A quem pertence o Estádio Cornélio de Barros?

salgueiroxnauticoFiquei pasmo ao ouvir  em uma emissora de rádio do Recife que o técnico do Náutico “foi proibido” pelo dono do Clube Atlético Salgueiro, o Clebel Cordeiro, de treinar no estádio Municipal Cornélio de Barros Muniz e Sá, em Salgueiro.

Aliás, no comentário o pessoal da rádio disse que o Clebel proibiu o Náutico de treinar no Cornélio de Barros já na partida anterior, tendo o técnico Lisca conseguido um espaço em um campo de propriedade particular, na região rural de Salgueiro.

Ora, pelo que sei, o Cornélio de Barros é  estádio municipal. A praça  de esportes era bem pequena e não dava condições – de acordo com as exigências da Federação Pernambucana de Futebol, para uma representação local disputar o campeonato estadual ou outros
certames, como a Copa Nordeste ou Campeonato Nacional.

O certo é que o governo do Estado, na gestão Eduardo Campos,  fez uma parceria junto à Odebrecht para ampliar o estádio e isso foi feito com a contrapartida de isenção fiscal por parte da Prefeitura Municipal de Salgueiro.

Então,  Clebel Cordeiro não tem nenhuma competência legal, nem do ponto de vista política para barrar o Náutico ou qualquer outra agremiação de treinar no Cornélio de Barros.

O que se sabe é que o, dono do Salgueiro Atlético Clube  recebe dinheiro da Prefeitura Municipal  de Salgueiro para colocar a marca oficial do município nas camisas dos jogadores do seu time.

Isso acontece na terra do coronel Veremundo Soares, que era empreendedor e nunca se meteu nos negócios da coisa pública do município de Salgueiro.

Por Machado Freire

Arcebispo de Olinda e Recife celebra missa na Igreja da Sé

Para comemorar a ressurreição de Cristo, vários fiéis lotaram a Igreja da Sé, em Olinda, onde o arcebispo de Olinda e Recife, Dom Fernando Saburido, celebrou uma missa. O religioso ressaltou a importância deste domingo (5) para a Igreja Católica, além de falar sobre qual o papel que se espera dos cristãos.

“Hoje é um dia de grande alegria, por conta da ressurreição de Jesus e da vitória dele sobre a morte”, afirmou. Durante o sermão, dom Fernando falou sobre a “necessidade de viver uma vida de ressuscitado”.

Em sua mensagem aos fiéis, o religioso lembrou que Maria Madalena, que foi discriminada por ser adúltera e prostituta, foi acolhida por Jesus Cristo e a primeira a dar a notícia de sua ressurreição. “Com isso, vemos que Cristo veio ao mundo para estar ao lado dos pecadores, dos mais necessitados, e é isso o que se espera dos seus discípulos também”, pontuou.

Para dom Fernando, no dia da Páscoa os católicos são convidados a serem mensageiros da boa nova, tal como fizeram seus apóstolos. “Também é uma forma de mudarmos de vida, de termos uma nova postura diante da realidade”, acresentou, citando um trecho do livro de Colossenses. “Quem é cristão de verdade não está preocupado com bens materiais, mas com as questões celestes”.

Para o desempregado João Galdino, as mensagens serviram como uma “renovação espiritual”. Ele pediu paz e conscientização para todo o mundo, e se queixou pelo fato de muitos fiéis não terem comparecido à celebração.

Visivelmente emocionada, a comerciante Fátima Botelho compareceu à missa e pediu orações pela mãe, que morreu no sábado (4) e estava sendo enterrada no mesmo horário da celebração. “Que Deus receba a alma dela. Infelizmente não tive condições financeiras de comparecer ao enterro dela, que está sendo em São Paulo”.

Fonte: Diario de Pernambuco

Operação Zelotes, da Polícia Federal, investiga 24 pessoas

Escutas da Operação Zelotes revelaram como funcionava o susposto esquema de venda de decisões dentro do Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf). Pelo menos 24 conselheiros, ex-conselheiros, advogados e lobistas são investigados.

O conselheiro do Carf Paulo Roberto Cortez é um dos investigados na operação. Um telefonema dele, gravado pela Polícia Federal com autorização da Justiça, aponta indícios da venda de decisões do Conselho. “Tem que acabar com o Carf imediatamente. Tem que fechar aquilo, mudar, vai para o Judiciário, não pode, não pode isso aí. Virou balcão de negócio. É de dar vergonha, cara”, disse ele, em uma ligação.

Segundo as investigações, o esquema de venda de decisões no Carf funcionava assim: conselheiros suspeitos passavam informações privilegiadas de dentro do Carf para escritórios de assessoria, consultoria ou advocacia. Esses escritórios, segundo a investigação, procuravam empresas multadas pela Receita Federal e prometiam controlar o resultado dos julgamentos de recursos. Para isso, além de promover tráfico de influência, o grupo corrompia conselheiros em julgamento de multas e manipulava o andamento dos processos, com a venda de pedidos de vista ou alteração da pauta de julgamentos. Muitas dessas consultorias tinham como sócios conselheiros e ex-conselheiros do Carf.

