”Importação” de médicos causa polêmica

A decisão já tomada pela presidente Dilma Rousseff de contratar médicos estrangeiros para atuar nas vagas que brasileiros rejeitam traz à tona a velha discussão de fixação de profissionais nas extremidades do SUS, no contato direto com a comunidade. Ninguém discorda que faltam médicos nas periferias e interior, causando sofrimento aos mais vulneráveis. Mas buscar doutores espanhóis, cubanos e de outras nacionalidades é mesmo preciso num País que nos últimos oito anos aumentou as vagas em cursos médicos públicos e privados? Essa é a única forma de corrigir o problema?

Vale a pena investir na formação de brasileiros e depois pagar e qualificar gente do exterior? Por que os velhos e urgentes problemas do SUS são tratados com soluções paliativas? Por outro lado, por que há tanta resistência de entidades médicas e segmentos da classe à entrada de estrangeiros, se brasileiros seguem carreira no exterior e é normal, num mundo globalizado, a migração por questões pessoais ou troca de experiência? Dúvidas não faltam em torno do tema.

Em Pernambuco, a Secretaria Estadual de Saúde (SES) confirma que mesmo com cinco cursos médicos em funcionamento e dois outros em fase inicial, os estrangeiros seriam bem-vindos no momento atual. A estratégia Saúde da Família, criada nos anos 90 pelo Ministério da Saúde para garantir acompanhamento médico de segunda à sexta nas comunidades, cobre menos de 70% da população. E, mesmo assim, das 1.987 equipes cadastradas, 69 (3,4%) não funcionam a contento, a ponto de o governo federal suspender repasses. “Na maioria desses casos, é por falta de médicos”, avalia Afra Suassuna, diretora de Atenção Básica da SES. Apesar da flexibilização do Saúde da Família, que passou a permitir jornada de 20 horas semanais no posto comunitário, prefeituras dizem ter dificuldade para atrair profissionais. E muitos postos, mesmo abertos, só oferecem dois ou três dias da semana com consulta médica, porque o profissional contratado é disputado na região. Na atenção primária, nos PSFs, o déficit atual, só para cobrir as ausências, é de 69 médicos. Se a cobertura do Estado passasse a 100% (hoje é de 68%) seriam necessários mais 300.

Fonte: JC Online

Registro do SUS em casos de violência homofóbica irá auxiliar políticas públicas

O Ministério da Saúde vai tornar obrigatório o registro dos casos de violência por homofobia atendidos na rede pública de saúde. A iniciativa será aplicada a partir de agosto aos Estados de Goiás, Minas Gerais e Rio Grande do Sul e, em janeiro do próximo ano, será estendida ao restante do País.

O anúncio da obrigatoriedade ocorreu nesta quinta-feira (27) durante o lançamento do Sistema Nacional de Promoção de Direitos e Enfrentamento à Violência contra Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transexuais (Sistema Nacional LGBT), pela Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República. Na ocasião também foi apresentado Relatório sobre Violência Homofóbica no Brasil em 2012.

O ministro da Saúde Alexandre Padilha considera que a obrigatoriedade da notificação será uma ferramenta importante de promoção e de garantia de direitos à comunidade LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais). Segundo ele, o preenchimento de um formulário pelo profissional que realizou o atendimento vai tornar visível a dimensão real do problema da homofobia.

— É fundamental conhecer a magnitude das violências que acometem esta população, identificando quem são as vítimas, quais os principais tipos de violências, locais de ocorrência, a motivação, a oportunidade do uso do nome social, dentre outras informações.

Fonte: R7

Felipão alfineta Fifa por chegar atrasado ao Maracanã

O técnico Luiz Felipe Scolari deu uma pequena cutucada na Fifa durante a entrevista coletiva que concedeu no Maracanã, antes do treino da seleção brasileira neste sábado. O treinador não gostou de ter que dar um longo passeio no ônibus da entidade para chegar até o estádio, o que causou atraso na coletiva e em toda a programação.

“Fizemos um passeio pela praia e sentimos que todo mundo está acreditando na gente, acenando para a gente. A gente chegava aqui (no Maracanã) em 20 minutos e agora levou 40 minutos porque demos um passeio pela praia porque a Fifa escolheu esse caminho”, disse ele.

Felipão e a Fifa entraram em rota de colisão em Fortaleza. Isso porque o treinador decidiu abrir os portões de um treino da seleção temendo pela segurança das cerca de 5 mil pessoas que se aglomeravam do lado de fora do Estádio Presidente Vargas. A Fifa, que recomenda que esse tipo de atividade seja fechada, deu uma dura no treinador.

