Em visita ao CE, Eduardo Cunha eleva tom das críticas contra Chinaglia

A menos de 15 dias da votação para a nova Presidência da Câmara, o candidato do PMDB, deputado Eduardo Cunha (RJ), subiu o tom das críticas ao principal adversário, o petista Arlindo Chinaglia, durante encontro, ontem, com parlamentares cearenses, em Fortaleza. Cunha acusou Chinaglia de ser “submisso ao Governo”, “tentar denegrir (opositores)” e “colocar voto na boca das pessoas”. Ele também voltou a insinuar envolvimento do petista com suposto vazamento de denúncias que o acusam de envolvimento com a Operação Lava Jato.

Na última terça-feira, Chinaglia esteve em Fortaleza, em reunião com o governador Camilo Santana (PT) e parlamentares. Com a saída do presidente Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), disputam o cargo, Chinaglia, Cunha e o deputado Júlio Delgado (PSB-MG). A votação acontece em 1° de fevereiro. Nos últimos anos, PT e PMDB se revezaram na Presidência. “Era um processo de hegemonia eleitoral, início de aliança. PT e PMDB eram muito maiores. Nesse momento, as circunstâncias são completamente diferentes”, disse Cunha. Para o candidato, o poder no Legislativo está pulverizado. “A Casa não vai aceitar a hegemonia de quem está no comando do Poder Executivo também estar no comando do Poder Legislativo”, disse sobre o PT.

O vínculo de outros tempos com o PT de Chinaglia arrefeceu. Cunha diz se arrepender de ter feito campanha pela candidatura do petista, que foi presidente da Câmara entre 2007 e 2009. O peemedebista listou dois motivos pelos quais “errou” em apoiar Chinaglia: por ele ter sido “submisso ao Palácio do Planalto” e por tratar bem as pessoas enquanto precisa de voto, mas depois “usar a tática de denegrir”.

Cunha voltou a chamar de “alopragem” as denúncias de que teria recebido propina do doleiro Alberto Yousseff dentro do esquema apurado da Operação Lava Jato. “Não vou descer ao nível do Chinaglia nos ataques pessoais até porque ele quer se inserir no jogo porque está muito distante desse jogo”, alfinetou.

O deputado instigou o adversário a responder se colocará em votação projetos como o decreto legislativo que revoga os conselhos populares, o orçamento impositivo, e a regulamentação da mídia. “Não adianta ele dizer que vai andar com a cabeça erguida se baixa o tronco”, disse Cunha.

Em Fortaleza, Chinaglia afirmou que tem voto de 16 dos 22 deputados federais do Ceará. A conta não bate com a apontada pelo PMDB, ontem, que, segundo o deputado Danilo Forte, já teria 13 apoiadores para Cunha. “Eu não coloco voto na boca dos outros porque geralmente quem coloca não os tem”, disse o candidato do PMDB.

Fonte: O Povo

Apesar de abolida, pena de morte ainda tem aplicação prevista no Brasil

O bilionário sul-africano Elon Musk detalhou na última sexta-feira (16) seu ambicioso projeto para lançar uma internet espacial, abastecida por satélites, que promete acelerar a conexão na Terra e conectar planetas distantes, como Marte.

Musk participou de um evento da SpaceX em Seattle e concedeu entrevista a Bloomberg sobre o assunto. “A velocidade da luz é 40% mais rápida no vácuo do espaço do que na fibra”, disse Musk, explicando por que a internet de satélites funcionaria melhor do que em cabos.

O custo total estimado do projeto é de 10 bilhões de dólares e os primeiros resultados devem aparecer em cinco anos, segundo o empresário.

Mas a ideia de Musk não é se restringir à internet na Terra. “Será importante para Marte possuir uma rede de conexão global também”, diz o CEO da SpaceX, que já anunciou planos da empresa para construir uma colônia humana no Planeta Vermelho. “Acho que precisa ser feito, e eu não vejo ninguém fazendo.”

Fonte: EXAME

Protestos contra Charlie Hebdo deixam 5 mortos no Níger

Protestos contra o jornal satírico francês Charlie Hebdo deixaram cinco mortos no Níger, com manifestantes destruindo bares, queimando igrejas e bloqueando várias estradas neste sábado. Os muçulmanos criticam a publicação de charges com o profeta Maomé. O episódio de violência é o mais recente capítulo em uma onda antifrancesa que atinge o norte da África, Oriente Médio e partes da Ásia.

Apenas uma semana após dezenas de líderes mundiais marcharem em Paris contra o terrorismo e em defesa da liberdade de expressão, os protestos mostram os desafios que o Ocidente enfrenta no relacionamento com o islamismo. “Isso é intolerável”, disse o presidente francês, François Hollande, ao comentar as mortes no Níger e notícias de que bandeiras da França foram queimadas em várias partes da África.

Após os ataques terroristas contra a sede do Charlie Hebdo na semana passada, que deixaram 12 mortos, os integrantes do jornal que sobreviveram produziram uma edição especial, com tiragem de 7 milhões de exemplares, que tem uma charge de Maomé na capa e foi celebrada como um símbolo de desafio ao extremismo religioso. No desenho o profeta segura uma placa com a frase “Je suis Charlie”, enquanto a manchete diz: “Tudo está perdoado”.

A caricatura irritou mesmo lideranças muçulmanas mais moderadas. A maior autoridade religiosa da Arábia Saudita, o Conselho Sênior de Ulemás, disse que a capa do jornal não tem nada a ver com liberdade de expressão. “Machucar os sentimentos dos muçulmanos com esses desenhos não ajuda causa alguma nem atinge um objetivo justo. No fim, é um serviço prestado ao extremistas que buscam justificativas para assassinatos e terrorismo”, disse o secretário-geral da entidade, Fahad al Majed, em comunicado. Os governos e líderes religiosos do Iraque e do Egito também condenaram a nova edição do Charlie Hebdo.