A polícia suspeita que, em troca dessas facilidades, empresas multadas pagavam altas quantias. Segundo os investigadores, boa parte dos supostos honorários pagos pelas empresas a título de consultoria era, na verdade, propina, que também era repassada para conselheiros e ex-conselheiros do Carf.

De acordo com um relatório da Polícia Federal, em um telefonema Paulo Roberto Cortez e um sócio comentam que um ex-conselheiro teria se corrompido para decidir a favor de um banco. E que chegou a voltar de ônibus de São Paulo para Brasília porque estaria com uma mala cheia de dinheiro, o que chamaria a atenção no aeroporto.

Paulo Roberto Cortez: Entendeu? Você entendeu o espírito da coisa?
Sócio: No aeroporto, como é que vai justificar uma mala cheia de dinheiro?

Em outro trecho gravado, Cortez explica como agia a suposta organização criminosa: “Quem paga imposto é só os ‘coitadinho’, quem não pode fazer acordo, acerto. Eles tão mantendo absurdos lá contra os pequenininho e esses grandões aí tão passando tudo livre, tudo isento de imposto. É só pagar, passa”.

Segundo a Polícia Federal, Cortez foi sócio do advogado José Ricardo da Silva, ex-conselheiro. José Ricardo é filho de Eivany Antonio da Silva, que foi secretário-adjunto da Receita e teve sociedade com o ex-conselheiro Jorge Victor Rodrigues em uma consultoria. Todos são investigados.

Na casa de um outro ex-conselheiro, Leonardo Manzan, os investigadores apreenderam R$ 800 mil. Manzan é genro do ex-presidente do Carf, Otacílio Cartaxo, que também já ocupou o cargo de secretário da Receita Federal e é citado em conversas dos investigados.

As decisões suspeitas reduziram ou anularam mais de R$ 5 bilhões em multas e débitos de empresas.

A defesa do ex-conselheiro Leonardo Manzan declarou que o dinheiro apreendido na casa dele é proveniente de pagamento de honorários advocatícios. A equipe do Jornal Nacional não conseguiu contato com os outros citados na reportagem.

Fonte: Jornal Nacional

Chefe da DH sobre morte no Alemão: ‘Não haverá proteção a ninguém’

Moradores do Complexo do Alemão demonstraram neste sábado, numa manifestação pacífica, que o “silêncio da dor na comunidade grita por paz e justiça”, como se lia num dos cartazes. Depois de 90 dias de intensos tiroteios, com seis pessoas baleadas nas últimas 72 horas — três delas morreram, entre elas o menino Eduardo Ferreira, de 10 anos —, pelo menos mil pessoas participaram da maior passeata pela paz já realizada desde a implementação das UPPs, há quatro anos. Há novo protesto programado para este domingo, às 10h, na Praia de Copacabana, na altura da Princesa Isabel.

Durante o ato, o clima foi de tensão pela presença de mais de 300 policiais militares, apoiados por blindados (caveirões) e um helicóptero, que acompanharam a caminhada, da entrada da Favela da Grota, cruzando a Av. Itararé, até a Praça de Inhaúma. Um grupo de mototaxistas abriu o caminho. Nenhum incidente, porém, foi registrado. No microfone, entretanto, os organizadores do protesto, convocado pelas redes sociais, denunciaram que moradores das partes altas do complexo e da Vila Cruzeiro, na Penha, foram impedidos de descer por PMs, que teriam utilizado gás de pimenta. A assessoria das UPPs negou.

O corpo de Eduardo seguirá neste domingo para o Piauí, onde será enterrado. A mãe do garoto, Terezinha Maria de Jesus, 40, causou comoção ao tentar participar do movimento, mas passou mal e teve que ser retirada logo no início. Ao ver soldados do Batalhão de Choque perfilados, Terezinha não se conteve: “Assassinos! Vocês mataram meu filho, covardes!”, gritou várias vezes em direção à tropa, antes de ser amparada por parentes.

Boa parte dos moradores, com medo de que os conflitos do dia anterior se repetissem, preferiu ficar em casa, mas estendeu lençóis e camisetas brancas nas lajes e janelas. “Não sejam omissos, saiam de suas casas para protestar. Hoje sou eu quem choro a morte do meu filho (o mototaxista Caio da Silva, 20, em maio do ano passado, de bala perdida) no Cemitério do Caju. Amanhã pode ser um de vocês”, conclamou Denise da Silva. Líderes comunitários de outras favelas e pessoas que tiveram parentes mortos em conflitos estiveram presentes e deram depoimentos. O ator Paulo Betti participou do ato. No fim do dia, houve distribuição de ovos na ‘Pazcoa do Alemão’.

Fonte: O Dia