou. DEM e PSDB foram os últimos partidos a adotar um discurso de cobrança. A decisão veio depois da avaliação de que não dá para defender o impedimento da presidente Dilma Rousseff, acusar o governo de corrupção e manter um tom ameno com Eduardo Cunha. Governistas dizem que vão cobrar o que chamam de incoerência do DEM e do PSDB.

A reação da oposição veio um dia depois da revelação do mapeamento de mais de R$ 9 milhões em quatro contas na Suíça de Cunha e da mulher dele, Claudia Cordeiro Cruz. E que o dinheiro pagou até curso de tênis nos Estados Unidos, escola na Inglaterra e cartão de crédito da mulher e de uma filha de Cunha.

“Agora, nós estamos vendo que há um indício muito forte de que ele feriu o decore parlamentar. Isso tem que ser examinado com os documentos que o Ministério Público da Suíça mandou para o Brasil com suas contas particulares e o dinheiro por onde trafegou e por onde andou”, diz o deputado Rubens Bueno, do PPS-PR.

“As coisas se agravaram muito nessas últimas horas. Até então, nós estávamos aguardando os esclarecimentos por parte do presidente da Câmara e a apresentação dos documentos. Com a revelação desses fatos, a situação fica muito difícil e a investigação tem que ser feita com todo rigor com muita profundidade para que se investigue a todos e não apenas a alguns”, defende o senador Cássio Cunha Lima, do PSBD-PB.

Em nota oficial, Cunha negou ter recebido qualquer vantagem de quem quer que seja referente a Petrobras. Negou também que tenha compartilhado qualquer vantagem ou que tenha se utilizado de benefícios para cobrir gastos, incluindo o pessoal. Disse que vai pedir ao Supremo acesso à documentação para que os advogados possam responder.

Cunha acusou o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, de divulgar dados sigilosos, tendo como motivação gerar o constrangimento político. O deputado disse que os dados, por serem desconhecidos, não podem ser contestados. Cunha voltou a afirmar categoricamente que não tem intenção de se afastar nem de renunciar. E mais uma vez falou em viés político do procurador-geral que, segundo Cunha, o escolheu para ser investigado.

Fonte: Jornal Nacional

Linkedin deve R$ 50 mi a usuários; saiba se você tem direito

Pode ser que o LinkedIn lhe deva dinheiro e você nem saiba disso. E pode ser que o site já tenha entrado em contato por e-mail para fazer o pagamento e essa mensagem tenha passado despercebida em sua abarrotada “Caixa de Entrada”.

Talvez valha a pena verificar isso, já que a rede social de contatos profissionais se comprometeu em pagar uma indenização de US$ 13 milhões (R$ 50 milhões) em vez de continuar brigando judicialmente com um escritório de advocacia dos EUA que entrou com uma ação coletiva acusando a empresa de enviar spam aos e-mails de usuários e de seus contatos.

E avisou nesta semana, curiosamente também por e-mail, aos afetados pelo problema.

A culpa por esse deslize do LinkedIn está em seu sistema de adicionar conexões, que permite importar os contatos pessoais de seu e-mail.

O problema começa quando um desses contatos recebe o convite para ser adicionado na rede social, mas recusa. A partir daí, ele passa a receber outros e-mails com o mesmo intuito, mas sem consentimento do usuário original, que, na verdade, não está insistindo em convidar o amigo.

Quem tem direito e quanto pode cobrar

O acordo estabelece que têm direito a reclamar sua parte da indenização todos os usuários que utilizaram o sistema de adicionar contatos entre 17 de setembro de 2011 e 31 de outubro de 2014, segundo o escritório de advocacia responsável pela demanda, o Gilardi & Co.

Cada usuário poderá reclamar no máximo US$ 1,5 mil (R$ 5,8 mil na cotação atual) ao preencher um formulário em que reivindica a indenização.

Porém, é improvável que esse valor máximo seja alcançado, uma vez que o montante total prometido pelo LInkedIn terá que ser repartido entre milhões de usuários.

A rede social tem hoje mais de 380 milhões de usuários.

O acordo estabelece que o site adicionará US$ 750 mil (R$ 2,9 milhões) aos US$ 13 milhões (R$ 50 milhões) já comprometidos com a indenização caso o valor correspondente a cada reclamante não supere os US$ 10 (R$ 38,5), como se prevê.

Ou seja: pelo jeito ninguém vai ficar rico com o acordo – e nem ao menos conseguir pagar umas férias.

O que diz o LinkedIn

A rede social aceitou o acordo, relutantemente, após um tribunal norte-americano entender, em primeira instância, que “os membros consentiram em importar seus contatos e com o envio do convite de conexão”, mas “não consentiram” com o envio das mensagens de lembrete do convite.

O LinkedIn entende que muitas das “acusações eram falsas”, mas decidiu “resolver esse caso” para assim “poder se dedicar” a melhorar o serviço para seus usuários.

Para não ter mais esse tipo de problema, a empresa decidiu tornar a questão mais clara em suas cláusulas de privacidade.

Fonte: BBC