Fonte: Estadão

Mudanças no seguro-desemprego afetarão 2,3 milhões de pessoas no país

As mudanças nas regras do seguro-desemprego no país que entrarão em vigor em março deverão deixar 2,273 milhões de trabalhadores sem o benefício por ano, o equivalente a 26,58% do total de 2014. A informação foi divulgada ontem pelo Ministério de Trabalho e Emprego com base nos dados do ano passado. Entre os que solicitariam pela segunda vez, ficariam sem acesso, pelas novas regras, 672.097 pessoas (26,96% da base de 2.493.299 trabalhadores).

O ministro do Trabalho, Manoel Dias, falou que nenhum direito está sendo suprimido e que as medidas visam defender o patrimônio do trabalhador. A alteração, além de reduzir as despesas federais com o pagamento do seguro, deverá mudar a postura de trabalhadores que viam na facilidade de obter o benefício uma fórmula para trabalhar apenas alguns meses e manter a renda estável ao longo dos anos.

As empresas ficaram satisfeitas porque tinham que treinar trabalhadores que logo ficavam forçando demissões para ganhar o benefício, o que gerava perdas aos negócios e ao país. Como será necessário trabalhar 18 meses para obter o seguro pela primeira vez, a maioria deverá procurar emprego pensando no longo prazo. Segundo o Ministério do Trabalho, no ano passado, 8,553 milhões de pessoas requereram o seguro-desemprego no país. Considerando as novas regras, técnicos da pasta calcularam que 1,831 milhão de pessoas receberiam o benefício pela primeira vez por terem trabalhado o período necessário. Pelos números de 2014, eles representam 50,47% dos requerentes estreantes.

Fonte: Blog da Estela Benetti

Dilma diz estar “consternada e indignada” com execução de brasileiro

Por meio de nota à imprensa, o Planalto disse que a presidente Dilma Rousseff tomou conhecimento e ficou “consternada e indignada” com a execução neste sábado (17) do brasileiro Marco Archer Cardoso Moreira, condenado à morte por tráfico de drogas, na Indonésia.

O embaixador do Brasil na capital daquele país foi chamado a Brasília para “consultas”, diz o comunicado – medida o que, na linguagem diplomática, é considerada uma declaração de desagrado.

A carta menciona o apelo feito pelo Executivo brasileiro ao presidente do país asiático, Joko Widodo, na sexta-feira (16), apesar de reconhecer “a gravidade dos crimes que levaram à condenação de Archer” e de respeitar “a soberania e o sistema jurídico indonésio.”

“A presidenta Dilma lamenta profundamente que esse derradeiro pedido, que se seguiu a tantos outros feitos nos últimos anos, não tenha encontrado acolhida por parte do chefe de Estado da Indonésia, tanto no contato telefônico como na carta enviada, posteriormente, por Widodo”, escreveu a Presidência.

Por meio da missiva, Dilma declarou solidariedade à família do carioca.

Fonte: Blog do Jamildo

PM dispersa com bombas manifestação contra alta da tarifa de transporte em SP

A Polícia Militar (PM) dispersou, com uma série de bombas de efeito moral e de gás lacrimogênio, a manifestação contra o aumento da tarifa do transporte coletivo que ocorria no centro de São Paulo. A ação da polícia ocorreu por volta das 20h35, após a passeata chegar à prefeitura da capital paulista.

Policiais militares faziam um cordão em frente ao prédio. Os manifestantes projetavam frases na fachada da prefeitura com um equipamento de luzes, quando uma primeira explosão foi ouvida. Logo em seguida, a polícia passou lançar uma série de bombas de gás em direção aos ativistas. Parte delas atingiram pessoas que protestavam de forma pacífica. Houve correria e a maior parte dos manifestantes voltou em direção ao Theatro Municipal.

Segundo a PM, a polícia revidou a ação de manifestantes que atiraram fogos de artifício emdireção a policiais. De acordo com a polícia militar, agências bancárias, telefones públicos e uma banca de jornais foram depredadas. Há pessoas passando mal em razão do efeito do gás lacrimogênio. Não há informações, até o momento, sobre detidos.

A manifestação havia chegado, por volta das 20h15, em frente à Prefeitura Municipal, no viaduto do Chá, no centro da capital paulista. Participavam da passeata cerca de 3 mil pessoas, segundo a Polícia Militar (PM), e mais de 20 mil pessoas, segundo o Movimento Passe Livre (MPL), que convocou a manifestação.

Quando a passeata passava pela Rua da Consolação, houve confronto entre manifestantes e policiais, que atiraram bombas de gás lacrimogênio. Segundo o MPL, as bombas foram atirada de cima de um prédio. A passeata, no entanto, não se dispersou e continuou em direção à prefeitura.

Na última sexta-feira (9), houve protesto na capital paulista, que terminou em correria, após alguns mascarados quebrarem agências bancárias e a polícia agir lançando bombas de gás lacrimogênio e balas de borracha, não só contra eles, mas contra parte dos manifestantes que seguia de forma pacífica.

Em junho de 2013, diversas manifestações tomaram a cidade por causa do anúncio de aumento das passagens de R$ 3 para R$ 3,20. A reação da população teve sucesso e o valor da passagem voltou a custar R$ 3.

Fonte: Agência Brasil