Fonte: Estadão

Marcha da fé reune 2 milhões

A 21 edição da Marcha para Jesus reuniu cerca de 2 milhões de pessoas, segundo os organizadores, e parou a Zona Norte da capital, neste sábado (29). O evento contou com a presença de artistas da música gospel, como a banda Ao Cubo e o cantor Thalles Roberto, pastores influentes como Silas Malafaia, líder da igreja Assembleia de Deus Vitória, além de políticos como o pastor Marco Feliciano (PSC), deputado federal e presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara, e o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin.

Mais de mil caravanas com cerca de 2 mil ônibus de cidades do interior do estado e de outros lugares do país foram à marcha, que se concentrou às 10h em frente à estação Luz do Metrô, na Zona Norte da capital, e só foi terminar às 22h, após uma série de shows na Praça Expedicionários da FEB, também na Zona Norte.

Desde o início da manhã, vários fiéis com camisetas de diversas cores com o nome do evento se reuniram na concentração. Era possível encontrar desde crianças de colo até idosos. O grupo era tão grande que interditou completamente as avenidas Tiradentes e Santos Dumont até onde estava localizado o palco.

Além de camisetas, era possível comprar canecas e bandeiras da marcha, vendidas por camelôs. Quem estava presente também tinha água, refrigerante ou energético para beber e cachorro quente para comer, com ambulantes que faturavam no local.

Na maior parte do tempo, as ruas ficaram ocupadas por fiéis. Enquanto alguns iam embora, pois só queriam acompanhar os trios elétricos, outros chegavam para aproveitar os shows dos famosos artistas da música gospel.

Por volta das 13h, quando as apresentações das atrações já haviam começado, quase não havia mais espaço nos locais mais próximos ao palco e muita gente teve de se contentar em apenas ouvir a música, já que a distância era grande para ver quem se apresentava.

Fonte: Rede Bom Dia

Presidente Dilma reúne ministros para acelerar proposta de plebiscito

A presidente Dilma Rousseff se reuniu, neste sábado (29), em Brasília, com os ministros da Justiça, da Educação, das Comunicações e da Secretaria de Comunicação do Governo para ratar da consulta popular sobre a reforma política.

Foram mais de três horas de reunião pela manhã. O governo espera uma posição do Tribunal Superior Eleitoral para fechar o texto da mensagem que vai enviar ao Congresso pedindo a convocação do plebiscito.

Na terça-feira, a ministra Carmem Lúcia, presidente do TSE vai se reunir com os presidentes dos tribunais regionais eleitorais. Ela quer saber se tem apoio da Justiça Eleitoral nos estados para viabilizar a consulta.

O ex-ministro do TSE que preparou a cédula da consulta feita em 1993 sobre o sistema de governo – presidencialista ou parlamentarista – diz que a organização de uma consulta popular leva tempo.

Depois da convocação e da definição da data é preciso elaborar as perguntas e a sequência em que elas vão ser feitas; criar frentes parlamentares contra e a favor de cada proposta;  a Justiça Eleitoral tem que distribuir os horários de propaganda.

“O ideal seriam 6 meses. Para fazer em 4 meses, a Justiça Eleitoral tem que parar tudo que está fazendo. Cadastramento biométrico e distribuição de novos títulos eleitorais”, explicou Torquato Jardim, ex-ministro do TSE.

No plebiscito para a criação dos estados de Carajás e Tapajós, que teve decreto publicado no Diário Oficial no dia 3 de junho de 2011, o prazo determinado para a realização foi de 6 meses.

No dia 11 de dezembro, no referendo pelo desarmamento, o decreto foi publicado no dia 7 de julho de 2005 e a consulta foi feita três meses e meio depois, no dia 23 de outubro.

O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, a intenção do governo é fazer no máximo cinco perguntas à população. Para ele, quem  tem autoridade para falar de prazos é o TSE.

“Quem define isso é o Tribunal Superior Eleitoral. O resto são opiniões isoladas que evidentemente não têm uma precisa  avaliação administrativa e das regras que vão presidir um procedimento como este. Portanto a palavra é do Tribunal Superior Eleitoral, ele que dirá o que é possível e o que não é possível e quando será possível”, apontou o ministro.

Fonte: Jornal Nacional

Manifestantes ocupam a Câmara de Vereadores de Belo Horizonte

Manifestantes ocuparam a Câmara de Vereadores de Belo Horizonte, neste sábado (29) – durante a votação pra redução do preço das passagens de ônibus.

A sessão foi tumultuada. Manifestantes que não conseguiram entrar pintaram corações na fachada da Câmara e nos escudos dos guardas municipais.

Lá dentro, os vereadores aprovaram uma redução de 5 centavos nas passagens. E rejeitaram as emendas que previam redução de até 25 centavos na tarifa e a abertura da planilha de custos e contratos das empresas de ônibus.

Das galerias, os manifestantes atiraram moedas no Plenário. O grupo que estava do lado de fora tentou invadir o prédio por uma porta lateral. Eles foram autorizados a entrar depois que a maioria dos vereadores já tinha saído pelos fundos da Câmara.

Fonte: Jornal Nacional